As equipes aprendem? Como? Evidências no nível meso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres, Raquel Trinchão de Jesus Barouh
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.26512/2014.12.D.17904
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2014.
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spelling As equipes aprendem? Como? Evidências no nível mesoAprendizagemEquipes - aprendizagemAprendizagem coletivaTrabalho - aprendizagemTrabalhoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2014.A aprendizagem é um fenômeno que ganhou relevância no contexto de trabalho e tem como objeto de investigação tradicional o indivíduo. Esse foco foi ampliado para incluir as organizações, os grupos e as equipes, mas as perguntas sobre se entes sociais podem aprender e como isso acontece permanecem em aberto. Encontra-se na literatura, porém, o entendimento de que a aprendizagem de equipes é possível e ocorre a partir da interação entre cognição e processos sociais, levando-se ao desenvolvimento de cognições compartilhadas, a exemplo de crenças similares ou interpretações coletivas. O objetivo geral desta pesquisa foi quantificar o poder preditivo da aprendizagem no nível das equipes em relação à sua efetividade. Tendo cm vista esse modelo, foram estabelecidos os objetivos específicos: investigar a pertinência de tratar a aprendizagem como um atributo das equipes ou atributo coletivo, mensurar a capacidade explicativa da potência como antecedente da aprendizagem coletiva e quantificar o poder preditivo desta sobre os resultados do grupo. Para atender a esses objetivos, foram levantadas quatro hipóteses: Hl) a potência prediz as percepções individuais sobre o engajamento da equipe em comportamentos de aprendizagem: H2) quanto mais a equipe se engajarem comportamentos de aprendizagem de equipe, maior similaridade haverá nas interpretações dos membros sobre comportamentos de aprendizagem de equipe. Assim, as percepções individuais sobre os comportamentos de aprendizagem predizem interpretações coletivas sobre esses comportamentos; H3) quanto mais os membros das equipes reportarem comportamentos de aprendizagem, maior será o nível de satisfação dos membros com a equipe: H4) as interpretações coletivas sobre comportamentos de aprendizagem de equipe acrescentam explicação adicional à satisfação, em relação à explicação fornecida pelas percepções individuais. Para testar essas hipóteses, foram realizadas análises no nível meso com 90 equipes de estudantes que realizaram atividades coletivas durante um semestre letivo. As variáveis potência, percepções individuais sobre comportamentos de aprendizagem de equipe e satisfação com a equipe foram construídas a partir do cálculo da media aritmética das respostas. Já as interpretações coletivas da equipe foram calculadas a partir do índice ADmd ou análise dos desvios médios com base na mediana, que revela a intensidade da similaridade das respostas fornecidas pelos membros. Os resultados obtidos revelaram que a aprendizagem pode ser considerada como atributo do nível meso, de modo que. quanto maior o engajamento em comportamentos de aprendizagem, mais similares serão as interpretações da equipe, que passam a ser chamadas de coletivas (r=-0.54. pcO.OOl). A potência foi identificada como uma preditora desses comportamentos de aprendizagem de equipe, sendo responsável por explicar 34% da variância do fenômeno. Entretanto, apenas o fator desempenho produtivo contribuiu para a explicação da variável critério, visto que o fator relacionamento social não se apresentou significativo no modelo. Verificou-se que as percepções individuais sobre os comportamentos de aprendizagem predisseram a satisfação dos membros com a sua equipe, explicando 53% da sua variância. As interpretações coletivas, por sua vez, revelaram um poder adicional de explicação de 5%. além do que já havia sido fornecido pelas percepções individuais. Com isso, as quatro hipóteses do estudo foram corroboradas, permitindo-se um maior entendimento sobre o processo de aprendizagem, seus antecedentes e seu poder preditivo sobre a efetividade da equipe, mensurada a partir da satisfação. Implicações práticas e sugestões para pesquisas futuras são discutidas.Learning is a phenomenon that has gained relevance in the context of work, with the individual being the traditional object of investigation. This focus was expanded to include organizations, groups, and teams, but questions about whether social entities can leam. and how this happens, remain open. Findings in the literature, however, show that team learning is possible and occurs through the interaction between cognition and social processes, leading to the development of shared cognitions, such as similar beliefs or collective interpretations. This research aimed to quantify the predictive power of learning at the team level, regarding its effectiveness. Given this model, the specific objectives were to: find evidence of the relevance of treating learning as an attribute of the teams or a collective attribute, measure the explanatory capacity of group potency as an antecedent of collective learning and quantify the predictive power of team learning, concerning the group's results. In order to meet these goals, four hypotheses were raised: H1) Potency predicts individual perceptions about the engagement of the team in learning behaviors; H2) The more the team engages in team learning behaviors, the greater will be the similarity in the interpretations of the members about team learning behaviors. Thus, individual perceptions of learning behaviors predict collective interpietations of these behaviors; H3) The more team members report team learning behaviors, the greater will be the level of member satisfaction with the team: H4) Collective interpretations of the team learning behaviors add additional explanation to satisfaction, in relation to the explanation provided by individual perceptions. To test these hypotheses, meso-level analyses were done with 90 teams of students who conducted group activities during one semester of study. The variables potency, individual perceptions of learning behaviors, and satisfaction with the team were constructed by calculating the arithmetic mean of the responses. On the other hand, the team collective interpretations were calculated from the ADmd index, or analysis of average deviations based on the median, which shows the intensity of similarity in the members’ responses. The results showed that learning can be considered as a meso-level attribute, such that the greater the engagement in learning behaviors, the greater the similarity in the team’s interpretations, which are now being called collective (^-0.54. p<0.00\). Potency has been identified as a predictor of these team learning behaviors, being responsible for explaining 34% of the variance of the phenomenon. However, only the productive performance factor contributed to the explanation of the dependent variable, since the social networking factor did not appear significant in the model. It was found that individual perceptions about learning behaviors predicted member satisfaction with one’s team, explaining 53% of its variance. Collective interpretations, in turn, revealed an additional explanatory power of 5% beyond what was already provided by individual perceptions. Thus, the four hypotheses of the study were supported, offering a greater understanding of the learning process, its antecedents, and its predictive power regarding team effectiveness, measured on the basis of satisfaction. Practical implications and suggestions for future research are discussed.Puente-Palacios, Katia ElizabethTorres, Raquel Trinchão de Jesus Barouh2015-04-15T20:56:35Z2015-04-15T20:56:35Z2015-04-152014-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTORRES, Raquel Trinchão de Jesus Barouh. As equipes aprendem? Como? Evidências no nível meso. 2014. vi, 77 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.repositorio.unb.br/handle/10482/17904http://dx.doi.org/10.26512/2014.12.D.17904A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-17T19:40:49Zoai:repositorio.unb.br:10482/17904Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-17T19:40:49Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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