Nzo ia Nkis : uma análise experiencial do protagonismo negro na fundação de um terreiro de Candomblé Angola
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/40288 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais, 2019. |
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Nzo ia Nkis : uma análise experiencial do protagonismo negro na fundação de um terreiro de Candomblé AngolaCandombléProtagonismo negroTerreirosRacismo religiosoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais, 2019.O ato de contar histórias, assim como todo ato linguístico, produz valores simbólicos e efeitos propositivos pelos quais se operam o comportamento e as crenças dos interlocutores. Mesmo diante das investidas coloniais em silenciar o protagonismo negro das histórias sobre o nosso povo, nunca nos faltaram essas narrativas. Estas narrativas sempre estiveram presentes na própria experiência negra de existir em luta por dignidade como sujeitos e sujeitas, na oralidade presente como maior instrumento de apresentação e construção do conhecimento nos terreiros de matrizes africanas, nos quilombos e nas mais variadas expressões de resistência vivenciadas pelas pessoas negras, numa sociedade calcada no racismo. Apropriar-se de linguagem que evidencie o protagonismo negro em nossas narrativas e encontrar propostas que torne possível tratar dos atravessamentos causados pelo colonialismo e escravização do nosso povo, embora haja seus desafios é uma escolha que se expressa como ato político de resistência. Construo o pensamento que resulta neste ensaio partindo de uma análise histórico-crítica experiencial da minha condição de negro brasileiro. Trago acontecimentos relevantes que fizeram parte de minha formação como sujeito, envolvendo os aspectos de uma criação cristã para negação da negritude, os processos de luta para libertação das amarras do racismo, o movimento de retorno ao berço ancestral e o reconhecimento de uma identidade negra que se coletiviza na fundação de uma Nzo ia Nkisi ou Terreiro de Candomblé Angola. Numa perspectiva colaborativa sobre as narrativas que se tecem em torno, e não sobre o candomblé, pretendo partilhar como a minha trajetória e de meus ancestrais protagonizam a fundação de terreiro numa expressão de resistência às tentativas coloniais de supremacia e de silenciamento de nossas experiências.Storytelling, like every linguistic act, produces symbolic values and propositional effects by which the behavior and beliefs of the interlocutors operate. Even in the face of colonial advances in silencing the black protagonism of stories about our people, we have never lacked these narratives. These narratives have always been present in the very black experience of existing in the struggle for dignity as individuals, in the present orality as the greatest instrument of presentation and construction of knowledge in African-based terreiros, quilombos and in the most varied expressions of resistance experienced by black people in a society structured by racism. Take ownership of language that highlights the black protagonism in our narratives and find proposals that make it possible to deal with the crossings caused by colonialism and the enslavement of our people, although there are challenges, that is a choice that is expressed as a political act of resistance. I formulate the thinking that results in this essay starting from an experiential historical-critical analysis of my condition as a black Brazilian. I bring relevant events that were part of my upbringing as an individual, involving aspects of a Christian fostered to deny blackness, the processes of struggle to release the bonds of racism, the movement to return to the ancestral cradle and the recognition of a black identity that is collectivized in the foundation of a Nzo ia Nkisi or Terreiro de Candomblé Angola. In a collaborative perspective on the narratives that are produced around, and not on candomblé, I intend to share how my trajectory and that of my ancestors lead to the foundation of the terreiro in an expression of resistance to colonial attempts at supremacy and silencing of our experiences.KUBHITULULA: O ifwa ni ixikinu ya athu azwela, ene atunda ni mbote ikola kyoso ki muthu utanga misoso anga uzwela kima. O ambundu kakamba o kutanga o misoso yetu, sumbala o jiphutu jimesena kuxibha o ambundu mu kutanga o misoso ya athu etu. O thembu yoso o misoso ya ala mu mwenyu ya ambundu kyoso ki abhanga kala mayala ni ahatu amusota o kuxila, mu kilondekesu kya dikota ni ibangelu ya wijidilu mu jinzo ja imbanda, mu ilombo anga mu ifika ya nguzu ya ambundu ku mundu wezala ni kathombo. Twasolo mu kumoneka ifwa ya nguzu kyoso ki twala ni kizwelelu kya ambundu kala athu a dikota mu misoso yetu anga kyoso ki tusanga ndunge phala kutalatala o kubhita kwa jiphutu ni ubhika wa athu etu, sumbala o ibhidi. Ngitunga o dibanzelu dyami dya mukanda yu mukonda dya kudilonga kwa musoso ni kwijiya kwa mwenyu wami mwene kala mumbundu mukwa Brasil. Ngibheka o ifwa ni idifwa ya mwenyu wami kala muthu. O ifwa ya yala ni kusasa kala kidista phala kudituna 'eme mumbundu', o kubhanga ni kathombo, o kuvutuka ku ixi ya akuku etu anga o kudijiya kala mumbundu bhu mbandu ya athu avulu mu kubanga o Nzo ya Nkisi anga 'Terreiro de Candomblé Angola'.Kala kikalakalu kumoxi kya misoso bhu mbandu ya candomblé, ngandala kumoneka o ibangelu yami ni ibangelu ya akuku ami yakexile mu njila ya dikota kyoso ki twabange o nzo ni nguzu mu kubhanga o jiphutukala athu a dikota phala kuxibha o mwenyu wetu.Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS)Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, Mestrado ProfissionalizanteNogueira, Mônica Celeida RabeloFerreira, Tiago Alves2021-03-23T17:40:03Z2021-03-23T17:40:03Z2021-03-232020-04-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERREIRA, Tiago Alves. Nzo ia Nkis: uma análise experiencial do protagonismo negro na fundação de um terreiro de Candomblé Angola. 2020. 67 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.https://repositorio.unb.br/handle/10482/40288A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições:Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-02T20:11:03Zoai:repositorio.unb.br:10482/40288Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-02T20:11:03Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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