Aspectos da modalidade epistêmica em Tapirapé
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/29046 https://dx.doi.org/10.1590/S1981-81222013000200008 |
Resumo: | Neste artigo, descrevem-se alguns recursos utilizados pelos falantes do Tapirapé, uma língua da família Tupí-Guarani, para codificarem fonte e confiabilidade da informação. Sabe-se que todas as línguas possuem algum mecanismo para expressar a fonte de informação, embora nem todas apresentem a evidencialidade como uma categoria gramatical. Diferentemente do Português e de outras línguas que empregam significados lexicais para discriminar fonte da informação, verifica-se que no Tapirapé a modalidade epistêmica é expressa por meio de partículas que ocupam a segunda posição na sentença, e que também podem expressar tempo. Apesar de o tempo não ser uma categoria básica nessa língua, e de não haver morfemas de tempo afixados ao verbo, observa-se que a indicação temporal é imbricada à modalidade e decorrente desta. Diferentes partículas que transmitem o mesmo posicionamento do falante em relação ao conteúdo informacional proferido assinalam diversos tipos de tempo. Os dados aqui apresentados, em sua grande maioria, foram obtidos em situação real de fala e coletados nas áreas indígenas Tapirapé/Karajá e Urubu Branco, entre os anos de 2002 e 2007. |
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Aspectos da modalidade epistêmica em TapirapéAspects of epistemic modality in TapirapéLíngua tupi-guaraniIndígenas - línguasNeste artigo, descrevem-se alguns recursos utilizados pelos falantes do Tapirapé, uma língua da família Tupí-Guarani, para codificarem fonte e confiabilidade da informação. Sabe-se que todas as línguas possuem algum mecanismo para expressar a fonte de informação, embora nem todas apresentem a evidencialidade como uma categoria gramatical. Diferentemente do Português e de outras línguas que empregam significados lexicais para discriminar fonte da informação, verifica-se que no Tapirapé a modalidade epistêmica é expressa por meio de partículas que ocupam a segunda posição na sentença, e que também podem expressar tempo. Apesar de o tempo não ser uma categoria básica nessa língua, e de não haver morfemas de tempo afixados ao verbo, observa-se que a indicação temporal é imbricada à modalidade e decorrente desta. Diferentes partículas que transmitem o mesmo posicionamento do falante em relação ao conteúdo informacional proferido assinalam diversos tipos de tempo. Os dados aqui apresentados, em sua grande maioria, foram obtidos em situação real de fala e coletados nas áreas indígenas Tapirapé/Karajá e Urubu Branco, entre os anos de 2002 e 2007.This paper describes some of the resources used by speakers of Tapirapé, a language of the Tupi-Guarani family, to encode source and reliability of information. It is known that all languages possess some way to express the source of information, although not all of them express evidentiality as a grammatical category. Unlike Portuguese and other languages which employ lexical meaning to discriminate the source of information, it is evident that in Tapirapé the epistemic modality is expressed by means of particles which occupy the second slot in the sentence, and which may also express tense. In spite of the fact that tense is not a basic category in this language, and that there are no tense morphemes affixed to the verb, the expression of tense is intertwined with, and stems from, modality. Different particles which express the same stance of the speaker with regard to the uttered informational content express different types of tense. Most of the data presented here were obtained in real speech situations and collected in the Tapirapé/Karajá and Urubu Branco indigenous areas between 2002 and 2007.MCTI/Museu Paraense Emílio Goeldi2017-12-07T05:04:54Z2017-12-07T05:04:54Z2013-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfPRACA, Walkíria Neiva. Aspectos da modalidade epistêmica em Tapirapé. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 8, n. 2, p. 343-357, ago. 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1981-81222013000200008. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222013000200008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 04 dez. 2020.http://repositorio.unb.br/handle/10482/29046https://dx.doi.org/10.1590/S1981-81222013000200008Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (CC BY NC 4.0). Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222013000200008&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 04 dez. 2020.info:eu-repo/semantics/openAccessPraça, Walkíria Neivaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-10-17T20:22:44Zoai:repositorio.unb.br:10482/29046Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-10-17T20:22:44Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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Neste artigo, descrevem-se alguns recursos utilizados pelos falantes do Tapirapé, uma língua da família Tupí-Guarani, para codificarem fonte e confiabilidade da informação. Sabe-se que todas as línguas possuem algum mecanismo para expressar a fonte de informação, embora nem todas apresentem a evidencialidade como uma categoria gramatical. Diferentemente do Português e de outras línguas que empregam significados lexicais para discriminar fonte da informação, verifica-se que no Tapirapé a modalidade epistêmica é expressa por meio de partículas que ocupam a segunda posição na sentença, e que também podem expressar tempo. Apesar de o tempo não ser uma categoria básica nessa língua, e de não haver morfemas de tempo afixados ao verbo, observa-se que a indicação temporal é imbricada à modalidade e decorrente desta. Diferentes partículas que transmitem o mesmo posicionamento do falante em relação ao conteúdo informacional proferido assinalam diversos tipos de tempo. Os dados aqui apresentados, em sua grande maioria, foram obtidos em situação real de fala e coletados nas áreas indígenas Tapirapé/Karajá e Urubu Branco, entre os anos de 2002 e 2007. |
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