Tempus fugit... carpe diem : poiesis, velhice e psicanálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Priscilla Melo Ribeiro de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/14334
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2013.
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spelling Tempus fugit... carpe diem : poiesis, velhice e psicanáliseCony, Carlos Heitor, 1926-VelhiceAlves, Rubem, 1933-PsicanáliseAutobiografiaTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2013.O presente trabalho tem como objetivo investigar, sob a lente da psicanálise, a (re)construção do eu na velhice através da escrita de textos autobiográficos de dois escritores brasileiros: Carlos Heitor Cony e Rubem Alves. Buscou-se compreender como o sujeito idoso vivencia as mudanças corporais e o enfrentamento da própria finitude decorrentes do processo de envelhecimento. A metodologia de pesquisa autobiográfica foi utilizada como instrumento para a compreensão da subjetividade do idoso. Escritos autobiográficos apontam a uma poiesis do eu, enquanto capacidade de construção de si, e possibilitam que o sujeito busque em sua própria história ferramentas para reinscrever-se no presente. Estudos e teorizações da psicanálise freudiana e lacaniana, e de psicanalistas contemporâneos trouxeram aportes para o estudo da subjetividade a partir do corpo e do tempo. Investigou-se como a imagem do corpo envelhecido refletido nos espelhos desperta, muitas vezes, angústia e pode fazer emergir um Eu-feiura em contraposição ao Eu-ideal. As crônicas autobiográficas de Alves e Cony apontam para a necessidade de redescoberta do próprio corpo e reelaboração da própria imagem como vias essenciais e salutares para a vivência de uma boa velhice. Destaca-se ainda a relação do velho com o tempo. A percepção da finitude da vida ressalta a sensação de desamparo e angústia. A rememoração pode surgir como uma forma de lidar com essa angústia. Conclui-se que a capacidade poietica do sujeito possibilitada pela escrita de si pode auxiliá-lo a lidar com a imagem que tem de si e a projetar-se no futuro. Isso pode (re)abrir caminhos para uma reconstrução do lugar do velho no contexto sociocultural em que estiver inserido. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTThis study aims to investigate, through the lens of psychoanalysis, the (re)construction of the self in old age by two autobiographical texts by two Brazilians writers: Carlos Heitor Cony and Rubem Alves. The aim is to understand how the elderly experiences body changes and faces his own finitude. The autobiographical research methodology was used as a tool for understanding the subjectivity of the elderly. The ego poiesis as a capacity of auto-construction enables the subject to seek into his own story tools to re-enroll in the present. Studies and theories of freudian and lacanian psychoanalysis and contemporary psychoanalysts brought contributions to the study of subjectivity from the body and time. This study investigates how old body image reflected in the mirror awakens often distress and can bring out an Ego-ugliness in contrast to the Ego-ideal. The autobiographical chronicles of Alves and Cony point to the necessity of rediscover the body itself and rework the image itself as an essential and salutary way to experience a good old age. It is also noted the relation the old man with time. The perception of the finitude of life can emphasize the feeling of helplessness and distress. The remembrance may emerge as a way to deal with such distress. It is concluded that the poietic capacity of the subject can help him to deal with the image he has of himself and to project into the future. This can (re)open ways for a reconstruction of the elderly place within the sociocultural context to which he is inserted. _______________________________________________________________________________________ RESUMÉNEste estudio tiene como objetivo investigar, a través de la lente del psicoanálisis, la construcción del yo en la vejez mediante textos autobiográficos de dos escritores brasileños: Carlos Heitor Cony y Rubem Alves. Tiene por objeto comprender cómo los individuos ancianos experimentan las alteraciones corporales y enfrentan a la propia finitud derivado del proceso de envejecimiento. La metodología de investigación autobiográfica fue utilizada como una herramienta para la comprensión de la subjetividad de los ancianos. Escritos autobiográficos apuntan a una poiesis del yo como el fomento de la construcción de sí mismo, y permitir que el sujeto busque herramientas en su propia historia para volver a inscribirse en el presente. Los estudios y las teorías del psicoanálisis de Freud y de Lacan, y de los psicoanalistas contemporáneos trajeron contribuciones al estudio de la subjetividad desde el cuerpo y el tiempo. Este estudio investiga cómo la imagen del cuerpo envejecido reflejada en el espejo despierta frecuentemente angustia y puede llevar a cabo un Yo-fealdad en oposición a un Yo-ideal. Las crónicas autobiográficas de Alves y Cony muestran la necesidad de redescubrir el propio cuerpo y reelaborar la propia imagen como caminos esenciales y saludables para experimentar una buena vejez. Tenga en cuenta también la relación del viejo con el tiempo. La percepción de la finitud de la vida subraya la sensación de desamparo y angustia. El recuerdo se presenta como una manera de lidiar con esa angustia. Se concluye que la capacidad poiética del sujeto es posible gracias a la escritura misma y puede ayudarle a lidiar con la imagen que tiene de sí mismo y proyectar hacia el futuro. Este puede (re)abrir vías para una reconstrucción del lugar del viejo en el contexto sociocultural en que él se inserta.Viana, Terezinha de CamargoLima, Priscilla Melo Ribeiro de2013-10-15T13:15:25Z2013-10-15T13:15:25Z2013-10-152013-07-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLIMA, Priscilla Melo Ribeiro de. Tempus fugit... carpe diem : poiesis, velhice e psicanálise. 2013. 254 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.http://repositorio.unb.br/handle/10482/14334A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-11T00:13:00Zoai:repositorio.unb.br:10482/14334Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-11T00:13Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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