“Viver em comunidade”: O processo de territorialização dos Ashaninka do rio Amônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimenta, José Antonio Vieira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/44575
Resumo: Este artigo discute o processo de territorialização ocorrido a partir da década de 1980 entre os Ashaninka do rio Amónia. Ele mostra como o órgão indigenista desempenhou um papel importante na reorganização social dos índios, que mudaram seu padrão de assentamento e seus modos de representação política. A vida em comunidade, sob a liderança de um chefe, não pode ser entendida como uma mera imposição da Funai. O processo de territorialização apresenta-se como uma dialética complexa entre estrutura e história. Embora imposto por circunstâncias exógenas, ele foi reapropriado pelos índios em seus próprios termos, revelando a dinâmica e a criatividade da própria sociedade ashaninka que incorporou esses novos modelos, reinterpretando sua estrutura social tradicional. Ao se organizarem em comunidade, os Ashaninka também devem enfrentar novos desafios oriundos do mundo dos brancos.
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spelling Pimenta, José Antonio Vieira2022-08-18T15:41:50Z2022-08-18T15:41:50Z2018-02-21PIMENTA, José. “Viver em comunidade”: O processo de territorialização dos Ashaninka do rio Amônia. Anuário Antropológico, [S. l.], v. 32, n. 1, p. 117-150, 2007. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6948. Acesso em: 18 jan. 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/44575Este artigo discute o processo de territorialização ocorrido a partir da década de 1980 entre os Ashaninka do rio Amónia. Ele mostra como o órgão indigenista desempenhou um papel importante na reorganização social dos índios, que mudaram seu padrão de assentamento e seus modos de representação política. A vida em comunidade, sob a liderança de um chefe, não pode ser entendida como uma mera imposição da Funai. O processo de territorialização apresenta-se como uma dialética complexa entre estrutura e história. Embora imposto por circunstâncias exógenas, ele foi reapropriado pelos índios em seus próprios termos, revelando a dinâmica e a criatividade da própria sociedade ashaninka que incorporou esses novos modelos, reinterpretando sua estrutura social tradicional. Ao se organizarem em comunidade, os Ashaninka também devem enfrentar novos desafios oriundos do mundo dos brancos.This is a discussion of the process of territorialization of the Ashaninka Indians of the Amónia River in Brazil. Begun in the 1990s, it had the Indian agency (Funai) play an important role in reorganizing the Indians’ society and space. They changed their settlement pattern and forms of political representation by regrouping themselves in a community. “Community” life under the leadership of a headman, however, cannot be seen merely as the result of a mere Funai imposition. Rather this territorializing process is the outcome of a complex dialectical relationship between structure and history. Although enforced by external factors, the notion of community was appropriated by the Indians in their own terms, thus revealing the dynamics and creativity of Ashaninka society as it incorporated new models and reinterpreted the traditional social structure. Now organized around the community, the Ashaninka go on facing up to new challenges coming from the outside world.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)Copyright (c) 2007 Anuário Antropológico (CC BY NC ND) Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. Fonte: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6948. Acesso em: 18 jan. 2022.info:eu-repo/semantics/openAccess“Viver em comunidade”: O processo de territorialização dos Ashaninka do rio Amôniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleAshaninkaOrganização socialPolíticaComunidadeRelações interétnicasporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_ViverComunidadeProcesso.pdfARTIGO_ViverComunidadeProcesso.pdfapplication/pdf769077http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/44575/3/ARTIGO_ViverComunidadeProcesso.pdfd4dbbe84f3b1d1e3413d1923cad9250bMD53open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain102http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/44575/2/license.txtaed4704d04bb260d4decd80db311aaa5MD52open access10482/445752023-05-24 20:55:26.992open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/44575U3VibWlzc8OjbyBlZmV0aXZhZGEgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBsaWNlbsOnYSBjb25jZWRpZGEgcGVsbyBhdXRvciBlL291IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcy4KBiblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-05-24T23:55:26Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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