Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/9630 |
Resumo: | No afloramento Fóssil Forest da localidade de Lulworth Cove, no sul da Inglaterra, a Formação Purbeck (Jurássico) engloba uma cunha (espessura ~ lOm) de rochas divididas em quatro andares verticalmente justapostos, os quais diferem quanto a estilos / intensidade de deformação (L2-L5) e ocorrem encaixados entre dois andares de rochas não deformadas (LI e L6). O andar L2 consiste, na base, de margas carbonáticas que exibem zonas de 1-2 cm de espessura nas quais a rocha é foliada e que se dispõem de modo a formar um padrão anastomosado ou em almofadas e, no topo, de camadas de evaporitos exibindo dezenas de estruturas na forma de cogumelos (ou diápiros) que têm geometria normalmente circular ( ~ lm de diâmetro) em seções paralelas ao acamamento, e que normalmente exibem uma zona tubular central com cerca de 0.5 m de altura, formando uma chaminé ou cauda perpendicular às camadas; tais estruturas são comumente circundadas por dobras sinclinais asimétricas e apertadas, na zona interna das quais o evaporito, folhelho e chert são trapeados e deformados. O andar L3 consiste de evaporitos e folhelhos afetados por estruturas compressionais e extensionais de escala sub-métrica; o andar L4 consiste de fragmentos de camadas de evaporito misturados caoticamente em matriz de folhelhos, ou seja, típica melange tectônica; e o andar L5 apresenta camadas brechadas de evaporito e calcáreo, com intercalações de folhehos e argilitos, todas afetadas por estruturas compressionais e extensionais de escala = l 0 metros. O andar L5 resulta do deslocamento, para oeste, das camadas superiores da cunha ao longo e acima de um descolamento extensional estabe- lecido na interface dos andares L3 e L4, e abaixo de um outro descolamento estabelecido ao longo de camada de folhelho no contato com o andar L6. Os cogumelos do andar L2 claramente deformam o descolamento L3 / L4 e são, portanto, estruturas tectônicas, aqui interpretadas como devidas a processo de convecção termal que teve lugar logo após o deslocamento inicial das rochas acima da interface L3/L4. Em consequência do processo convectivo, as camadas foram sugadas para baixo e para trás, em direção a um ponto imaginário no centro dos diápiros - uma espécie de sucção centrípeta responsável pela formação simultânea de estruturas contracionais e extensionais. Simultaneamente, formaram-se as almofadas da base do andar L2 por percolação de fluidos através das margas. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT |
id |
UNB_d051f34c2daefad1cf1c034b46429a2f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/9630 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layersRochas - InglaterraDiapirismoNo afloramento Fóssil Forest da localidade de Lulworth Cove, no sul da Inglaterra, a Formação Purbeck (Jurássico) engloba uma cunha (espessura ~ lOm) de rochas divididas em quatro andares verticalmente justapostos, os quais diferem quanto a estilos / intensidade de deformação (L2-L5) e ocorrem encaixados entre dois andares de rochas não deformadas (LI e L6). O andar L2 consiste, na base, de margas carbonáticas que exibem zonas de 1-2 cm de espessura nas quais a rocha é foliada e que se dispõem de modo a formar um padrão anastomosado ou em almofadas e, no topo, de camadas de evaporitos exibindo dezenas de estruturas na forma de cogumelos (ou diápiros) que têm geometria normalmente circular ( ~ lm de diâmetro) em seções paralelas ao acamamento, e que normalmente exibem uma zona tubular central com cerca de 0.5 m de altura, formando uma chaminé ou cauda perpendicular às camadas; tais estruturas são comumente circundadas por dobras sinclinais asimétricas e apertadas, na zona interna das quais o evaporito, folhelho e chert são trapeados e deformados. O andar L3 consiste de evaporitos e folhelhos afetados por estruturas compressionais e extensionais de escala sub-métrica; o andar L4 consiste de fragmentos de camadas de evaporito misturados caoticamente em matriz de folhelhos, ou seja, típica melange tectônica; e o andar L5 apresenta camadas brechadas de evaporito e calcáreo, com intercalações de folhehos e argilitos, todas afetadas por estruturas compressionais e extensionais de escala = l 0 metros. O andar L5 resulta do deslocamento, para oeste, das camadas superiores da cunha ao longo e acima de um descolamento extensional estabe- lecido na interface dos andares L3 e L4, e abaixo de um outro descolamento estabelecido ao longo de camada de folhelho no contato com o andar L6. Os cogumelos do andar L2 claramente deformam o descolamento L3 / L4 e são, portanto, estruturas tectônicas, aqui interpretadas como devidas a processo de convecção termal que teve lugar logo após o deslocamento inicial das rochas acima da interface L3/L4. Em consequência do processo convectivo, as camadas foram sugadas para baixo e para trás, em direção a um ponto imaginário no centro dos diápiros - uma espécie de sucção centrípeta responsável pela formação simultânea de estruturas contracionais e extensionais. Simultaneamente, formaram-se as almofadas da base do andar L2 por percolação de fluidos através das margas. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe Jurassic Purbeck Beds of the Fossil Forest cliff, Lulworth Cove (southern England) encloses a ~ 10 m-thick wedge in which four juxtaposed levels (L2-L5) of differential strain have been characterized, between two levels of non deformed rocks (LI and L6). Within the zone of strain, level L2 comprises basal calcareous marls displaying 1 cm-thick zones of bed-parallel foliation developed in an anastomosed pathway to form pillow-like features, and upper layers of evaporite where tens of mushrooms or diapirs are observed. They commonly display a ~ 1 m-sized circular geometry on bed-parallel sections, a ~ 0.5 m high central zone forming a generally bed-perpendicular tail, and are surrounded by rim synclines where the evaporite layers are entrapped together with chert and shale; level 3 consists of evaporite and shales displaying cm- to dm-scale extension and contraction structures; level L4 comprises remnants of evaporite layers embedded in a shale matrix - a tectonic melange; and level L5 comprises blocks of evaporite and limestone involved in a shale / argillite matrix, a limestone breccia (the so-called Broken Beds) inside which some layers are still preserved and exhibit 1-10 m-scale contraction and extension structures. Level L5 results from the westwards displacement of a wedge above an extensional detachment (the interface L3 / L4) and below another detachment established on a layer of shale at the contact with level L6. The mushrooms clearly deform the L3 / L4 detachment and are interpreted as thermal convection structures formed by a progressive down-sucking of the layers back in the direction of an imaginary point at the center of the diapirs - a centripetal suction leading to contraction and coeval extension, soon after initial displacement of the wedge. The pillow-like features result from percolation of fluids across the marls simultaneously with the evolution of the mushrooms.2011-11-30T11:47:21Z2011-11-30T11:47:21Z2001-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfSILVA, Luiz José Homem D´El-Rey. Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II: diapirism in evaporite layers. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 75-82, mar. 2001. Disponível em: <http://sbgeo.org.br/pub_sbg/rbg/vol31_down/3101/3101075.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2011.http://repositorio.unb.br/handle/10482/9630Silva, Luiz José Homem D´El-Reyinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-05-27T00:23:03Zoai:repositorio.unb.br:10482/9630Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-05-27T00:23:03Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
title |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
spellingShingle |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers Silva, Luiz José Homem D´El-Rey Rochas - Inglaterra Diapirismo |
title_short |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
title_full |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
title_fullStr |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
title_full_unstemmed |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
title_sort |
Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II : diapirism in evaporite layers |
author |
Silva, Luiz José Homem D´El-Rey |
author_facet |
Silva, Luiz José Homem D´El-Rey |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Luiz José Homem D´El-Rey |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Rochas - Inglaterra Diapirismo |
topic |
Rochas - Inglaterra Diapirismo |
description |
No afloramento Fóssil Forest da localidade de Lulworth Cove, no sul da Inglaterra, a Formação Purbeck (Jurássico) engloba uma cunha (espessura ~ lOm) de rochas divididas em quatro andares verticalmente justapostos, os quais diferem quanto a estilos / intensidade de deformação (L2-L5) e ocorrem encaixados entre dois andares de rochas não deformadas (LI e L6). O andar L2 consiste, na base, de margas carbonáticas que exibem zonas de 1-2 cm de espessura nas quais a rocha é foliada e que se dispõem de modo a formar um padrão anastomosado ou em almofadas e, no topo, de camadas de evaporitos exibindo dezenas de estruturas na forma de cogumelos (ou diápiros) que têm geometria normalmente circular ( ~ lm de diâmetro) em seções paralelas ao acamamento, e que normalmente exibem uma zona tubular central com cerca de 0.5 m de altura, formando uma chaminé ou cauda perpendicular às camadas; tais estruturas são comumente circundadas por dobras sinclinais asimétricas e apertadas, na zona interna das quais o evaporito, folhelho e chert são trapeados e deformados. O andar L3 consiste de evaporitos e folhelhos afetados por estruturas compressionais e extensionais de escala sub-métrica; o andar L4 consiste de fragmentos de camadas de evaporito misturados caoticamente em matriz de folhelhos, ou seja, típica melange tectônica; e o andar L5 apresenta camadas brechadas de evaporito e calcáreo, com intercalações de folhehos e argilitos, todas afetadas por estruturas compressionais e extensionais de escala = l 0 metros. O andar L5 resulta do deslocamento, para oeste, das camadas superiores da cunha ao longo e acima de um descolamento extensional estabe- lecido na interface dos andares L3 e L4, e abaixo de um outro descolamento estabelecido ao longo de camada de folhelho no contato com o andar L6. Os cogumelos do andar L2 claramente deformam o descolamento L3 / L4 e são, portanto, estruturas tectônicas, aqui interpretadas como devidas a processo de convecção termal que teve lugar logo após o deslocamento inicial das rochas acima da interface L3/L4. Em consequência do processo convectivo, as camadas foram sugadas para baixo e para trás, em direção a um ponto imaginário no centro dos diápiros - uma espécie de sucção centrípeta responsável pela formação simultânea de estruturas contracionais e extensionais. Simultaneamente, formaram-se as almofadas da base do andar L2 por percolação de fluidos através das margas. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-03 2011-11-30T11:47:21Z 2011-11-30T11:47:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
SILVA, Luiz José Homem D´El-Rey. Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II: diapirism in evaporite layers. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 75-82, mar. 2001. Disponível em: <http://sbgeo.org.br/pub_sbg/rbg/vol31_down/3101/3101075.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2011. http://repositorio.unb.br/handle/10482/9630 |
identifier_str_mv |
SILVA, Luiz José Homem D´El-Rey. Structures in jurassic rocks of the Wessex Basin, Southern England - II: diapirism in evaporite layers. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 75-82, mar. 2001. Disponível em: <http://sbgeo.org.br/pub_sbg/rbg/vol31_down/3101/3101075.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2011. |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/9630 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1814508211407945728 |