Colonização de campo sujo de Cerrado por Echinolaena inflexa (Poaceae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/45613 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 1997. |
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Colonização de campo sujo de Cerrado por Echinolaena inflexa (Poaceae)CerradosMonocotiledôneaDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 1997.Uma das espécies de gramíneas de maior importância no Cerrado, Echinolaena inflexa, pode ser encontrada tanto em ambientes protegidos como em áreas queimadas. Dados da literatura e observações de campo sugerem que esta espécie apresenta estratégias distintas quando em ambientes constrastantes. Em áreas protegidas de queimada seria uma estrategista "K" e em áreas queimadas uma estrategista "r". O objetivo deste estudo foi comparar a mudança na arquitetura, alocação de recursos, investimento em reprodução sexuada e recolonização de áreas queimadas por E. inflexa entre uma área de campo sujo de Cerrado protegida de fogo há 21 anos e outra queimada após 21 anos de proteção. O estudo foi realizado nas parcelas experimentais do "Projeto Fogo" localizado na Reserva Biológica do IBGE, em Brasília DF, durante a estação chuvosa de 1996. De janeiro a maio de 1996 ao longo de transectos aleatórios de 25 metros, foram coletadas quinzenalmente 25 plantas em cada área. De cada planta foi contado o número de inflorescências, espiguetas, ramificações e determinada a biomassa vegetativa e reprodutiva. A biomassa investida em frutos (cariopses) foi medida a partir de inflorescências coletadas em ambas as áreas. Para acompanhar a colonização, foram estabelecidos aleatoriamente 104 parcelas de 20 x 20 cm na área protegida e 42 parcelas na queimada. Nestes blocos foram monitorados o surgimento de novos indivíduos de janeiro a maio de 1996. Outros 150 blocos aleatórios foram estabelecidos em janeiro e abril em cada área para o monitoramento da estratégia de colonização (recrutamento via semente ou rizoma). A arquitetura de E. inflexa foi mais ramificada na área protegida. O número médio de espiguetas por inflorescência foi significativamente maior na área queimada (12) que na protegida (8). O investimento em cariopse também foi maior na área queimada que na protegida (média de 0,020 e 0,015 g respectivamente) (P < 0,001). No entanto não foi encontrada diferença significativa no esforço reprodutivo entre as áreas. A biomassa vegetativa na área queimada foi inferior à da protegida, mas esta diferença não foi significativa. A produção média global (soma de todas as coletas) da área protegida foi maior que da queimada. A recolonização na área queimada ocorreu principalmente até o mês de janeiro enquanto na área protegida observamos duas coortes (fevereiro e abril). O recrutamento por sementes foi significativamente maior na área queimada (160 plântulas) que na protegida (71 plântulas). Porém, o recrutamento por reprodução vegetativa foi maior nas duas áreas (430 e 361 plântulas respectivamente). A ramificação média dos rizomas foi significativamente maior na área queimada. Os resultados mostraram uma clara diferença entre plantas quando em ambientes distintos. Na área queimada ela investiu preferencialmente em reprodução tanto sexuada como assexuada e sugerimos que E. inflexa comporta-se como uma estrategista "r" na área queimada quando comparada à área protegida onde comporta-se como uma estrategista "K".Echinolaena inflexa is one of the most abundant grass species of Cerrado vegetation, both in burned and protected areas. Some field observations and literature data have suggested that this species has different strategies when growing in contrasting environments: it would invest more resources in sexual reproduction in burned areas and more in vegetative growth in protected areas. The objective of this study was to compare the architecture, biomass allocation, sexual reproduction and establishment by either seedlings or vegetative growth (recolonization) of E. inflexa in a "campo sujo" area protected from fire for 21 years and a burned "campo sujo". This study was done in the "Projeto Fogo'' plots located in the Reserva Ecológica do Roncador ofIBGE, in Brasilia, Brazil, during the rainy season of 1996. Twenty five plants of E. inflexa were collected every 15 days in both areas, along random transects between January and May. For each plant it was measured the number of inflorescence and spikelets, shoot ramification and vegetative aboveground and reproductive biomass. Dry weight of caryopsis (fruits) were obtained from inflorescence collected randomly in both areas. Recolonization was followed in 104 permanent quadrants of 20 x 20 cm in the protected area and 42 in the burned area, from January through May. The strategy of recolonization (either by seeds or vegetative growth from rhizomes) was monitored in 600 quadrats of the same size, randomly established in both areas, in January and April. Shoot branching was higher in the protected area. The average number of spikelets per inflorescence was significantly higher (P< 0.05) in the burned area (11.5) than in the protected one (8.2). Caryopsis were also heavier in the burns than in the protected area (0.020 and 0.015g, respectively, P< 0.001); however no difference was found in reproductive effort between areas. Vegetative aboveground biomass of the burned area was lower than the protected one but differences were not significant. However, total biomass production (sum of all measurements) was significantly higher in the protected area. Recolonization of the burned area occurred mainly in January while in the protected area two cohorts were observed, in February and April. Recruitment by vegetative growth was higher than by seeds in both areas; recruitment from seeds was higher in the burned area, where 160 seedlings were counted in the quadrats, against 71 of the protected area quadrats. The analysis of frequency (contingency tables) has shown that recruitment from seeds was not independent of fire treatment. Rhizomes in the burned area were significantly more branched. Plants have shown differences between these contrasting environments, particularly the higher investment of biomass into sexual reproduction and seedling recruitment in the burned area. We suggest that E. inflexa is a "r" strategist in the burned "campo sujo" and a "K" strategist in the protected "campo sujo".Instituto de Ciências Biológicas (IB)Programa de Pós-Graduação em EcologiaKlink, Carlos AugustoMiranda, Maria Inês2023-01-23T03:23:28Z2023-01-23T03:23:28Z2023-01-231997-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMIRANDA, Maria Inês. Colonização de campo sujo de Cerrado por Echinolaena inflexa (Poaceae).1997. 58 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 1997.https://repositorio.unb.br/handle/10482/45613info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-08T18:37:07Zoai:repositorio.unb.br:10482/45613Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-08T18:37:07Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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