Os cortadores de cana ante o processo de mecanização
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/20622 http://dx.doi.org/10.26512/2016.03.D.20622 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2016. |
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Os cortadores de cana ante o processo de mecanizaçãoTrabalhadores ruraisCana-de-açúcar - cultivoColheita - mecanizaçãoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2016.A expansão da lavoura canavieira para o estado de Goiás, no interior do Brasil, é um fenômeno relativamente novo. Em uma região de ocupação territorial recente, Carmo do Rio Verde, os moradores da localidade vivenciaram a rápida expansão da agroindústria canavieira a partir da década de 2000. O desenvolvimento da lavoura canavieira alterou as relações existentes no campo, e muitos meeiros passaram a ser trabalhadores assalariados. Além das pessoas da região, a necessidade de grande quantidade de mão-de-obra incentivou um novo fluxo migratório, principalmente, do Nordeste para trabalhar no corte da cana-de-açúcar. Essa grande quantidade de trabalhadores do corte da cana-de-açúcar demandada no período de expansão da área de canaviais vem sendo de forma célere substituída pelas máquinas. Muitos trabalhadores são descartados, e têm que buscar outras estratégias de sobrevivência muitas vezes em outras regiões; os que permanecem na atividade canavieira têm menos condições de resistir às imposições da empresa, também reclamam que as canas boas, plantadas em terrenos planos, são todas colhidas pelas máquinas; a atividade, que já era árdua, torna-se ainda mais extenuante. A dificuldade social criada pela mecanização da colheita não é algo natural e irrefutável, mas se percebe mais uma vez um processo de modernização em que as condições dos trabalhadores são objetivamente desconsideradas. Entre as condições objetivas dos trabalhadores, destacam-se o contrato de trabalho temporário, o salário por produtividade, os acidentes de trabalho, o desgaste físico. Entre as condições subjetivas, sobressaem-se a insegurança acerca do futuro, o medo de perder o emprego, a sensação de impotência ante o processo de mecanização, a esperança de trabalhar em outra atividade na usina.The expansion of sugarcane farming to the state of Goiás, in the Brazilian hinterland, is a relatively new phenomenon. In Carmo do Rio Verde, a recent territorial occupation region, local residents have experienced a boom in the sugarcane agroindustry since the 2000s. The development of sugarcane plantations has reordered the relationships in the countryside, and many sharecroppers have become employees. Also, due to an increasing need of labor force on sugarcane harvest season, a new migratory flux towards the city has been triggered. Most migrants are from the Northeast. The huge amount of workers demanded in the period of expansion of sugarcane fields has been rapidly replacing by machines. Many workers are discarded and have to seek new survival strategies, often in other regions. Those who remain are less able to withstand the firm’s imposition; they also complain that the easiest sugarcane to cut, sown in flat lands, are harvested by machines. Hence, manual harvest, which was already hard, becomes even more exhausting. Social problems arising from mechanized harvest of sugarcane is not something natural and irrefutable, but the modernization process that ignores workers’ conditions is once again taking place. Among worker’s objective conditions, temporary employment contracts, payment for production, labor accidents, physical exhaustion must be highlighted. Among subjective conditions, insecurity about future, the fear of losing their jobs, the feeling of impotence before mechanization process, the hope of working in other sector in the sugarcane agroindustry must be emphasized.Dal Rosso, SadiCosta Neto, José Maria Nova da2016-05-30T22:11:23Z2016-05-30T22:11:23Z2016-05-302016-03-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCOSTA NETO, José Maria Nova da. Os cortadores de cana ante o processo de mecanização. 2016. 162 f., Il. Dissertação (Mestrado em Sociologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/20622http://dx.doi.org/10.26512/2016.03.D.20622A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-14T18:30:37Zoai:repositorio.unb.br:10482/20622Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-14T18:30:37Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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