Recuperação renal e conhecimento do enfermeiro pós-lesão renal aguda de pacientes não criticos : estudo multimétodo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Tayse Tamara da Paixão
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49468
Resumo: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2021.
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spelling Recuperação renal e conhecimento do enfermeiro pós-lesão renal aguda de pacientes não criticos : estudo multimétodoLesão renal agudaFunção fisiológica - recuperaçãoEnfermagemEducação continuadaTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2021.Introdução: A recuperação da lesão renal aguda adquirida no hospital (LRA AH) tem sido avaliada para evitar resultados desfavoráveis. Neste contexto, a atuação dos enfermeiros destaca-se à medida que as intervenções individualizadas delineadas por estes profissionais têm mostrado impactar na redução de LRA AH. Objetivos: Avaliar a recuperação da função renal a curto e longo prazo; construir e validar instrumento de avaliação de conhecimento sobre manejo da lesão renal aguda; e avaliar efeito de capacitação mediada por estratégia educativa virtual sobre LRA AH para enfermeiros de unidade hospitalar não crítica. Método: Trata-se de um estudo multimétodo sequencial trifásico: (1) Estudo de coorte prospectivo: A coleta de dados foi semanal e baseada nos registros clínicos, hemodinâmicos e laboratoriais do prontuário de 202 pacientes internados na clínica médica. A identificação da LRA AH ocorreu pelo critério creatinina da classificação KDIGO. O acompanhamento ocorreu durante seis meses após identificação da LRA AH. (2) Estudo metodológico: Construção e validação de teste de conhecimento sobre LRA por 18 juízes. (3) Quase-experimento: A intervenção foi uma estratégia educativa virtual no formato de webconferência para enfermeiros sobre medidas de manejo e prevenção da LRA. Realizou-se análise descritiva e inferencial dos dados. O nível de significância foi de 5%. Resultados: (1) Estudo de coorte: Do total de 202 (13,06%) pacientes com LRA AH, a maioria apresentou recuperação total da função renal predominantemente no segundo 36(61,02%) e terceiro 27(62,79%) meses de acompanhamento. O uso de antibióticos durante permanência no PS e/ou UTI, da classe betalactâmicos (valor-p = 0,050) e glicopeptídeos (valor-p=0,012), mostrou correlação com a recuperação da função renal a curto prazo (primeiro mês) da LRA AH; e a longo prazo (6 meses), o potássio (4,02 ± 0,10, p=0,004) se destacou. A recuperação renal quando ocorreu no primeiro mês pós LRA AH implicou em maior sobrevivência do paciente (OR 0,24; IC 0,09- 0,61, p 0,003). Foram fatores independentes para o óbito intra hospitalar a mobilidade (OR 0,26; IC 0,11-0,65, p 0,004, nível de consciência (OR 4,01; IC 1,19-13,53; p=0,025) e valor médio de uréia (OR 1,02; IC 1,01-1,03, p<0,001. Contribuíarm para o óbito após alta hospitalar a diabetes melitus (OR 0,27; IC 0,10-0,70; p=0,007), cardiopatias (OR 0,37; IC 0,15-0,95; p=0,039) e uso de diuréticos na clínica médica (OR 3,19; IC 1,18-8,60; p=0,022). (2) Estudo metodológico: A validação do teste de conhecimento sobre LRA foi realizada pelos juízes e a confiabilidade pelo Alfa de Cronbach foi de 0,696. (3) No quase-experimento, a intervenção educativa mostrou projeção de crescente melhora no conhecimento de nove (9) enfermeiros ao longo do período de avaliação (pré e pós-intervenção e após 3 meses) sobre a classificação KDIGO para estadiamento da LRA AH 1 (11,1%) vs 7 (100%) vs 6 (100%); p=0,007. Conclusões: A maioria dos pacientes recuperou a função renal, predominantemente no segundo e terceiro meses. A confiabilidade do instrumento de avaliação foi substancial conforme Alfa de Cronbach de 0,696. A estratégia educativa virtual projetou melhora crescente do conhecimento sobre prevenção e manejo da lesão renal ao longo do período de avaliação.Introduction: Recovery from hospital-acquired acute kidney injury (AKI AH) has been evaluated to avoid unfavorable outcomes. In this context, the role of nurses stands out to the extent that the individualized interventions outlined by these professionals have been shown to have an impact on the reduction of AKI AH. Objectives: To evaluate the clinical evolutionary pattern of the non-critical patient with acute kidney injury (AKI) and the shortand long-term recovery of renal function; build and validate an instrument to assess knowledge about the management of acute kidney injury; and to evaluate the effect of training mediated by a virtual educational strategy on knowledge, management and prevention of AKI for nurses in a non-critical hospital unit. Method: This is a three-phase sequential multimethod study: (1) Prospective cohort study: Data collection was weekly and based on clinical, hemodynamic and laboratory records from the medical records of 202 patients admitted to the medical clinic. The identification of AKI AH occurred by the creatinine criterion of the KDIGO classification. Follow-up took place for six months after the identification of AKI AH. (2) Methodological study: Construction and validation of an AKI knowledge test by 18 judges. (3) Quasi-experiment: The intervention was a virtual educational strategy in the form of a web conference for nurses on AKI management and prevention measures. Descriptive and inferential data analysis was performed. The significance level was 5%. Results: (1) Cohort study: Of the total of 202 (13.06%) patients with AKI AH, the majority had complete recovery of renal function predominantly in the second 36 (61.02%) and third 27 (62.79%) months follow-up. The use of antibiotics during the ER and/or ICU stay, of the beta-lactam class (p-value = 0.050) and glycopeptides (pvalue= 0.012), showed a correlation with the short-term recovery of renal function (first month) of the LRA AH; and in the long term (6 months), potassium (4.02 ± 0.10, p=0.004) stood out. Renal recovery, when it occurred in the first month after AKI AH, resulted in greater patient survival (OR 0.24; CI 0.09-0.61, p 0.003). Independent factors for in-hospital death were mobility (OR 0.26; CI 0.11-0.65, p 0.004, level of consciousness (OR 4.01; CI 1.19-13.53; p=0.025) and mean value of urea (OR 1.02; CI 1.01-1.03, p<0.001. Diabetes mellitus contributed to death after hospital discharge (OR 0.27; CI 0.10-0.70; p =0.007), heart diseases (OR 0.37; CI 0.15-0.95; p=0.039) and use of diuretics in the medical clinic (OR 3.19; CI 1.18-8.60; p=0.022). (2) Methodological study: The judges performed the validation of the AKI knowledge test and the reliability by Cronbach's Alpha was 0.696. (3) In the quasiexperiment, the educational intervention projected a growing improvement in the knowledge of nine (9) nurses over the evaluation period (pre- and post-intervention and after 3 months) about the KDIGO classification for staging of AKI AH 1 (11 .1%) vs 7 (100%) vs 6 (100%); p=0.007. Conclusions: Most patients recovered renal function, predominantly in the second and third months. The reliability of the assessment instrument was substantial according to Cronbach's Alpha of 0.696. The virtual educational strategy projected a growing improvement in knowledge about prevention and management of kidney injury throughout the evaluation period.Introducción: Se ha evaluado la recuperación de la lesión renal aguda adquirida en el hospital (LRA AH) para evitar resultados desfavorables. En este contexto, destaca el papel del enfermero en la medida en que las intervenciones individualizadas esbozadas por estos profesionales han demostrado tener un impacto en la reducción de la LRA HA. Objetivos: Evaluar el patrón clínico evolutivo del paciente no crítico con lesión renal agudo (LRA) y la recuperación de la función renal a corto y largo plazo; construir y validar un instrumento para evaluar el conocimiento sobre el manejo de la lesión renal aguda; y, evaluar el efecto de la formación mediada por una estrategia educativa virtual sobre el conocimiento, manejo y prevención de la LRA para enfermeros en una unidad hospitalaria no crítica. Método: Se trata de un estudio multimétodo secuencial de tres fases: (1) Estudio de cohorte prospectivo: La recolección de datos fue semanal y se basó en registros clínicos, hemodinámicos y de laboratorio de las historias clínicas de 202 pacientes ingresados en la clínica médica. La identificación de LRA AH se produjo por el criterio de creatinina de la clasificación KDIGO. El seguimiento se llevó a cabo durante seis meses después de la identificación de LRA AH. (2) Estudio metodológico: Construcción y validación de la prueba de conocimientos de LRA por 18 jueces. (3) Cuasi-experimento: La intervención fue una estrategia educativa virtual en forma de una conferencia web para enfermeras sobre medidas de prevención y manejo de LRA. Se realizó análisis de datos descriptivos e inferenciales. El nivel de significancia fue del 5%. Resultados: (1) Estudio de cohorte: del total de 202 (13,06%) pacientes con IRA HA, la mayoría tuvo una recuperación completa de la función renal predominantemente en el segundo 36 (61,02%) y el tercero 27 (62,79%) meses de seguimiento. El uso de antibióticos durante la estancia en Urgencias y / o UCI, de la clase betalactámicos (p-value = 0,050) y glicopéptidos (p-value = 0,012), mostró una correlación con la recuperación a corto plazo de la función renal (primera mes) del LRA AH; ya largo plazo (6 meses) destacó el potasio (4,02 ± 0,10, p = 0,004). La recuperación renal, cuando ocurrió en el primer mes después de la IRA AH, resultó en una mayor supervivencia del paciente (OR 0,24; IC 0,09-0,61, p 0,003). Los factores independientes de muerte intrahospitalaria fueron la movilidad (OR 0,26; IC 0,11- 0,65, p 0,004, nivel de conciencia (OR 4,01; IC 1,19-13,53; p = 0,025) y el valor medio de urea (OR 1,02; IC 1,01-1,03 , p <0,001. La diabetes mellitus contribuyó a la muerte tras el alta hospitalaria (OR 0,27; IC 0,10-0,70; p = 0,007), enfermedades cardíacas (OR 0,37; IC 0,15-0,95; p = 0,039) y uso de diuréticos en la consulta médica. (OR 3,19; IC 1,18-8,60; p = 0,022). (2) Estudio metodológico: La validación de la prueba de conocimiento de LRA fue realizada por los jueces y la confiabilidad por Alfa de Cronbach fue de 0,696. (3) En el cuasiexperimento la intervención educativa proyectó una mejora creciente en el conocimiento de nueve (9) enfermeras durante el período de evaluación (pre y postintervención y después de 3 meses) sobre la clasificación KDIGO para la estadificación de LRA AH 1 (11,1%) frente a 7 (100%) frente a 6 (100%); p = 0,007. Conclusiones: La mayoría de los pacientes recuperó la función renal, predominantemente en el segundo y tercer mes. La fiabilidad del instrumento de evaluación fue sustancial según el Alfa de Cronbach de 0,696. La estrategia educativa virtual proyectó una mejora creciente en el conocimiento sobre prevención y manejo de la lesión renal a lo largo del período de evaluación.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Departamento de Enfermagem (FS ENF)Programa de Pós-Graduação em EnfermagemMagro, Marcia Cristina da SilvaDuarte, Tayse Tamara da Paixão2024-08-02T18:08:26Z2024-08-02T18:08:26Z2024-08-022021-10-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfDUARTE, Tayse Tamara da Paixão. Recuperação renal e conhecimento do enfermeiro pós-lesão renal aguda de pacientes não criticos: estudo multimétodo. 2021. 224 f., il. 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