Uso dos serviços públicos de saúde para DST/ HIV/aids por comunidades remanescentes de quilombos no Brasil
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Data de Publicação: | 2010 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/21929 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000600011 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A epidemia de aids atinge com maior intensidade os grupos mais vulneráveis. As tendências de interiorização, pauperização e feminização demonstram que a população negra se encontra em desvantagem social no que se refere à construção de respostas de enfrentamento. OBJETIVO: Descrever as condições de acesso da população negra ao diagnóstico e à assistência para DST, HIV/aids. MÉTODOS: Estudo transversal com 218 sujeitos maiores de 18 anos com vida sexual ativa em 11 comunidades quilombolas. RESULTADOS: 75% utilizam os serviços públicos na atenção básica. Antecedentes de sinais e sintomas de DST foram relatados por 10% dos entrevistados e a maioria procurou o serviço público de saúde. A testagem para HIV foi realizada por 22%. O serviço público não especializado foi utilizado por 73%. As mulheres que referiram sinais e sintomas de DST procuraram o serviço público e realizaram o teste para HIV com maior frequência que os homens. Houve uma maior percepção de dificuldades de atendimento, busca de assistência no serviço privado e testagem mais frequente entre os mais jovens. Pessoas negras perceberam maior dificuldade no atendimento, maior relato de sinais e sintomas de DST e maior frequência de automedicação quando comparadas às não negras. Contudo, a avaliação do serviço foi considerada ótima/boa por 45%. Entre pessoas não negras houve maior procura pelo serviço público. CONCLUSÃO: O estudo reafirma a necessidade de políticas públicas voltadas aos segmentos mais vulneráveis. É importante ressaltar a necessidade da capacitação das equipes do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) pela sua relevância na assistência dessas comunidades. |
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Uso dos serviços públicos de saúde para DST/ HIV/aids por comunidades remanescentes de quilombos no BrasilUse of STD/HIV/Aids-oriented public health care services by quilombo communities in BrazilDoenças sexualmente transmissíveisAIDS (Doença)NegrosINTRODUÇÃO: A epidemia de aids atinge com maior intensidade os grupos mais vulneráveis. As tendências de interiorização, pauperização e feminização demonstram que a população negra se encontra em desvantagem social no que se refere à construção de respostas de enfrentamento. OBJETIVO: Descrever as condições de acesso da população negra ao diagnóstico e à assistência para DST, HIV/aids. MÉTODOS: Estudo transversal com 218 sujeitos maiores de 18 anos com vida sexual ativa em 11 comunidades quilombolas. RESULTADOS: 75% utilizam os serviços públicos na atenção básica. Antecedentes de sinais e sintomas de DST foram relatados por 10% dos entrevistados e a maioria procurou o serviço público de saúde. A testagem para HIV foi realizada por 22%. O serviço público não especializado foi utilizado por 73%. As mulheres que referiram sinais e sintomas de DST procuraram o serviço público e realizaram o teste para HIV com maior frequência que os homens. Houve uma maior percepção de dificuldades de atendimento, busca de assistência no serviço privado e testagem mais frequente entre os mais jovens. Pessoas negras perceberam maior dificuldade no atendimento, maior relato de sinais e sintomas de DST e maior frequência de automedicação quando comparadas às não negras. Contudo, a avaliação do serviço foi considerada ótima/boa por 45%. Entre pessoas não negras houve maior procura pelo serviço público. CONCLUSÃO: O estudo reafirma a necessidade de políticas públicas voltadas aos segmentos mais vulneráveis. É importante ressaltar a necessidade da capacitação das equipes do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) pela sua relevância na assistência dessas comunidades.INTRODUCTION: The AIDS epidemic affects vulnerable groups with more intensity. Tendencies show that countryside territories, poor populations and female patients are vulnerable; thus, the black population find themselves in social disadvantage regarding the construction of coping responses. OBJECTIVES: To describe the black population's conditions of access to HIV/AIDS and STD diagnosis and assistance, and the use of healthcare services in such context. METHODS: Cross-sectional epidemiological study with a sample of 218 sexually active adults, living in 11 different quilombos (hiding places of runaway slaves) in Brazil. RESULTS: 75% said they use public primary care services. Previous symptoms of STD were reported by 10% of the interviewees, and most of them said they contacted the public healthcare service (70%). HIV testing was performed by 22% of the subjects. The public non-specialized healthcare service was used by 73% of the interviewees. Among the participants who reported previous symptons of STD, women went to the public healthcare service and performed the HIV testing with higher frequency than men. Young people had greater perception of assistance difficulties, and they also searched more for assistance in the private healthcare services and performed testing more frequently. Black people perceived greater difficulty in receiving assistance, reported previous symptoms of STD with higher frequency, and resorted to self-medication more often when compared to non-black individuals. However, service ratings were considered good/great by 45% of the participants. Non-black people claimed to seek for public services more frequently than the other subjects. CONCLUSION: The study highlights the necessity of public policies targeted at the most vulnerable segments of population. It is important to mention the need to train the medical teams of Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS - Health Community Agents Program) and Programa Saúde da Família (PSF - Family Health Program), due to their relevance in the assistance provided for these communities.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Departamento de Saúde Coletiva (FS DSC)Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública2016-12-13T14:00:53Z2016-12-13T14:00:53Z2010-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfSILVA, Maria Josenilda Gonçalves da; LIMA, Francisca Sueli da Silva; HAMANN, Edgar Merchan. Uso dos serviços públicos de saúde para DST/HIV/aids por comunidades remanescentes de Quilombos no Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 19, supl. 2, p. 109-120, dez. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902010000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 set. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000600011.http://repositorio.unb.br/handle/10482/21929http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000600011Saúde e Sociedade - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 3.0 Unported (CC BY-NC 3.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902010000600011&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 06 set. 2016.info:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Maria Josenilda Gonçalves daLima, Francisca Sueli da SilvaMerchán-Hamann, Edgarporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-09-14T20:34:49Zoai:repositorio.unb.br:10482/21929Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-09-14T20:34:49Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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