Homo sacer e a vida que não merece ser vivida : uma autoetnografia no sistema penitenciário do Distrito Federal
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/45519 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2022. |
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Homo sacer e a vida que não merece ser vivida : uma autoetnografia no sistema penitenciário do Distrito FederalHomo sacer and the life that does not deserve to be lived : a autoethnography in the penitentiary system of the Federal DistrictAbolicionismoBiopolíticaInimigo socialPrisõesDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2022.A figura do homo sacer, resgatada pelo filósofo italiano Giorgio Agamben para explicar a origem da política, se assemelha à figura do presidiário inserido no sistema penitenciário brasileiro. Assim, a partir da experiência vivida ao longo de três anos preso no sistema penitenciário do Paraná e do Distrito Federal, realizei esta autoetnografia. Parto da perspectiva biopolítica elaborada por Michel Foucault e continuada por Agamben, no sentido de que a vida nua e sua exposição ao poder soberano é a situação vivenciada pelos internos no sistema penitenciário. Ao mesmo tempo em que são capturados pela lei, são abandonados por ela no que diz respeito aos direitos básicos dos cidadãos. Vidas sem valor são expostas à morte no sistema penitenciário e a figura do presidiário como inimigo da sociedade é o fundo biopolítico que permite que sua vida não seja merecedora de valor, mesmo a prisão mostrando sua ineficiência sendo a modalidade mais utilizada. Dessa maneira, a prisão como reprodutora de dor e sofrimento, criminalidade e exposição da vida à morte deve ceder espaço para o desejo de liberdade e formas mais racionais de a sociedade lidar com os seus conflitos como o abolicionismo, por exemplo.The figure of the homo Sacer, rescued by the Italian philosopher Giorgio Agamben to explain the origin of politics, resembles the figure of the prisoner inserted in the Brazilian prison system. From the experience over three years imprisoned in the penitentiary system of Paraná and the Federal District performed this autoetnography. I start from the biopolitical perspective elaborated by Michel Foucault and continued by Agamben, in the sense that naked life and its exposure to sovereign power is the situation experienced by inmates in the prison system. At the same time that they are captured by the law, they are abandoned by it with regard to the basic rights of citizens. Worthless lives are exposed to death in the penitentiary system. The figure of the prisoner as the enemy of society is the biopolitical fund that allows his life not to be worthy of value. Even the prison showing its inefficiency, is still the most used modality. Prison as a breeding ground of pain and suffering, criminality and exposure of life to death, must give way to the desire for freedom and more rational ways for society to deal with its conflicts, such as abolitionism, for example.Castilho, Ela Wiecko Volkmer deOliveira, Adriano Luiz2023-01-18T22:13:15Z2023-01-18T22:13:15Z2023-01-182022-08-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Adriano Luiz. Homo sacer e a vida que não merece ser vivida: uma autoetnografia no sistema penitenciário do Distrito Federal. 2022. 149 f., il. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/45519A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-13T13:02:56Zoai:repositorio.unb.br:10482/45519Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-13T13:02:56Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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