Sialometria : aspectos de interesse clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falcão, Denise Pinheiro
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Mota, Licia Maria Henrique da, Pires, Aline Lauria, Bezerra, Ana Cristina Barreto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/28893
https://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001
Resumo: A saliva total é um complexo de secreções multiglandulares composto de fluido gengival, células epiteliais descamadas, microrganismos, produtos do metabolismo bacteriano, resíduos alimentares, leucócitos, muco da cavidade nasal e da faringe. A saliva possui diversas funções, incluindo reparação tecidual, tamponamento, proteção, digestão, gustação, ação antimicrobiana, manutenção da integridade do dente e sistema de defesa antioxidante. A redução do fluxo salivar (hipossalivação) é um distúrbio comum, e estima-se que cerca de 20% da população geral tenham esta alteração. A hipossalivação pode ser decorrente de diabetes mellitus, hipotireoidismo, desidratação, comprometimento do parênquima glandular por processos infecciosos, doenças granulomatosas ou condições autoimunes e inflamatórias (como a síndrome de Sjögren e a artrite reumatoide), radioterapia da região cefálica e/ou cervical, bem como pode estar associada a distúrbios do humor, efeitos adversos ocasionados pelo uso de algumas medicações ou, ainda, ser de causa idiopática. As terapias convencionais para o tratamento da redução do fluxo salivar, com o uso de sialogogos gustatórios e químicos, ainda apresentam restrições. Contudo, novas alternativas têm mostrado grande perspectiva no tratamento deste problema. Diagnosticar um paciente como hipossalivador crônico é um desafio na prática clínica, e os métodos de avaliação do fluxo salivar são pouco conhecidos pelos reumatologistas. A avaliação seriada do fluxo salivar é importante para o correto diagnóstico e prognóstico de determinadas condições bucais e sistêmicas. Esta revisão aborda alguns aspectos relacionados à função da saliva, às consequências da hipossalivação e aos métodos de medição da taxa de fluxo salivar, conceitos úteis na prática diária do reumatologista.
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A hipossalivação pode ser decorrente de diabetes mellitus, hipotireoidismo, desidratação, comprometimento do parênquima glandular por processos infecciosos, doenças granulomatosas ou condições autoimunes e inflamatórias (como a síndrome de Sjögren e a artrite reumatoide), radioterapia da região cefálica e/ou cervical, bem como pode estar associada a distúrbios do humor, efeitos adversos ocasionados pelo uso de algumas medicações ou, ainda, ser de causa idiopática. As terapias convencionais para o tratamento da redução do fluxo salivar, com o uso de sialogogos gustatórios e químicos, ainda apresentam restrições. Contudo, novas alternativas têm mostrado grande perspectiva no tratamento deste problema. Diagnosticar um paciente como hipossalivador crônico é um desafio na prática clínica, e os métodos de avaliação do fluxo salivar são pouco conhecidos pelos reumatologistas. A avaliação seriada do fluxo salivar é importante para o correto diagnóstico e prognóstico de determinadas condições bucais e sistêmicas. Esta revisão aborda alguns aspectos relacionados à função da saliva, às consequências da hipossalivação e aos métodos de medição da taxa de fluxo salivar, conceitos úteis na prática diária do reumatologista.Whole saliva is a multiglandular secretion complex consisting of gingival fluid, desquamated epithelial cells, microorganisms, products of bacterial metabolism, food debris, leukocytes mucus from the nasal cavity and the pharynx. Saliva has many functions, including tissue repair, tamponage, protection, digestion, taste, antimicrobial action, maintaining tooth integrity and antioxidant defense system. A decrease in salivary flow (hyposalivation) is a common disorder and it is estimated that approximately 20% of the general population have this alteration. Hyposalivation may be due to diabetes mellitus, hypothyroidism, dehydration, impaired glandular parenchyma by infectious processes, granulomatous diseases or autoimmune and inflammatory conditions (such as Sjogren's syndrome and rheumatoid arthritis), radiotherapy of head and/or neck region, or it may be associated with mood disorders, adverse effects caused by the use of some medications or even be idiopathic. Conventional therapies for the treatment of reduced saliva flow with the use of chemical and gustatory secretagogues are still limited. However, new alternatives have shown great perspective in the treatment of this disorder. To diagnose a patient as having chronic hyposalivation is a challenge in clinical practice and methods of salivary flow assessment are little known by rheumatologists. The serial evaluation of salivary flow is important for the diagnosis and prognosis of certain oral and systemic conditions. This review addresses some aspects related to the role of saliva, the consequences of hyposalivation and methods of salivary flow rate measurement, useful concepts in the daily practice of rheumatology.Faculdade de Medicina (FMD)Sociedade Brasileira de Reumatologia2017-12-07T05:03:07Z2017-12-07T05:03:07Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfFALCÃO, Denise Pinheiro et al. Sialometria: aspectos de interesse clínico. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 53, n. 6, p. 525-531, nov./dez. 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000600011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 out. 2019. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________FALCÃO, Denise Pinheiro et al. Sialometry: aspects of clinical interest. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 53, n. 6, p. 525-531, nov./dez. 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000600011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 out. 2019.http://repositorio.unb.br/handle/10482/28893https://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001Revista Brasileira de Reumatologia - (CC BY NC ND) - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042013000600011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt . Acesso em: 03 out. 2019.info:eu-repo/semantics/openAccessFalcão, Denise PinheiroMota, Licia Maria Henrique daPires, Aline LauriaBezerra, Ana Cristina Barretoporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-07-17T21:31:42Zoai:repositorio.unb.br:10482/28893Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-07-17T21:31:42Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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