O conceito de regra na linguagem cotidiana e na Análise Experimental do Comportamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/26271 https://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2004000200009 |
Resumo: | Na linguagem cotidiana, a palavra regra é utilizada de muitas maneiras diferentes, e não há uma definição única que seja válida para todos esses usos. Por outro lado, os analistas do comportamento freqüentemente restringem o conceito, definindo regra tecnicamente como "descrição de contingências", definição esta proposta pela primeira vez por Skinner, em 1969. No entanto, uma análise dos textos de Skinner sugere que eles contêm, paralelamente a essa restrição do termo, um movimento de extensão do uso cotidiano. Neste trabalho são comentados esses dois movimentos de revisão conceitual e argumenta-se que: (1) a ampliação do conceito de regra pode ser interessante como forma de apontar para semelhanças funcionais entre fenômenos que têm nomes diferentes na linguagem cotidiana, mas pode também obscurecer importantes diferenças; e (2) a restrição técnica do conceito tem suscitado algumas confusões conceituais relacionadas a uma visão referencialista da linguagem. Conclui-se que a análise dos diferentes usos do termo regra na linguagem cotidiana pode contribuir positivamente para a teorização acerca do comportamento governado por regras na Análise Experimental do Comportamento. |
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O conceito de regra na linguagem cotidiana e na Análise Experimental do ComportamentoThe concept of rule in everyday language and in the Experimental Analysis of BehaviorAnálise experimental do comportamentoAnálise conceitualRegraNa linguagem cotidiana, a palavra regra é utilizada de muitas maneiras diferentes, e não há uma definição única que seja válida para todos esses usos. Por outro lado, os analistas do comportamento freqüentemente restringem o conceito, definindo regra tecnicamente como "descrição de contingências", definição esta proposta pela primeira vez por Skinner, em 1969. No entanto, uma análise dos textos de Skinner sugere que eles contêm, paralelamente a essa restrição do termo, um movimento de extensão do uso cotidiano. Neste trabalho são comentados esses dois movimentos de revisão conceitual e argumenta-se que: (1) a ampliação do conceito de regra pode ser interessante como forma de apontar para semelhanças funcionais entre fenômenos que têm nomes diferentes na linguagem cotidiana, mas pode também obscurecer importantes diferenças; e (2) a restrição técnica do conceito tem suscitado algumas confusões conceituais relacionadas a uma visão referencialista da linguagem. Conclui-se que a análise dos diferentes usos do termo regra na linguagem cotidiana pode contribuir positivamente para a teorização acerca do comportamento governado por regras na Análise Experimental do Comportamento.In ordinary language the word rule is used in many different ways, and there is no unique definition which holds good for all of those uses. On the other hand, behavior analysts frequently restrict the concept and define rule technically as "description of contingencies", a definition first proposed by Skinner in 1969. However, an analysis of Skinner's texts suggests that they include, parallel to this restriction of the concept, an extension of the ordinary use of the term. The present paper discusses these two opposite movements of conceptual revision and argues that: (1) the extension of the concept may be interesting in that it may point to functional similarities between phenomena that have different names in everyday language, but may also obscure important differences; and (2) the technical restriction of the concept has produced conceptual confusions related to a referencialist view of language. It is concluded that the analysis of the different uses of the term rule in everyday language may contribute positively to theorizing on rule-governed behavior in the Experimental Analysis of Behavior.Em processamentoPrograma de Pós-graduação em Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicobiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte2017-12-07T04:39:36Z2017-12-07T04:39:36Z2004info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfEstud. psicol. (Natal),v.9,n.2,p.279-283,2004http://repositorio.unb.br/handle/10482/26271https://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2004000200009porFlores, Eileen Pfeifferinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-27T21:14:19Zoai:repositorio.unb.br:10482/26271Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-27T21:14:19Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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Na linguagem cotidiana, a palavra regra é utilizada de muitas maneiras diferentes, e não há uma definição única que seja válida para todos esses usos. Por outro lado, os analistas do comportamento freqüentemente restringem o conceito, definindo regra tecnicamente como "descrição de contingências", definição esta proposta pela primeira vez por Skinner, em 1969. No entanto, uma análise dos textos de Skinner sugere que eles contêm, paralelamente a essa restrição do termo, um movimento de extensão do uso cotidiano. Neste trabalho são comentados esses dois movimentos de revisão conceitual e argumenta-se que: (1) a ampliação do conceito de regra pode ser interessante como forma de apontar para semelhanças funcionais entre fenômenos que têm nomes diferentes na linguagem cotidiana, mas pode também obscurecer importantes diferenças; e (2) a restrição técnica do conceito tem suscitado algumas confusões conceituais relacionadas a uma visão referencialista da linguagem. Conclui-se que a análise dos diferentes usos do termo regra na linguagem cotidiana pode contribuir positivamente para a teorização acerca do comportamento governado por regras na Análise Experimental do Comportamento. |
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