Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/27209 https://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000300005 |
Resumo: | A vegetação de cerrado no Estado de São Paulo sobrevive em poucas áreas naturais remanescentes cuja flora, exceto pelas espécies arbóreas, é pouco conhecida. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a flora fanerogâmica não-arbórea das diferentes fisionomias da vegetação (campo úmido, cerrado sensu stricto, cerradão e mata ciliar) na Estação Ecológica de Assis (22°33'65" e 22°36'68" S e 50°22'29" e 50°23'00" W), Estado de São Paulo, Brasil, e compará-la a outras áreas de cerrado no estado, para verificar possíveis endemismos ou a presença de espécies raras, que mereçam providências especiais de manejo para sua conservação. Nas diferentes fisionomias da vegetação no interior da unidade de conservação foram registradas 301 espécies fanerógamas não-arbóreas, pertencentes a 199 gêneros e 61 famílias. As famílias com os maiores números de espécies foram: Fabaceae, Asteraceae, Bignoniaceae e Poaceae. A riqueza de espécies foi decrescente do cerrado sensu stricto (146 espécies ou 48,8%), seguido pelo cerradão (48 espécies ou 15,9%), campo úmido (47 espécies ou 15,6%) e, por último, a mata ciliar (15 espécies ou 5,0%). Comparada às outras áreas analisadas de cerrado no Estado de São Paulo, a diversidade da flora não-arbórea local é elevada. O alto nível de ocorrências únicas para as formas de vida inventariadas (102 espécies ou 34%) tem sido igualmente observado em outros estudos, indicando que ou os endemismos são mais comuns para espécies vegetais não-arbóreas do que para arbóreas ou os métodos de inventário não têm sido adequados para representar toda a riqueza dessas espécies em cada local. Estratégias de conservação e inventários botânicos devem valorizar especialmente a flora não-arbórea, uma vez que as espécies da flora arbórea apresentam-se mais amplamente distribuídas e melhor inventariadas. |
id |
UNB_a55aecdaae2bf8627aeee072435d0319 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/27209 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São PauloNon-arboreal phanerogamic cerrado flora of Assis Ecological Station, state of São PauloConservaçãoDiversidadeFlora do cerradoInventário florísticoA vegetação de cerrado no Estado de São Paulo sobrevive em poucas áreas naturais remanescentes cuja flora, exceto pelas espécies arbóreas, é pouco conhecida. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a flora fanerogâmica não-arbórea das diferentes fisionomias da vegetação (campo úmido, cerrado sensu stricto, cerradão e mata ciliar) na Estação Ecológica de Assis (22°33'65" e 22°36'68" S e 50°22'29" e 50°23'00" W), Estado de São Paulo, Brasil, e compará-la a outras áreas de cerrado no estado, para verificar possíveis endemismos ou a presença de espécies raras, que mereçam providências especiais de manejo para sua conservação. Nas diferentes fisionomias da vegetação no interior da unidade de conservação foram registradas 301 espécies fanerógamas não-arbóreas, pertencentes a 199 gêneros e 61 famílias. As famílias com os maiores números de espécies foram: Fabaceae, Asteraceae, Bignoniaceae e Poaceae. A riqueza de espécies foi decrescente do cerrado sensu stricto (146 espécies ou 48,8%), seguido pelo cerradão (48 espécies ou 15,9%), campo úmido (47 espécies ou 15,6%) e, por último, a mata ciliar (15 espécies ou 5,0%). Comparada às outras áreas analisadas de cerrado no Estado de São Paulo, a diversidade da flora não-arbórea local é elevada. O alto nível de ocorrências únicas para as formas de vida inventariadas (102 espécies ou 34%) tem sido igualmente observado em outros estudos, indicando que ou os endemismos são mais comuns para espécies vegetais não-arbóreas do que para arbóreas ou os métodos de inventário não têm sido adequados para representar toda a riqueza dessas espécies em cada local. Estratégias de conservação e inventários botânicos devem valorizar especialmente a flora não-arbórea, uma vez que as espécies da flora arbórea apresentam-se mais amplamente distribuídas e melhor inventariadas.The cerrado vegetation in São Paulo State is restricted to a few remnants which non-arboreal flora has rarely been studied. The present study aimed at characterizing the non-arboreal phanerogamic flora occurring in distinct "cerrado" vegetation types (wet camp, cerrado sensu stricto, woodland cerrado and riparian forest) at Assis Ecological Station (22°33'65" to 22°36'68" S and 50°22'29" to 50°23'00" W), Assis municipality, São Paulo State, Brazil, and, by comparison with other "cerrado" sites in the state, verifying possible occurrence of endemic or rare species. A floristic survey was carried out and a total of 301 species, 199 genera and 61 families of non-arboreal phanerogamic plants were found. The richest families for the studied life forms in the area were: Fabaceae, Asteraceae, Bignoniaceae and Poaceae. Richness in the physiognomies, in decreasing order, was 146 species in the cerrado sensu stricto (48.8%), 48 species in the woodland cerrado (15.9%), 47 in the wet camp (15.6%), and, at last, the riparian forest, with 15 species (5.0%). Compared to other cerrado areas, the diversity of the local non-arboreal flora is high. There is, also, a high number of species (102 or 34%) exclusive from the studied area. High proportions of non-arboreal species occurring in a single locality have been also observed in other studies, indicating that either endemism can be higher among these life-forms than among arboreal species or inventory methods were not adequate to survey the total richness of the studied areas. Conservation strategies and botanical inventories must especially consider the non-arboreal flora, since arboreal species are both more widespread and proportionally better known.Em processamentoSociedade Botânica de São Paulo2017-12-07T04:49:28Z2017-12-07T04:49:28Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfRev. bras. Bot.,v.31,n.3,p.409-424,2008http://repositorio.unb.br/handle/10482/27209https://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000300005porRossatto, Davi RodrigoToniato, Maria Teresa ZuglianiDurigan, Giseldainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-28T16:21:33Zoai:repositorio.unb.br:10482/27209Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-28T16:21:33Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo Non-arboreal phanerogamic cerrado flora of Assis Ecological Station, state of São Paulo |
title |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
spellingShingle |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo Rossatto, Davi Rodrigo Conservação Diversidade Flora do cerrado Inventário florístico |
title_short |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
title_full |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
title_fullStr |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
title_full_unstemmed |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
title_sort |
Flora fanerogâmica não-arbórea do cerrado na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo |
author |
Rossatto, Davi Rodrigo |
author_facet |
Rossatto, Davi Rodrigo Toniato, Maria Teresa Zugliani Durigan, Giselda |
author_role |
author |
author2 |
Toniato, Maria Teresa Zugliani Durigan, Giselda |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rossatto, Davi Rodrigo Toniato, Maria Teresa Zugliani Durigan, Giselda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Conservação Diversidade Flora do cerrado Inventário florístico |
topic |
Conservação Diversidade Flora do cerrado Inventário florístico |
description |
A vegetação de cerrado no Estado de São Paulo sobrevive em poucas áreas naturais remanescentes cuja flora, exceto pelas espécies arbóreas, é pouco conhecida. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a flora fanerogâmica não-arbórea das diferentes fisionomias da vegetação (campo úmido, cerrado sensu stricto, cerradão e mata ciliar) na Estação Ecológica de Assis (22°33'65" e 22°36'68" S e 50°22'29" e 50°23'00" W), Estado de São Paulo, Brasil, e compará-la a outras áreas de cerrado no estado, para verificar possíveis endemismos ou a presença de espécies raras, que mereçam providências especiais de manejo para sua conservação. Nas diferentes fisionomias da vegetação no interior da unidade de conservação foram registradas 301 espécies fanerógamas não-arbóreas, pertencentes a 199 gêneros e 61 famílias. As famílias com os maiores números de espécies foram: Fabaceae, Asteraceae, Bignoniaceae e Poaceae. A riqueza de espécies foi decrescente do cerrado sensu stricto (146 espécies ou 48,8%), seguido pelo cerradão (48 espécies ou 15,9%), campo úmido (47 espécies ou 15,6%) e, por último, a mata ciliar (15 espécies ou 5,0%). Comparada às outras áreas analisadas de cerrado no Estado de São Paulo, a diversidade da flora não-arbórea local é elevada. O alto nível de ocorrências únicas para as formas de vida inventariadas (102 espécies ou 34%) tem sido igualmente observado em outros estudos, indicando que ou os endemismos são mais comuns para espécies vegetais não-arbóreas do que para arbóreas ou os métodos de inventário não têm sido adequados para representar toda a riqueza dessas espécies em cada local. Estratégias de conservação e inventários botânicos devem valorizar especialmente a flora não-arbórea, uma vez que as espécies da flora arbórea apresentam-se mais amplamente distribuídas e melhor inventariadas. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008 2017-12-07T04:49:28Z 2017-12-07T04:49:28Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Rev. bras. Bot.,v.31,n.3,p.409-424,2008 http://repositorio.unb.br/handle/10482/27209 https://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000300005 |
identifier_str_mv |
Rev. bras. Bot.,v.31,n.3,p.409-424,2008 |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/27209 https://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042008000300005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1814508214785409024 |