As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Jeová Dias
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/2670
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2006.
id UNB_6a094ac71096d3fe9144f047b77a8dce
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/2670
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Martins, Jeová DiasNunes, Brasilmar Ferreira2009-12-11T23:58:18Z2009-12-11T23:58:18Z2009-12-112006-06-13MARTINS, Jeová Dias. As regras da metrópole: campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo. 2006. 301 f. Tese (Doutorado em Sociologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.http://repositorio.unb.br/handle/10482/2670Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2006.O estudo analisa o aparecimento e estruturação de um agrupamento social heterogêneo que reivindica o controle do processo de produção do espaço, com ênfase na dimensão institucional-cognitiva, tendo como base empírica a Região Metropolitana de São Paulo - RMSP. O principal objetivo é contribuir para a explicação da conduta dessa comunidade humana, bem como avaliar a amplitude e profundidade da influência e condicionamento que ela exerce sobre o dever-ser da metrópole e da ordem social. Desse ponto de vista, são postos em relevo os agentes e instituições, produtores de esquemas de percepção e apreciação que dão origem a modelos sóciocognitivos de metrópole, princípios geradores de práticas sociais de produção, apropriação e consumo do espaço urbano. A tese central é que a produção do espaço e da ordem social na metrópole não resulta da cooperação espontânea de indivíduos isolados nem do funcionamento do livre mercado como instituição auto-regulável, mas da competição e cooperação de agentes e instituições especializadas no interior de um espaço social específico, a saber, o campo urbanístico. Argumenta que, como espaço social hierarquizado de agentes e instituições que estabelecem relações objetivas, o campo urbanístico desenvolve autonomia relativa, isto é, cria suas próprias regras de funcionamento e de reprodução, em relação a outros espaços sociais (jurídico, político, científico) e à sociedade em geral. Explicita a dinâmica de constituição de modelos de realidade urbana, e como eles são transpostos para o território como uma coleção de objetos interconectados e comunicantes que dão coerência e sentido à dominação organizada da metrópole. Conclui que a atividade social de produção do espaço na RMSP é, de modo crescente, influenciada e condicionada (embora não determinada) pelo que ocorre no campo urbanístico e suas interações com outros campos de produção material e simbólica. O espaço produzido é resultado de uma luta política e cognitiva que vai do local ao global, conformando uma nova divisão do trabalho de dominação organizada, onde “cidade-mercado” e o “direito à cidade” surgem como modelos de realidade urbana em disputa pelo monopólio da definição legítima do dever-ser da metrópole. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACTThis research analyzes the advent and structure of a social group claiming the control of process of space production, emphasizing the institutional-cognitive dimension and having as an empirical basis São Paulo Metropolitan Area - SPMA, Brazil. The main objective of this study is to explain the behavior of that human community and evaluate the amplitude and profoundness of its influence and conditioning on the metropolis and its social order. From this point of view, agent and institutions are at evidence because they produce perception and appreciation schemes which originate social-cognitive models of metropolis, principles which foster social practices of production, appropriation and consumption of urban space. The production of space and social order in the metropolis does not result from spontaneous cooperation of isolated individuals or the functioning of free-market as an auto-adjustable institution. It stems from competition and cooperation of specialized agents and institutions in the inner part of a specific social space – an urbanistic field. This work claims that, as a hierarchical social space of agents and institutions which establish objective relations, the urbanistic field develops relative autonomy, creating its own functioning and reproducing rules in relation to other social (legal, political and scientific) spaces and society in general. In addition, It also explains the dynamics of a model constitution of urbanistic reality and how they are transposed to the territory as a collection of interconnected objects and communicators who provide coherence and meaning to the organized domination of the metropolis. In conclusion, the social activity of space production in the São Paulo Metropolitan Area (SPMA) is ,on a growing basis, influenced and conditioned (not determined) by the urbanistic field occurrences and its interactions with other fields of material and symbolic production. The produced space is a result of a political and cognitive struggle which ranges from local to global scope, forming a new work division of organized denomination where “market city” and “city right appear as urbanistic reality models disputing the monopoly of a metropolis way of being. ____________________________________________________________________________________________ RESUMÉL´étude analyse l´apparition et la structuration d´un groupement social qui revendique le controle du processus de production de l´espace, en mettant l´accent sur la dimension institutionnelle-cognitive, avec comme base empirique la Région Métropolitaine de São Paulo - RMSP. L´objectif principal est celui de contribuer à l´explication de la conduite de cette communauté et aussi celui d´évaluer l´ampleur et la profondeur de l´influence et le conditionnement qu´il exerce sur le devoir-être de la métropole et de l´ordre social. De ce point de vue nous mettons en relief les agents et les institutions, les producteurs de mécanismes de percepção et d´appréciation qui engendrent les modèles sociocognitifs de la metrópole, des principes générateurs de pratiques sociales de production, d´appropriation et de consommation de l´espace urbain. La thèse centrale est que la production de l´espace et de l´ordre social dans la metrópole n´est pas le résultat de la coopération spontanée d´individus isolés et encore moins du fonctionnement de la libre-concurrence comme institution auto-régulable, mais de la compétition et de la coopération d´agents et d´institutions spécialisés dans un espace social spécifique, à savoir, le champ urbanistique. Nous argumentons que, comme espace social hiérarchisé d´agents et d´institutions qui établissent des rapports objectifs, le champ urbanistique développe une autonomie relative, c´est à dire qu´il crée ses propres règles de fonctionnement et de reproduction, par rapport à d´autres espaces sociaux (juridique, politique, scientifique) et à la société en général. Il explicite la dynamique de constitution de modèles de réalité urbaine, et comment ils sont transposés au territoire à la façon d´une collection d´objets entrelacés et communicants qui donnent sens et cohérence à la domination organisée de la métropole. Nous concluons que l´activité sociale de production de l´espace dans la RMSP est de plus en plus influencée et conditionnée (bien que non déterminée) par ce qui arrive dans le champ urbanistique et ses interactions avec les autres champs de production matérielle et symbolique. L´espace est le résultat d´une lutte politique et cognitive qui va du local au global, conformant une nouvelle division du travail de domination organisé où la “ville-marché” et le “droit à la ville” surgissent comme des modèles de réalité urbaine en dispute pour le monopole de la définition légitime du devoir-être de la métropole.As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Pauloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisSociologia urbana - São Paulo (Estado)UrbanizaçãoRegiões metropolitanasBRAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINAL2006_Jeová Dias Martins.pdf2006_Jeová Dias Martins.pdfapplication/pdf5829541http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/1/2006_Jeov%c3%a1%20Dias%20Martins.pdf0c37ea8debd6e434e1dd147adb5b36f5MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1868http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/2/license.txtc6713fe07913c80132e38a82abe1ad0fMD52open accessTEXT2006_Jeová Dias Martins.pdf.txt2006_Jeová Dias Martins.pdf.txtExtracted texttext/plain692512http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/3/2006_Jeov%c3%a1%20Dias%20Martins.pdf.txtbc543a2d87a1829f4e882dbabe6efa9eMD53open access10482/26702023-07-07 21:45:35.375open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/2670TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IMOJcmlrYSBSYXlhbm5lIENhcnZhbGhvIChjYXJ2YWxoby5lcmlrYUB5bWFpbC5jb20pIG9uIDIwMDktMTItMTFUMTQ6NTY6NTVaIChHTVQpOgoKw4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLAphbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYQpsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0KY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkZTogcmVwb3NpdG9yaW9AYmNlLnVuYi5iciBvdSAzMzA3LTI0MTEuCgpMSUNFTsOHQSBERSBESVNUUklCVUnDh8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQQoKQW8gYXNzaW5hciBlIGVudHJlZ2FyIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG8vYSBTci4vU3JhLiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zCmRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKToKCmEpIENvbmNlZGUgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIGRlIEJyYXPDrWxpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUKcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291CmRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUKZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYQp0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kKcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MKZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcwpkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBkZSBCcmFzw61saWEgb3MgZGlyZWl0b3MKcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlCnRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91CmNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIGZpbmFuY2lhZG8gb3UgYXBvaWFkbwpwb3Igb3V0cmEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBxdWUgbsOjbyBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBkZSBCcmFzw61saWEsIGRlY2xhcmEgcXVlCmN1bXByaXUgcXVhaXNxdWVyIG9icmlnYcOnw7VlcyBleGlnaWRhcyBwZWxvIHJlc3BlY3Rpdm8gY29udHJhdG8gb3UKYWNvcmRvLgoKQSBVbml2ZXJzaWRhZGUgZGUgQnJhc8OtbGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldSAocykgbm9tZSAocykKY29tbyBvIChzKSBhdXRvciAoZXMpIG91IGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50bwplbnRyZWd1ZSwgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvcgplc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-07-08T00:45:35Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
title As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
spellingShingle As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
Martins, Jeová Dias
Sociologia urbana - São Paulo (Estado)
Urbanização
Regiões metropolitanas
title_short As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
title_full As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
title_fullStr As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
title_full_unstemmed As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
title_sort As regras da metrópole : campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo
author Martins, Jeová Dias
author_facet Martins, Jeová Dias
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Jeová Dias
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Nunes, Brasilmar Ferreira
contributor_str_mv Nunes, Brasilmar Ferreira
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Sociologia urbana - São Paulo (Estado)
Urbanização
Regiões metropolitanas
topic Sociologia urbana - São Paulo (Estado)
Urbanização
Regiões metropolitanas
description Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2006.
publishDate 2006
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2006-06-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2009-12-11T23:58:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2009-12-11T23:58:18Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-12-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MARTINS, Jeová Dias. As regras da metrópole: campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo. 2006. 301 f. Tese (Doutorado em Sociologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/2670
identifier_str_mv MARTINS, Jeová Dias. As regras da metrópole: campo urbanístico e ordem social na região metropolitana de São Paulo. 2006. 301 f. Tese (Doutorado em Sociologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/2670
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/1/2006_Jeov%c3%a1%20Dias%20Martins.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/2/license.txt
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/2670/3/2006_Jeov%c3%a1%20Dias%20Martins.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0c37ea8debd6e434e1dd147adb5b36f5
c6713fe07913c80132e38a82abe1ad0f
bc543a2d87a1829f4e882dbabe6efa9e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803573488854761472