Biologia reprodutiva de Suiriri affinis e S. islerorum (Aves: Tyrannidae) no cerrado do Brasil central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Leonardo Esteves
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Marini, Miguel Ângelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/5873
https://dx.doi.org/10.1590/S0031-10492005001200001
Resumo: A biologia reprodutiva de Suiriri affinis (suiriri-do-cerrado) e S. islerorum (suiriri-da-chapada) é descrita pela primeira vez. O ninho de S. affinis é em forma de cesto raso, sendo construído com fibras vegetais e forrado por painas, sendo todas essas camadas firmemente unidas por grande quantidade de teia de aranha. O seu exterior é ornamentado com liquens e fragmentos de folhas secas. O ninho é apoiado pela base e laterais entre dois ou mais ramos divergentes. Embora superficialmente similar, o ninho de S. islerorum apresenta várias diferenças, sendo mais baixo, raso e apoiado pelas laterais entre uma forquilha. O seu interior é forrado por uma camada adicional de fibras vegetais por sobre as painas. A construção dos ninhos de ambas as espécies é exclusividade das fêmeas. Os ovos de S. affinis são branco-perolados (média de 20,8 x 15,1 mm, 2,5 g), enquanto que os de S. islerorum são creme claro (20,4 x 15,4 mm, 2,4 g), apresentando uma coroa de manchas marrons escuras ao redor do pólo rombo. Os filhotes de S. affinis apresentam a cabeça, superfície dorsal e coberteiras das asas marcadas por abundantes e diminutas manchas brancas, enquanto que os filhotes de S. islerorum são semelhantes aos adultos. A incubação é realizada exclusivamente pelas fêmeas, sendo estimada em 15,2 dias para ambas as espécies. Já os filhotes de S. affinis e S. islerorum permanecem no ninho por 18,9 e 18,3 dias, respectivamente. Algumas evidências sugerem que S. affinis apresenta alguma forma de reprodução cooperativa.
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