Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/29989 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006 |
Resumo: | Contexto: o toque retal é exame clínico rotineiro na avaliação coloproctológica, especialmente em pacientes com incontinência fecal. Entretanto, sua acurácia é variável na predição de defeito esfincteriano ou de alterações nas pressões anais. Objetivo: avaliar a sensibilidade, especificidade, valores preditivo positivo e negativo da avaliação do tônus esfincteriano ao toque retal, em diferenciar defeitos leves de defeitos graves em mulheres com incontinência fecal e correlacionar tônus com pressões anais. Métodos: mulheres portadoras de incontinência fecal e estratificadas de acordo com o grau de defeito ao ultrassom endoanal tridimensional (USEA 3D) foram avaliadas com toque retal e manometria anorretal. O tônus esfincteriano ao toque retal foi comparado com o grau de defeito e com as pressões anais no repouso e na contração. Resultados: das 76 mulheres com sintomas de incontinência fecal, 68 tinham defeito esfincteriano ao USEA 3D. Quarenta pacientes com defeitos graves. Escore de Wexner mediano de 9. O tônus esfincteriano ao toque retal foi considerado alterado em 62 casos. Um toque retal alterado teve alta sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos esfincterianos leves de extensos. Das oito pacientes sem defeito muscular, cinco tinham tônus ao toque retal alterado sendo todas no tônus na contração. O toque retal na contração teve moderada sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos leves de esfíncter externo do ânus de defeitos extensos. A sensibilidade do toque retal na contração foi melhor quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus (P=0,001). Mulheres com tônus de repouso alterado tinham menores pressões de repouso que aquelas com tônus normal (P=0,0001). Mulheres com tônus de contração alterado tinham menor incremento pressórico que aquelas com tônus normal (P=0,017). Conclusão: o toque retal possui boa sensibilidade e baixa especificidade em diferenciar defeitos leves de extensos da musculatura esfincteriana e moderada sensibilidade em diferenciar defeitos de esfíncter externo do ânus, com melhora da sensibilidade quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus. Houve correlação entre tônus e pressões anais no repouso e na contração. |
id |
UNB_e0b75cd54b26d4f00e54acbe2184c6fc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/29989 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects?O toque retal é confiável em graduar defeito dos esfíncteres anais?Exame retal digitalIncontinência fecalUltrassonografiaManometriaCanal analContexto: o toque retal é exame clínico rotineiro na avaliação coloproctológica, especialmente em pacientes com incontinência fecal. Entretanto, sua acurácia é variável na predição de defeito esfincteriano ou de alterações nas pressões anais. Objetivo: avaliar a sensibilidade, especificidade, valores preditivo positivo e negativo da avaliação do tônus esfincteriano ao toque retal, em diferenciar defeitos leves de defeitos graves em mulheres com incontinência fecal e correlacionar tônus com pressões anais. Métodos: mulheres portadoras de incontinência fecal e estratificadas de acordo com o grau de defeito ao ultrassom endoanal tridimensional (USEA 3D) foram avaliadas com toque retal e manometria anorretal. O tônus esfincteriano ao toque retal foi comparado com o grau de defeito e com as pressões anais no repouso e na contração. Resultados: das 76 mulheres com sintomas de incontinência fecal, 68 tinham defeito esfincteriano ao USEA 3D. Quarenta pacientes com defeitos graves. Escore de Wexner mediano de 9. O tônus esfincteriano ao toque retal foi considerado alterado em 62 casos. Um toque retal alterado teve alta sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos esfincterianos leves de extensos. Das oito pacientes sem defeito muscular, cinco tinham tônus ao toque retal alterado sendo todas no tônus na contração. O toque retal na contração teve moderada sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos leves de esfíncter externo do ânus de defeitos extensos. A sensibilidade do toque retal na contração foi melhor quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus (P=0,001). Mulheres com tônus de repouso alterado tinham menores pressões de repouso que aquelas com tônus normal (P=0,0001). Mulheres com tônus de contração alterado tinham menor incremento pressórico que aquelas com tônus normal (P=0,017). Conclusão: o toque retal possui boa sensibilidade e baixa especificidade em diferenciar defeitos leves de extensos da musculatura esfincteriana e moderada sensibilidade em diferenciar defeitos de esfíncter externo do ânus, com melhora da sensibilidade quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus. Houve correlação entre tônus e pressões anais no repouso e na contração.Background: anal sphincter tone is routinely assessed by digital rectal examination in patients with fecal incontinence, although its accuracy in detecting sphincter defects or separating competent from incompetent muscles has not been established. Objective: in this setting, we aimed to evaluate the accuracy of digital rectal examination in grading anal defects in order to separate small from extensive cases as depicted on 3D endoanal ultrasound, using a scoring sphincter defect and correlate anal tone to anal pressures. Methods: women with fecal incontinence were divided into two groups: small or extensive defects according to the ultrasound scoring system. Sensitivity, specificity, positive and negative predictive values of digital rectal examination in grading global and external sphincter defects were calculated. Anal tone at digital rectal examination was compared to resting and incremental pressures. Results: a cohort of 76 consecutive incontinent women were enrolled. The median Wexner score was 9. Sixty-eight showed sphincter defects on 3D endoanal ultrasound. Anal tone at digital rectal examination was considered abnormal in 62 cases. Abnormal digital rectal examination showed a sensitivity of 90%, specificity of 27.78% in distinguishing small from extensive defects of both sphincters. Five out of eight women with no sphincter defects had only abnormal squeeze tone at digital rectal examination. Abnormal squeeze tone at digital rectal examination had a sensitivity of 65.31% in distinguishing small from extensive external anal sphincter defects. Digital rectal examination sensitivity increased linearly from small to extensive external anal sphincter defects (P=0.001). Women with abnormal resting tone had lower resting pressures than women with normal tone at digital rectal examination (P=0.0001). Women with abnormal squeeze tone had lower incremental pressures than women with normal tone at digital rectal examination (P=0.017). Conclusion: digital rectal examination had good sensitivity and poor specificity in discerning small from severe global anal sphincter defects. Moreover, digital rectal examination had fair sensitivity and poor specificity in grading external anal sphincter defects, and its best accuracy was on complete external anal sphincter lesions. Anal resting and squeeze tone were correlated to anal pressures.Faculdade de Medicina (FMD)Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE; Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva - CBCD; Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia - SBMDN; Federação Brasileira de Gastroenterologia - FBG; Sociedade Brasileira de Hepatologia - SBH; Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - SOBED2017-12-07T05:14:54Z2017-12-07T05:14:54Z2016-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfCOURA, Marcelo de Melo Andrade et al. Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? Arquivos de Gastroenterologia, São Paulo, v. 53, n. 4, p. 240-245, out./dez. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032016000400240&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 mar. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006.http://repositorio.unb.br/handle/10482/29989http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006Arquivos de Gastroenterologia - This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (CC BY NC 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032016000400240&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 16 mar. 2018.info:eu-repo/semantics/openAccessCoura, Marcelo de Melo AndradeSilva, Silvana Marques eAlmeida, Romulo Medeiros deCastedo, Miles Perseus Bozell ForrestSousa, João Batistaengreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-08-25T03:27:45Zoai:repositorio.unb.br:10482/29989Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-08-25T03:27:45Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? O toque retal é confiável em graduar defeito dos esfíncteres anais? |
title |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
spellingShingle |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? Coura, Marcelo de Melo Andrade Exame retal digital Incontinência fecal Ultrassonografia Manometria Canal anal |
title_short |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
title_full |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
title_fullStr |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
title_full_unstemmed |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
title_sort |
Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? |
author |
Coura, Marcelo de Melo Andrade |
author_facet |
Coura, Marcelo de Melo Andrade Silva, Silvana Marques e Almeida, Romulo Medeiros de Castedo, Miles Perseus Bozell Forrest Sousa, João Batista |
author_role |
author |
author2 |
Silva, Silvana Marques e Almeida, Romulo Medeiros de Castedo, Miles Perseus Bozell Forrest Sousa, João Batista |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Coura, Marcelo de Melo Andrade Silva, Silvana Marques e Almeida, Romulo Medeiros de Castedo, Miles Perseus Bozell Forrest Sousa, João Batista |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Exame retal digital Incontinência fecal Ultrassonografia Manometria Canal anal |
topic |
Exame retal digital Incontinência fecal Ultrassonografia Manometria Canal anal |
description |
Contexto: o toque retal é exame clínico rotineiro na avaliação coloproctológica, especialmente em pacientes com incontinência fecal. Entretanto, sua acurácia é variável na predição de defeito esfincteriano ou de alterações nas pressões anais. Objetivo: avaliar a sensibilidade, especificidade, valores preditivo positivo e negativo da avaliação do tônus esfincteriano ao toque retal, em diferenciar defeitos leves de defeitos graves em mulheres com incontinência fecal e correlacionar tônus com pressões anais. Métodos: mulheres portadoras de incontinência fecal e estratificadas de acordo com o grau de defeito ao ultrassom endoanal tridimensional (USEA 3D) foram avaliadas com toque retal e manometria anorretal. O tônus esfincteriano ao toque retal foi comparado com o grau de defeito e com as pressões anais no repouso e na contração. Resultados: das 76 mulheres com sintomas de incontinência fecal, 68 tinham defeito esfincteriano ao USEA 3D. Quarenta pacientes com defeitos graves. Escore de Wexner mediano de 9. O tônus esfincteriano ao toque retal foi considerado alterado em 62 casos. Um toque retal alterado teve alta sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos esfincterianos leves de extensos. Das oito pacientes sem defeito muscular, cinco tinham tônus ao toque retal alterado sendo todas no tônus na contração. O toque retal na contração teve moderada sensibilidade e baixa especificidade em distinguir defeitos leves de esfíncter externo do ânus de defeitos extensos. A sensibilidade do toque retal na contração foi melhor quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus (P=0,001). Mulheres com tônus de repouso alterado tinham menores pressões de repouso que aquelas com tônus normal (P=0,0001). Mulheres com tônus de contração alterado tinham menor incremento pressórico que aquelas com tônus normal (P=0,017). Conclusão: o toque retal possui boa sensibilidade e baixa especificidade em diferenciar defeitos leves de extensos da musculatura esfincteriana e moderada sensibilidade em diferenciar defeitos de esfíncter externo do ânus, com melhora da sensibilidade quanto mais extensos eram os defeitos de esfíncter externo do ânus. Houve correlação entre tônus e pressões anais no repouso e na contração. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-10 2017-12-07T05:14:54Z 2017-12-07T05:14:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
COURA, Marcelo de Melo Andrade et al. Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? Arquivos de Gastroenterologia, São Paulo, v. 53, n. 4, p. 240-245, out./dez. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032016000400240&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 mar. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006. http://repositorio.unb.br/handle/10482/29989 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006 |
identifier_str_mv |
COURA, Marcelo de Melo Andrade et al. Is digital rectal exam reliable in grading anal sphincter defects? Arquivos de Gastroenterologia, São Paulo, v. 53, n. 4, p. 240-245, out./dez. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032016000400240&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 mar. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006. |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/29989 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032016000400006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE; Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva - CBCD; Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia - SBMDN; Federação Brasileira de Gastroenterologia - FBG; Sociedade Brasileira de Hepatologia - SBH; Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - SOBED |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE; Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva - CBCD; Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia - SBMDN; Federação Brasileira de Gastroenterologia - FBG; Sociedade Brasileira de Hepatologia - SBH; Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - SOBED |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1814508260504371200 |