Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Waleriano Ferreira de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46335
Resumo: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2022.
id UNB_b94a9f2ef3dfb09cfb3e499f45160e16
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/46335
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, BrasilEpidemiology and management of cryptococcosis in the Federal District, BrazilCriptococoseMeningiteAIDS (Doença)Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2022.Introdução: A criptococose é uma doença infecciosa causada por fungos do gênero Cryptococcus spp. reconhecida como importante ameaça à saúde das pessoas portadoras de deficiência da imunidade celular, com quadros potencialmente fatais de meningite em pacientes com aids sendo nesta população, a terceira doença infecciosa oportunista mais prevalente. A América Latina é a terceira região global com mais casos e mortes por criptococose, com uma letalidade intra-hospitalar variando de 30 a 60%. No Brasil, a criptococose é a principal micose sistêmica e oportunista associada a mortes em pacientes com aids. Esta levedura é adquirida via inalatória, podendo causar infecção em animais e humanos, com capacidade de infectar todos os órgãos do corpo, desde a pele, pulmões e SNC. O acometimento neurológico requer reconhecimento precoce e manejo especializado principalmente diante da hipertensão intracraniana. A terapia antifúngica direcionada ao patógeno é realizada com anfotericina B, flucitosina ou fluconazol habitualmente. Medicações como corticoides, acetazolamida ou manitol não são adequados para o manejo da hipertensão intracraniana e esta deve ser controlada com drenagem de liquor seja por punção lombar ou derivações liquóricas. Métodos: Estudo observacional, analítico, descritivo e retrospectivo do tipo coorte histórica, com objetivo principal de conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes com criptococose do Distrito Federal e os determinantes da letalidade na capital federal de 2014 a 2019. Foram utilizados dados secundários extraídos de prontuários de pacientes com criptococose neste período. Os critérios de inclusão estabeleciam pacientes da rede pública de saúde do Distrito Federal do Brasil com qualquer amostra positiva para fungos do gênero Cryptococcus spp. O rastreio dos pacientes foi realizado através de dados obtidos do Laboratório Central de Brasília ou do laboratório do Hospital da Universidade de Brasília. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Foram avaliados 100 pacientes, com um média de idade de 40,1 ± 17 anos com a maioria dos pacientes entre 19 e 60 anos. O sexo masculino representou 70% dos pacientes e o Cryptococcus neoformans foi a espécie mais prevalente. Já o SNC foi acometido em 89% dos casos e a coinfecção com HIV identificada em 66% dos pacientes do estudo, com marcada imunossupressão como mostra a mediana CD4 de 49 células/mm3 . O diagnóstico de hipertensão intracraniana ocorreu em 41% dos participantes com mediana da pressão de abertura de 33,5 cm H2O, porém a pressão de abertura não foi avaliada em 44% dos pacientes. A letalidade em 2 e 10 semanas foi de 26,9% e 38,7% respectivamente. Conclusão: A criptococose representa um grande desafio para a saúde pública visto os custos no manejo, o acometimento prioritário de pessoas em idade produtiva, lapso de conhecimento dos profissionais quanto ao diagnóstico e tratamento da criptococose e suas complicações.Introduction: Cryptococcosis is an infectious disease caused by fungi of the genus Cryptococcus spp. recognized as an important threat to the health of people with cellular immunity deficiency, with potentially fatal cases of meningitis in aids patients being in this population, the third most opportunistic infectious disease prevalent. Latin America is the third global region with the most cases and deaths from cryptococcosis, with an in-hospital case fatality ranging from 30 to 60%. In Brazil, cryptococcosis is the main systemic and opportunistic mycosis associated with deaths in aids patients. This yeast is acquired via inhalation and can cause infection in animals and humans, with the ability to infect all organs of the body, from the skin, lungs, and CNS. Neurological involvement requires early recognition and specialized management, especially in the face of intracranial hypertension. Antifungal therapy directed at the pathogen is usually performed with amphotericin B, 5- flucytosine, or fluconazole. Medications such as corticosteroids, acetazolamide or mannitol are not suitable for the management of intracranial hypertension, and this must be controlled with CSF drainage either by lumbar puncture or CSF shunts. Methods: Observational, analytical, descriptive, and retrospective study of the historical cohort type, with the main objective of knowing the epidemiological profile of patients with cryptococcosis in the Federal District and the determinants of lethality in the federal capital from 2014 to 2019. Secondary data extracted from medical records were used. of patients with cryptococcosis in this period. The inclusion criteria established patients from the public health system of the Federal District of Brazil with any positive sample for fungi of the genus Cryptococcus spp. Patient screening was performed using data obtained from the Central Laboratory of Brasília or from the laboratory of the University Hospital of Brasília. Sociodemographic and clinical variables were evaluated. Results: 100 patients were evaluated, with a mean age of 40.1 ± 17 years, with most patients between 19 and 60 years. Males represented 70% of patients and Cryptococcus neoformans was the most prevalent species. The CNS was affected in 89% of the cases and co-infection with HIV was identified in 66% of the patients in the study, with marked immunosuppression as shown by the median CD4 of 49 cells/mm3. The diagnosis of intracranial hypertension occurred in 41% of the participants with a median opening pressure of 33.5 cm H2O, however the opening pressure was not evaluated in 44% of the patients. Lethality at 2 and 10 weeks was 26.9% and 38.7%, respectively. Conclusion: Cryptococcosis represents a major challenge for public health, given the costs of management, the priority involvement of people of working age, lack of knowledge of professionals regarding the diagnosis and treatment of cryptococcosis and its complications.Faculdade de Medicina (FMD)Nicola, André MoraesFreitas, Waleriano Ferreira de2023-08-16T20:51:09Z2023-08-16T20:51:09Z2023-08-162022-12-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFREITAS, Waleriano Ferreira de. Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil. 2022. 152 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46335porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-08-16T20:51:10Zoai:repositorio.unb.br:10482/46335Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-08-16T20:51:10Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
Epidemiology and management of cryptococcosis in the Federal District, Brazil
title Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
spellingShingle Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
Freitas, Waleriano Ferreira de
Criptococose
Meningite
AIDS (Doença)
title_short Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
title_full Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
title_fullStr Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
title_full_unstemmed Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
title_sort Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil
author Freitas, Waleriano Ferreira de
author_facet Freitas, Waleriano Ferreira de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Nicola, André Moraes
dc.contributor.author.fl_str_mv Freitas, Waleriano Ferreira de
dc.subject.por.fl_str_mv Criptococose
Meningite
AIDS (Doença)
topic Criptococose
Meningite
AIDS (Doença)
description Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2022.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-12-02
2023-08-16T20:51:09Z
2023-08-16T20:51:09Z
2023-08-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv FREITAS, Waleriano Ferreira de. Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil. 2022. 152 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46335
identifier_str_mv FREITAS, Waleriano Ferreira de. Epidemiologia e manejo da criptococose no Distrito Federal, Brasil. 2022. 152 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
url http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46335
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1814508373033353216