Colapso na saúde em Manaus : o fardo de não aderir às medidas não farmacológicas de redução da transmissão da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto, Ivana Cristina de Holanda Cunha
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Costa Filho, Raimundo Valter, Ramos, Ronaldo Fernandes, Oliveira, Luciana Gonzaga de, Martins, Natália Regina Alves Vaz, Cavalcante, Fabrício Vieira, Andrade, Luiz Odorico Monteiro de, Santos, Leonor Maria Pacheco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/40128
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.1862
https://orcid.org/0000-0001-8447-3654
https://orcid.org/0000-0002-2456-8819
https://orcid.org/0000-0003-2399-3052
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https://orcid.org/0000-0002-6739-6260
Resumo: O objetivo desse artigo é comparar o comportamento da COVID-19 em Manaus e Fortaleza, dois epicentros da pandemia em 2020, analisando medidas legais dos governos locais e níveis de isolamento social. Definiu-se um algoritmo para calcular o Índice de Permanência Domiciliar (IPD), com dados do Google Mobility Report. Analisou-se a linha do tempo dos Decretos, a evolução do IPD, da incidência de COVID-19 e do número de óbitos de março/2020 a janeiro/2021. A população de Fortaleza esteve exposta a medidas de distanciamento social mais consistentes que as de Manaus. Maior permanência domiciliar foi observada de março a maio de 2020 e Fortaleza atingiu níveis mais elevados e duradouros. A partir de junho o IPD caiu, sobretudo em Manaus, atingindo níveis abaixo de zero no final de dezembro. Como agravante, o governo decreta amplo isolamento em Manaus em 23/12/2020, mas após protestos, revoga-o em 26/12/2020. Uma Decisão Judicial determina o fechamento completo em Manaus em 02/01/2021, mas foi tarde demais: o SUS entra em colapso com aumento exponencial dos óbitos. Em Fortaleza a demanda aos serviços de saúde está elevada, mas sob controle. Considera-se que somente a aplicação rigorosa de medidas não farmacológicas e imunização em massa poderão evitar mais mortes.
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