O prazer pela carne : antropologia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/23897 http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.D.23897 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-graduação em História, 2016. |
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O prazer pela carne : antropologia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVIAntropofagiaÍndios TupinambáJesuítasÍndios - históriaÍndios - ritos e cerimônias fúnebresDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-graduação em História, 2016.A historiografia há muito vem salientando que as sociedades tupinambá tinham a guerra como sua principal atividade. O combustível da guerra desses povos era a vingança, que era multiplicada a cada vez que se realizava: não acabava com o ódio pelo inimigo, mas o confirmava. As guerras terminavam no que se pode considerar como o principal ritual da sociedade tupinambá: a antropofagia. Comiam seus inimigos para vingar seus antepassados mortos. Vão à guerra com o objetivo específico de capturar inimigos e comê-los dentro de um ritual. Os missionários jesuítas, em suas cartas, tratam com horror dessa prática dos indígenas, e dizem trabalhar arduamente para tirar-lhes tal costume. Utilizamos uma compilação de cartas jesuíticas, denominada “Cartas Avulsas” para análise da percepção dos padres acerca de tal ritual. Além disso, utilizamos cópia microfilmada das cartas jesuíticas originais. Através desse método de análise, trabalhamos com o objetivo de entender o ritual antropofágico dos grupos tupinambá, com enfoque na possibilidade de que os indígenas sentissem prazer ao comer a carne de seus inimigos, não apenas pela saciedade do sentimento de vingança, mas o prazer pelo alimento. Buscamos isso através do olhar carregado de significado do jesuíta, que está ali cumprindo missão evangelizadora e, além disso, civilizadora.Historiography has been for long reaffirming the fact that tupinambá’s societies had war as their main activity.Vengence was the fuel to these people’s urge to war, which was multiplied each time they enganged into it: hatred for the enemy was not the end, it rather confirmed it. These wars ended in what can be considered as the main ritual of tupinambá’s society: the anthropophagy. They would eat their enemies as a vendetta for their dead ancestors. They go to war with the specific goal of capturing enemies and eat them in a ritual. As they wrote their letters, the Jesuit missionaries describe with horror this indigenous practice and claimed to wipe out such behaviour. By researching in a compilation of Jesuit’s letters, known as Loose Letters, we seek to analyse these preachers’ perception of such ritual. Besides that, we used a microfilmed copy of Jesuit’s original letters. Through this method of analysis, we worked aiming to understanding the tupinambá’s anthropophagic ritual, with the approach in the possibility that these indigenous would feel pleasure by eating the flesh of their enemies, not only seeking to satisfy their need to revenge, but also the pleasure of nurturing. We seek to see this through the Jesuit’s sigh, which was full of meaning, of a man who was there fulfilling his evangelising mission and, more than that, civilizing mission.Instituto de Ciências Humanas (ICH)Departamento de História (ICH HIS)Programa de Pós-Graduação em HistóriaGil, Tiago LuísCampos, Fernanda de Freitas2017-07-26T19:14:30Z2017-07-26T19:14:30Z2017-07-262016-12-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCAMPOS, Fernanda de Freitas. O prazer pela carne: antropologia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVI. 2016. 102 f. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/23897http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.D.23897A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-01-31T15:57:48Zoai:repositorio.unb.br:10482/23897Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-01-31T15:57:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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