Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trindade, Cíntia Rocha da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/17332
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Laboratório de Estudos da Litosfera, 2014.
id UNB_8ab6648283d891295a41fcc0e1efa0a9
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/17332
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptorGeociênciasBrasil centralEspessura crustalCrosta continentalDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Laboratório de Estudos da Litosfera, 2014.O Brasil central foi estruturado no Neoproterozoico em consequência da colisão dos paleocontinentes São Francisco (Cráton do São Francisco e zona externa Faixa Brasília) e Amazônico (Cráton Amazônico e Faixa Araguaia), com os grandes blocos do Paranapanema (encoberto pela Bacia do Paraná) e Parnaíba (encoberto pela Bacia do Parnaíba). Entre os paleocontinentes e os grandes blocos foram amalgamados blocos menores/terrenos representados pelo Arco Magmático de Goiás (neoproterozoico) e o Maciço de Goiás (arqueano/paleoproterozoico). Novas determinações de espessura e de médias da razão de Poisson da crosta obtidas por função do receptor, somadas a dados da literatura, foram utilizadas para gerar mapa de profundidade da Moho para o Brasil central, caracterizar o comportamento da crosta continental nos diferentes domínios tectônicos e, em associação com dados gravimétricos e topográficos, discutir o equilíbrio isostático e a compartimentação tectônica regional. A espessura da crosta do Brasil central varia entre 33 e 53 km, com valores característicos para os diferentes domínios tectônicos. A Bacia do Parnaíba possui crosta de 44 km e Vp/Vs=1,71, em contraste com a crosta da parte norte da zona externa da Faixa Brasília, que tem espessura de 40 km e Vp/Vs=1,70. O contato entre esses dois domínios é abrupto. A parte sul da zona externa da Faixa Brasília, dominada por coberturas metassedimentares, apresenta espessura crustal de 42-44 km e Vp/Vs=1,70. A crosta do Arco Magmático de Goiás varia entre 35 km a sul e 42 km a norte, com Vp/Vs de 1,72. O Paleocontinente Amazônico possui crosta com espessura variando de 40-49 km e Vp/Vs de 1,78. No contato do Paleocontinente Amazônico com os terrenos do Arco Magmático de Goiás e com os granulitos de Porto Nacional, ao longo do limite oeste do alto gravimétrico Bouguer do Brasil central, a crosta está duplicada com espessura acima de 50 km e razão Vp/Vs menor que 1,70, aparentemente marcando a frente de colisão do Paleocontinente Amazônico no Brasil central. De forma geral, a mudança de espessura crustal não reflete a variação da resposta gravimétrica observada, sugerindo que o equilíbrio isostático regional tenha sido alcançado, principalmente, por variações nas propriedades físicas do manto litosférico dos diferentes blocos, com menor contribuição crustal. Ajustes isostáticos regionais ocorridos no Fanerozoico levaram à implantação da Bacia do Parnaíba e reajustes isostáticos locais resultaram em soerguimento de blocos, erosão e exposição de porções expressivas do embasamento. Como resultado final, o Brasil central apresenta trend geológico NS na Faixa Araguaia e NE na Faixa Brasília, onde a trama do embasamento influencia fortemente o Lineamento Transbrasiliano. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThe central Brazil was structured in the Neoproterozoic as a result of the collision of paleocontinents São Francisco (Paleoproterozoic) and Amazônico (Archean), with large blocks hidden by the Paraná and Parnaíba sedimentaries basins. Among the paleocontinents and the large blocks, smaller blocks were almagamated represented by the Goiás Magmatic Arc (Neoproterozoic) and Goiás Massif (Archean/Paleoproterozoic) terranes. New determinations of thickness and average Poisson's ratio of the crust obtained by receiver functions, combined with data from the literature, were used to: generate the Moho depth map for central Brazil and to characterize the behavior of the continental crust in different domains and, in association with gravity and topographic data, to discuss the isostatic balance and tectonic compartmentation of central Brazil. The thickness of the crust varies between 33 and 53 km, with characteristic values for the different tectonic domains. The Parnaíba Basin has a 44 km crust and Vp/Vs = 1.71, in contrast to the crust of the northern part of the external zone of the Brasília Belt, which has a thickness of 40 km and Vp/Vs = 1.70. The contact between these two domains is abrupt. The southern part of the external zone of the Brasília Belt, dominated by metasedimentary covers, presents thickness of 42-44 km and Vp/Vs = 1.70. Although the determined Vp/Vs ratio for the Goiás Magmatic Arc is 1.72, the crustal thickness varies from 35 km in the southern to 42 km in the northern portion. The Amazonas Paleocontinent presents crustal thickness ranging from 40-49 km and Vp/Vs of 1.78. The contact among the Amazonas Paleocontinent and the eastern terranes, along the western boundary Bouguer anomaly, is characterized by duplicate crust (thicker than 50 km) and Vp/Vs ratio lower than 1,70, apparently defining the collision front of the Amazonas Paleocontinent in central Brazil. In general, the observed crustal thickness values in central Brazil do not reflect the observed gravimetric response, suggesting that the regional isostatic equilibrium has been achieved mainly by variations in the physical properties of the lithospheric mantle of the blocks with small crustal contribution. Phanerozoic extension led to regional isostatic adjustment with the impounding of the Parnaíba Basin and to some local isostatic adjustments resulting in blocks uplift, erosion and exposure of significant portions of the basement. As a result, the central Brazil geologic area presents a N-S structural trend in the Araguaia Belt and a NE-SW in the Brasília Belt, where the Transbrasiliano Lineament is influenced by basement structures.Soares, José Eduardo PereiraTrindade, Cíntia Rocha da2014-12-11T19:18:07Z2014-12-11T19:18:07Z2014-12-112014-08-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTRINDADE, Cíntia Rocha da. Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central: uma aproximação por função do receptor. 2014. 90 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências Aplicadas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.http://repositorio.unb.br/handle/10482/17332A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-14T20:10:11Zoai:repositorio.unb.br:10482/17332Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-14T20:10:11Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
title Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
spellingShingle Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
Trindade, Cíntia Rocha da
Geociências
Brasil central
Espessura crustal
Crosta continental
title_short Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
title_full Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
title_fullStr Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
title_full_unstemmed Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
title_sort Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central : uma aproximação por função do receptor
author Trindade, Cíntia Rocha da
author_facet Trindade, Cíntia Rocha da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Soares, José Eduardo Pereira
dc.contributor.author.fl_str_mv Trindade, Cíntia Rocha da
dc.subject.por.fl_str_mv Geociências
Brasil central
Espessura crustal
Crosta continental
topic Geociências
Brasil central
Espessura crustal
Crosta continental
description Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Laboratório de Estudos da Litosfera, 2014.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-12-11T19:18:07Z
2014-12-11T19:18:07Z
2014-12-11
2014-08-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv TRINDADE, Cíntia Rocha da. Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central: uma aproximação por função do receptor. 2014. 90 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências Aplicadas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
http://repositorio.unb.br/handle/10482/17332
identifier_str_mv TRINDADE, Cíntia Rocha da. Espessura crustal e Razão de Poisson do Brasil Central: uma aproximação por função do receptor. 2014. 90 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências Aplicadas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/17332
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1810580694955458560