Joaquim Nabuco : status, stigma, civilization and Brazil’s place in the international society
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/36823 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2019. |
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Joaquim Nabuco : status, stigma, civilization and Brazil’s place in the international societyNabuco, Joaquim, 1849-1910América LatinaMonarquiaDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2019.O papel de discursos civilizacionais na sociedade internacional, tanto no passado quanto no presente, tem sido objeto de estudos nas Relações Internacionais (RI). Atenção particular tem sido dada ao século XIX, momento em que a Europa afirmou sua hegemonia perante o resto do mundo. Contudo, a literatura em geral tem negligenciado a posição da América Latina na ordem internacional. É comumente presumido que o continente foi, desde sua independência, parte da “família de nações civilizadas”. Por meio do uso dos conceitos sociológicos de estigma e status, esta dissertação argumenta que tal visão é enganosa, uma vez que subestima o estigma de atraso civilizacional que nações latino-americanas enfrentavam. Na realidade, elites governantes na Europa nunca consideraram suas ex-colônias como iguais em termos de status internacional. O argumento é desenvolvido por meio da análise da trajetória política de Joaquim Nabuco (1849-1910). Ao explorar a biografia de um estadista, opta-se por uma abordagem em que os conceitos de civilização, status e estigma são canalizados em experiências sócio-históricas vividas. Essa abordagem de baixo para cima dá vida a fenômenos internacionais abstratos, reconectando-os às realidades sociais efetivamente vividas. Uma preocupação com status e estigmatização do Brasil conecta a ação política de Nabuco ao longo de sua trajetória, e os capítulos empíricos analisam como ele lidou com o estigma brasileiro em diferentes momentos de sua carreira. Nabuco ganhou fama nos anos 1880 ao liderar o movimento abolicionista brasileiro no parlamento imperial. Nabuco tentou envergonhar as elites brasileiras ao enfatizar o estigma resultante da manutenção da escravidão no Brasil. Assim, o abolicionismo tentou lidar com o estigma Brasileiro pressionando pela eliminação do atributo pelo qual o Brasil era estigmatizado, qual seja, a escravidão. Após a abolição, em 1888, e com a queda da monarquia em 1889, Nabuco tornou-se parte do movimento monarquista no Brasil. O monarquismo de Nabuco sustentava a narrativa, construída durante o Império, por meio da qual o Brasil tentava se passar como país civilizado, em contraste com os “bárbaros” vizinhos latino-americanos. O discurso de Nabuco não objetivava elevar o status brasileiro no presente; ao contrário, potencializava o estigma contra o país. Nabuco se reconciliou com o regime republicano em 1899, e eventualmente seria nomeado como o primeiro embaixador do Brasil nos EUA, em 1905. Ele então defendeu com firmeza o Pan-Americanismo, baseando-se na crença de que o desenvolvimento de relações próximas com Washington renderia dividendos ao Brasil em termos de status perante as potências europeias. Conclui-se que apesar dos esforços de Nabuco em superar o estigma brasileiro, o país continuou a ser estigmatizado e gozar de baixo status dentro da sociedade internacional do período.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).There has been a growing body of literature in International Relations (IR) addressing the role that civilizational discourse plays in international society, both in the present and in the past. Particular attention has been given to the 19th century, as it represents the historical moment when Europe asserted its hegemony over the rest of the world. Nevertheless, this literature has by and large neglected the place of Latin America in the 19th century international order. It is often assumed that Latin America was from its independence part of the “family of civilized nations”. I borrow from the sociological concepts of status and stigma to argue that this view is misleading, for it underestimates the stigma of civilizational backwardness Latin American nations faced. European governing elites never considered its former colonies as equals in terms of international status. The argument is developed through the analysis of the political trajectory and writings of Joaquim Nabuco (1849-1910), a leading figure in Brazilian politics from the early 1880s until his death. By exploring the biography of a statesman, I opt for an approach in which the concepts of civilization, status and stigma are channeled into a lived socio-historical experience. This upward approach reattach abstract international phenomena to individual lives. A preoccupation with Brazil’s international status and stigmatization binds Nabuco’s political action together throughout his political career, so that the empirical chapters analyze how he dealt with Brazil’s stigma in different moments of his trajectory. Nabuco first rose to public prominence during the 1880s, as he led the Brazilian abolitionist movement in Parliament. Nabuco tried to shame Brazilian politic elites by stressing the stigma the maintenance of slavery impinged upon Brazil. Therefore, abolitionism tried to cope with Brazil’s stigma by pushing for the elimination of the attribute through which Brazil was stigmatized, i.e., slavery. Abolition took place in 1888, and after the fall of the Monarchy in the following year, Nabuco became part of the monarchist movement in Brazil. Nabuco’s monarchism upheld the narrative constructed during the Imperial period (1822-1889) in which Brazil intended to pass as a civilized country, in contrast to the “barbarian” Latin American republics. Nabuco’s discourse did not seek to improve Brazil’s status in the present; on the contrary, it bolstered stigma against the country. Nabuco reconciled with the Republican regime in 1899, and eventually became Brazil’s first ambassador in the United States in 1905. He then staunchly embraced Pan-Americanism, grounded on the belief that the development of close ties with Washington would render status dividends to Brazil before the United States and the European powers. I conclude that despite Nabuco’s efforts to overcome Brazil’s stigma, the country remained stigmatized and enjoyed a low status within the stratified international society of the time.Pinto, Vânia Isabel CarvalhoCorrea, Humberto Mayese2020-02-06T17:43:18Z2020-02-06T17:43:18Z2020-02-062019-07-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCORREA, Humberto Mayese. Joaquim Nabuco: status, stigma, civilization and Brazil’s place in the international society. 2019. 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/36823A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-17T23:07:05Zoai:repositorio.unb.br:10482/36823Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-17T23:07:05Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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