Consumo de álcool no Brasil : prevalência e carga econômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Mariana Gonçalves de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49592
Resumo: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2021.
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spelling Consumo de álcool no Brasil : prevalência e carga econômicaBebidas alcoólicas - consumoBebidas alcoólicas - consumo excessivoBebidas alcoólicas - custosTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2021.O consumo de álcool na população brasileira representa um problema social que implica em adoecimento, morte e prejuízos financeiros. A tese desenvolvida teve como objetivo estudar o consumo de álcool na população brasileira de 18 anos e mais e o impacto econômico gerado por esse consumo. Foram desenvolvidos dois estudos. O primeiro se refere ao artigo de custos diretos e indiretos relacionados ao consumo de álcool. Trata-se de um estudo que englobou os dados de custos do Sistema Único de Saúde - SUS (dados de internações hospitalares e de atendimentos ambulatoriais) e de afastamentos em saúde registrados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no período de 2010 a 2018. O segundo estudo se refere aos dados de prevalência do consumo de álcool, que teve por objetivo descrever a prevalência do consumo semanal, mensal e abusivo de álcool na população brasileira e estimar a magnitude da diferença das prevalências entre 2013 e 2019. No Brasil, entre 2010 e 2018, o custo total atribuível ao álcool foi de Int$ 1.487.417.115,43, sendo Int$ 737.834.696,89 com gastos hospitalares, Int$ 416.052.029,75 com atendimentos ambulatoriais e Int$ 333.530.388,79 com absenteísmo no trabalho. Foi observado elevado Risco Atribuível Populacional (RAP) entre bebedores que consomem 12 gramas de álcool por dia, tendo em vista a maior prevalência desse grupo e entre bebedores que consomem 72 gramas por dia, devido ao elevado Risco Relativo (RR) associado a esse padrão de consumo. Com relação aos dados de prevalência, verificou-se aumento do consumo de álcool semanal, mensal e abusivo, com exceção do consumo semanal em homens. A Razão de Prevalência (RP) do consumo semanal (ambos os sexos) foi 1,02 (IC95% 1,014 – 1,026), e nas mulheres a RP do consumo semanal foi de 1,05 (IC95% 1,04 – 1,06). As maiores RP ocorreram para o perfil de consumo abusivo, tanto na população geral, quanto por sexo. O aumento do consumo semanal por região foi verificado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os resultados encontrados indicam que o consumo de álcool tem alta prevalência no Brasil e acarreta prejuízos financeiros e sociais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou estratégias e diretrizes para orientar os países como reduzir o consumo nocivo de álcool e os danos relacionados. O Brasil adota algumas políticas nacionais de enfrentamento do consumo de álcool em algumas áreas estratégicas, mas ainda é necessário maior investimento, controle, fiscalização e regulamentação.Alcohol consumption in the Brazilian population represents a social problem that leads to illness, death and financial losses. This thesis aimed to investigate the consumption of alcohol in the Brazilian population aged 18 and over and estimate the economic burden attributed to this consumption. Two studies were carried out. The first one refers to the paper on direct and indirect costs related to alcohol consumption. We used cost data from the Unified Health System - SUS (hospital and outpatient information systems) and sick leaves caused by alcohol consumption and/or diseases associated with alcohol consumption registered at the National Institute of Social Security (INSS), in the period 2010 to 2018. The second study refers to the data of prevalence of alcohol consumption, which aimed to describe the prevalence of weekly, monthly and abusive consumption of alcohol in the Brazilian population and estimate the magnitude of the difference in prevalence between 2013 and 2019. In Brazil, between 2010 and 2018, the total cost attributable to alcohol was Int$ 1,487,417,115.43, being spent Int$ 737,834,696.89 with hospital expenses, Int$ 416,052,029.75 with outpatient care and Int$ 333,530,388.79 with absenteeism at work. A high Population Attributable Risk (RAP) was observed among drinkers who consume 12 grams of alcohol per day, given the higher prevalence of this group, and among drinkers who consume 72 grams per day, due to the high Relative Risk (RR) associated with this pattern of consumption. Regarding prevalence data, there was an increase in weekly, monthly and abusive alcohol consumption, except for weekly consumption in men. The Prevalence Ratio (PR) of weekly consumption (both sexes) was 1.02 (95%CI 1.014 - 1.026), and in women the PR of weekly consumption was 1.05 (95%CI 1.04 - 1.06). The highest PR occur for abusive consumption, both in the general population and by sex. The increase in weekly consumption by region was verified in the South, Southeast and Midwest regions. The results found indicate that alcohol consumption is highly prevalent in Brazil and entails financial and social losses. World Health Organization (WHO) has released strategies and guidelines to guide countries on how to reduce the harmful caused by alcohol consumption Brazil has adopted some national policies to tackle alcohol consumption in some strategic areas, but greater investment, control, inspection and regulation are still needed.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaSilva, Everton Nunes damfreitas.saude@gmail.comFreitas, Mariana Gonçalves de2024-08-06T18:55:28Z2024-08-06T18:55:28Z2024-08-062021-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFREITAS, Mariana Gonçalves de Freitas. Consumo de álcool no Brasil: prevalência e carga econômica. 2021. 111 f., il. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49592porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-06T18:55:28Zoai:repositorio.unb.br:10482/49592Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-06T18:55:28Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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