A escala espacial e luminosidade lunar influenciam no efeito do cenário do medo sobre o comportamento de roedores neotropicais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Thaís Pigozzi Codo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/37931
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2019.
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spelling A escala espacial e luminosidade lunar influenciam no efeito do cenário do medo sobre o comportamento de roedores neotropicaisPredação (Biologia)Roedores - CerradosForrageamentoHabitat (Ecologia) - estruturaHabitat (Ecologia) - seleçãoDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2019.A avaliação de como a percepção do risco de predação (“cenário do medo”) afeta as presas e quais respostas comportamentais ele pode acarretar contribui para o entendimento de como a presença de predadores afeta comunidades ecológicas. No presente estudo, investigamos o efeito da estrutura do hábitat em diferentes escalas espaciais (fitofisionomia e microhábitat) e da luminosidade lunar, como componentes do cenário do medo percebido por pequenos roedores. Para isso, avaliamos experimentalmente taxas de remoção de sementes em períodos de lua cheia e lua nova em duas fitofisionomias de Cerrado (savana neotropical): campo cerrado e cerrado sensu stricto. Em relação ao microhábitat, comparamos taxas de remoção e taxas de visitação das espécies às estações experimentais sob três condições: 1- com cobertura arbustiva (arbusto), 2- com cobertura graminoide e 3- sem cobertura (vegetação totalmente removida em um círculo de 3,14 m2 ). As taxas de remoção de sementes foram, em média, >4 vezes maiores no campo cerrado do que no cerrado sensu stricto. O microhábitat gramínea foi percebido como mais seguro e o solo como mais arriscado. O cerrado sensu stricto apresentou maiores taxas de remoção sob gramíneas, enquanto o campo cerrado não apresentou diferenças evidentes entre os microhábitats. A maioria das remoções e visitas às estações de forrageamento no campo cerrado ocorreram à noite, principalmente durante a lua nova. Por outro lado, no cerrado sensu stricto as taxas de remoção foram maiores durante a lua cheia, principalmente sob gramíneas. Os roedores respondem à estrutura do hábitat forrageando sob microhábitats com cobertura mais intensa próxima ao solo (gramíneas) em ambientes onde essa cobertura é escassa (cerrado sensu stricto). No entanto, em ambientes com ampla cobertura de gramíneas (campo cerrado), o microhábitat não é relevante para determinar os padrões de forrageamento. Nesses ambientes, há uma forte resposta à luminosidade lunar, com menos forrageamento em noites de lua cheia. Esses padrões indicam que a avaliação dos efeitos do cenário do medo em roedores neotropicais deve levar em consideração tanto diferenças comportamentais das espécies envolvidas quanto a escala espacial e variação temporal relativos a esses animais, possibilitando inferências mais robustas sobre as respostas dos mesmos.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD).The assessment of how predation risk (‘landscape of fear’) affects prey and which behavioral responses it may entail contributes to understanding how the presence of predators affects communities. In the present study, we investigated the effect of habitat structure on different spatial scales (phytophysiognomy and microhabitat) and lunar luminosity, as components of the landscape of fear perceived by small rodents. For that, we evaluated experimentally seed removal rates as a measure of perceived risk of predation in periods of full moon and new moon in two Cerrado (Neotropical savanna) phytophysiognomies: shrubby grassland (campo cerrado) and typical savanna (cerrado sensu stricto). In relation to microhabitat, we compared seed removal and visitation rates to the experimental stations under three conditions: 1- shrub cover, 2- grass cover and 3- no cover (vegetation totally removed within a circle of 3.14 m2 ). Seed removal rates were, on average, >4 times higher in the campo cerrado than in the cerrado sensu stricto. Grass was perceived as safer and soil as riskier among the three macrohabitats evaluated. We detected higher removal rates in the grass of the cerrado sensu stricto, but with no evident differences among the microhabitats in the campo cerrado. Most of the removals and visits to foraging stations in the campo cerrado occurred during the night, mainly during the new moon. On the other hand, in the cerrado sensu stricto removal rates were higher during the full moon, especially in the grass microhabitat. The results indicated that rodents respond to habitat structure by foraging under microhabitats with more intense cover near the ground (grass) in environments where this cover is scarce (cerrado sensu stricto). However, in environments with extensive grass cover (campo cerrado), microhabitat type is not relevant for determining the pattern of rodent foraging. In these environments, rodents show a strong response to lunar luminosity, foraging for less time during full moon nights compared to new moon nights. These patterns indicate that the evaluation of the effects of the landscape of fear on neotropical rodents should take into account not only the behavioral differences of the species involved as also the spatial scale and temporal variation related to these animals, allowing for more robust inferences about their responses.Instituto de Ciências Biológicas (IB)Programa de Pós-Graduação em EcologiaVieira, Emerson MonteiroAmaral, Thaís Pigozzi Codo2020-06-01T16:44:30Z2020-06-01T16:44:30Z2020-06-012019-07-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfAMARAL, Thaís Pigozzi Codo. A escala espacial e luminosidade lunar influenciam no efeito do cenário do medo sobre o comportamento de roedores neotropicais. 2019. 49 f., il. Dissertação (Mestrado em Ecologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/37931A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-08T18:35:45Zoai:repositorio.unb.br:10482/37931Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-08T18:35:45Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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