O reencontro da clínica com a metáfora

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanello, Valeska
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Martins, Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/19627
Resumo: Desde a Idade Antiga houve uma consolidação de características que se tornaram prementes no pensamento ocidental, entre as quais temos a busca da “clareza” das proposições e a verdade compreendida como correspondência (adequação). A metáfora, promotora de equívocos, deveria ser expulsa do pensamento sério e rigoroso, a saber, da filosofia e, posteriormente, das ciências em geral. A medicina, como ciência, comungou com estes pressupostos, que nela se fizeram presentes por meio da semiologia indicial. Não obstante, a metáfora retornou por meio do sofrimento dos pacientes, inscrita nos corpos: o sintoma histérico. Como calcanhar de Aquiles para a medicina, este sintoma provocou uma reviravolta no próprio procedimento clínico e em sua produção de saber, abrindo espaço para a qualificação do acontecimento de metáforas e, sobretudo, para a escuta do pathos humano. Neste artigo propomos um estudo teórico deste reencontro, apontando que nele houve a abertura da clínica para uma escuta diferenciada, trazida pela psicanálise. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
id UNB_7c0d9b3942864b84c5911b5b862c99c3
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/19627
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Zanello, ValeskaMartins, Francisco2016-03-01T11:49:30Z2016-03-01T11:49:30Z2010-01ZANELLO, Valeska; MARTINS, Francisco. O reencontro da clínica com a metáfora. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 1, p. 189-196, jan./mar. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722010000100020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 01 mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722010000100020.http://repositorio.unb.br/handle/10482/19627Desde a Idade Antiga houve uma consolidação de características que se tornaram prementes no pensamento ocidental, entre as quais temos a busca da “clareza” das proposições e a verdade compreendida como correspondência (adequação). A metáfora, promotora de equívocos, deveria ser expulsa do pensamento sério e rigoroso, a saber, da filosofia e, posteriormente, das ciências em geral. A medicina, como ciência, comungou com estes pressupostos, que nela se fizeram presentes por meio da semiologia indicial. Não obstante, a metáfora retornou por meio do sofrimento dos pacientes, inscrita nos corpos: o sintoma histérico. Como calcanhar de Aquiles para a medicina, este sintoma provocou uma reviravolta no próprio procedimento clínico e em sua produção de saber, abrindo espaço para a qualificação do acontecimento de metáforas e, sobretudo, para a escuta do pathos humano. Neste artigo propomos um estudo teórico deste reencontro, apontando que nele houve a abertura da clínica para uma escuta diferenciada, trazida pela psicanálise. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTSince the Ancient Age, there has been a consolidation of characteristics which have become pressing in the Western thought. Among them, we have the search for the "clarity" of the propositions and the truth understood as a correspondence (adequacy). The metaphor, promoter of mistakes, should be expelled from the rigorous and serious thought, namely philosophy, and later on, from the sciences in general. The Medicine, as a science, has communed with those assumptions which were present in it through the indicial semiology. However, the metaphor has returned through the patients' suffering, inscribed on their bodies: the hysterical symptom. As the Achilles' heel for the medicine, that symptom has trigged a turnaround in the clinical procedures and in its production of knowledge, giving room to the qualification of the occurrence of metaphors and, especially, to the listening of the human pathos. In this article, we posit a theoretical study of that re-meeting, pointing out that there was in it the opening of the clinic for a differentiated listening, evoked by the psychoanalysis. _________________________________________________________________________________ RESUMENDesde la Edad Antigua, hubo una consolidación de características que se hicieron predominantes en el pensamiento occidental. Entre ellas, tenemos la búsqueda de la “nitidez” de las proposiciones y la verdad comprendida como correspondencia (adaptación). La metáfora, fomentadora de equívocos, debería ser “expulsada” del pensamiento serio y riguroso, ergo, de la filosofía, y posteriormente, de las ciencias en general. La medicina, como ciencia, comulgó con estas suposiciones que se hicieron presentes a través de la semiología indicial. Sin embargo, la metáfora retornó a través del sufrimiento de los pacientes, grabadas en los cuerpos: el síntoma histérico. Como el talón de Aquiles para la medicina, este síntoma provocó una revolución en el propio procedimiento clínico y en su producción del saber, abriendo espacio para la calificación de ocurrencia de metáforas y, sobre todo, para la escucha del pathos humano. En este artículo, proponemos un estudio teórico de este reencuentro, señalándolo como la apertura de la clínica para una escucha diferenciada, generada por el psicoanálisis.Departamento de Psicologia - Universidade Estadual de MaringáPsicologia em Estudo - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (CC BY-NC 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722010000100020&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 01 mar. 2016.info:eu-repo/semantics/openAccessO reencontro da clínica com a metáforaThe clinic´s re-meeting with the metaphorLa reunión de la clínica con la metáforainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleMetáforaPsicologia clínicaSemiologiaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_ReencontroClinicaMetafora.pdfARTIGO_ReencontroClinicaMetafora.pdfapplication/pdf299529http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19627/1/ARTIGO_ReencontroClinicaMetafora.pdfea36b92989bc68da04ff2a98bc0708c1MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain269http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19627/2/license.txt9f65c86ce4ccc0b6cbd36f68fe12ae5fMD52open access10482/196272023-05-31 21:40:09.076open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/19627TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IEd1aW1hcmFlcyBKYWNxdWVsaW5lIChqYWNxdWVsaW5lLmd1aW1hcmFlc0BiY2UudW5iLmJyKSBvbiAyMDE2LTAzLTAxVDExOjQ4OjU3WiAoR01UKToKClN1Ym1pc3PDo28gZWZldGl2YWRhIHBvciBpbnRlZ3JhbnRlIGRhIGVxdWlwZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbkIgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBsaWNlbsOnYSBjb25jZWRpZGEgcGVsbyBhdXRvciBlL291IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcy4=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-06-01T00:40:09Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv O reencontro da clínica com a metáfora
dc.title.alternative.en.fl_str_mv The clinic´s re-meeting with the metaphor
La reunión de la clínica con la metáfora
title O reencontro da clínica com a metáfora
spellingShingle O reencontro da clínica com a metáfora
Zanello, Valeska
Metáfora
Psicologia clínica
Semiologia
title_short O reencontro da clínica com a metáfora
title_full O reencontro da clínica com a metáfora
title_fullStr O reencontro da clínica com a metáfora
title_full_unstemmed O reencontro da clínica com a metáfora
title_sort O reencontro da clínica com a metáfora
author Zanello, Valeska
author_facet Zanello, Valeska
Martins, Francisco
author_role author
author2 Martins, Francisco
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Zanello, Valeska
Martins, Francisco
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Metáfora
Psicologia clínica
Semiologia
topic Metáfora
Psicologia clínica
Semiologia
description Desde a Idade Antiga houve uma consolidação de características que se tornaram prementes no pensamento ocidental, entre as quais temos a busca da “clareza” das proposições e a verdade compreendida como correspondência (adequação). A metáfora, promotora de equívocos, deveria ser expulsa do pensamento sério e rigoroso, a saber, da filosofia e, posteriormente, das ciências em geral. A medicina, como ciência, comungou com estes pressupostos, que nela se fizeram presentes por meio da semiologia indicial. Não obstante, a metáfora retornou por meio do sofrimento dos pacientes, inscrita nos corpos: o sintoma histérico. Como calcanhar de Aquiles para a medicina, este sintoma provocou uma reviravolta no próprio procedimento clínico e em sua produção de saber, abrindo espaço para a qualificação do acontecimento de metáforas e, sobretudo, para a escuta do pathos humano. Neste artigo propomos um estudo teórico deste reencontro, apontando que nele houve a abertura da clínica para uma escuta diferenciada, trazida pela psicanálise. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-03-01T11:49:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-03-01T11:49:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ZANELLO, Valeska; MARTINS, Francisco. O reencontro da clínica com a metáfora. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 1, p. 189-196, jan./mar. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722010000100020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 01 mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722010000100020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/19627
identifier_str_mv ZANELLO, Valeska; MARTINS, Francisco. O reencontro da clínica com a metáfora. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 1, p. 189-196, jan./mar. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722010000100020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 01 mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722010000100020.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/19627
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Departamento de Psicologia - Universidade Estadual de Maringá
publisher.none.fl_str_mv Departamento de Psicologia - Universidade Estadual de Maringá
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19627/1/ARTIGO_ReencontroClinicaMetafora.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19627/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ea36b92989bc68da04ff2a98bc0708c1
9f65c86ce4ccc0b6cbd36f68fe12ae5f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801864158953603072