Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schrage, Rúbia Rúbio
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/37997
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2019.
id UNB_fab928914c20aaf373ab8145601eba59
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/37997
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)Espacialidade mineratóriaBarragens de rejeitosBarragem de Mariana (MG)MineraçãoAmérica LatinaTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2019.Esta tese busca revelar a natureza ontológica e espacial do minerar na América Latina, por meio de uma totalizante Espacialidade Mineratória. Parte-se do pressuposto de que a mineração ainda se executa com preceitos da empresa colonial que forja, violentamente, a America Latina no seio da modernidade. Esta análise é estruturada por meio da categoria trabalho (Marx, 1867) e da compreensão do ser social (Lukács, 1984; 1986), que orienta a abstração necessária ao exercício de pensamento, que na Geografia possui repercussão através de Santos (2006), Moraes (2005), Harvey (2005), Costa (2015; 2016), Souza (2009) e outros. Além disso, converge-se à perspectiva decolonial que orienta o localismo regional enquanto base empírica da pesquisa. Por meio da tese, confirma-se a hipótese de que sua realização socioespacial é orientada por uma construção-destrutiva, enquanto mecanismo de reprodução da expansividade capitalista e seletividade do capital, nas cidades-campo. O longo e duradouro processo é garantido por meio de suas metanarativas espaciais da mineração, que dão movimento dialético e garante a catalisação e retotalização da Espacialidade Mineratória. Tais metanarrativas sintetizam os mecanismos e estruturações que garantem a sua reprodução. Assim, as tragédias do minerar conformam-se como síntese do movimento desta Espacialidade, e são convertidas em metanarrativas espaciais de consecução da expansividade, por meio do esvaziamento da dimensão do drama que se impõe à vida do sujeito situado. Desta forma, a noção situação espacial duradoura (Costa, 2016) possui dupla vinculação a esta tese: compor a triangulação que denuncia a condicionante capitalística situação espacial pelo minerar que acomete e assujeita o ser social; bem como, auxiliar a leitura da base concreta e empírica que, utopicamente, serve de suporte às reações criativas e significativas que respondem ao próprio movimento. Portanto, a Espacialidade Mineratória, as metanarrativas espaciais e a situação espacial duradoura reúnem-se numa tríade que representa uma possibilidade singular de apreensão do ser minerador latino-americano com as formas de violência decorrentes.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).This thesis seeks to reveal the ontological and spatial nature of mining in Latin America through a totalizing Mining Spatiality. The assumption is that mining is still carried out under the precepts of the colonial enterprise that violently forges Latin America within modernity. This analysis is structured through the category work (Marx, 1867) and the understanding of the social being (Lukács, 1984; 1986), which guides the abstraction necessary for the exercise of thought, which in geography has repercussion through Santos (2006), Moraes (2005), Harvey (2005), Costa (2015; 2016), Souza (2009) and others. Moreover, it converges with the decolonial perspective that guides regional localism as the empirical basis of research. The thesis confirms the hypothesis that its socio-spatial realization is guided by a destructive construction, as a mechanism of reproduction of capitalist expansiveness and selectivity of capital in the countryside cities. The long and lasting process is ensured through its mining spatial metanaratives, which give dialectical movement and ensure the catalysis and retotalization of the Mining Spatiality. Such metanarratives synthesize the mechanisms and structures that guarantee their reproduction. Thus, the tragedies of mining conform as a synthesis of the movement of this Spatiality, and are converted into spatial metanarratives of achieving expansiveness, through the emptying of the dimension of the drama that imposes itself on the life of the situated subject. Thus, the notion of lasting spatial situation (Costa, 2016) has a double link to this thesis: composing the triangulation that denounces the conditioning capitalistic spatial situation by the mining that affects and subjects the social being; as well as helping to read the concrete and empirical basis that utopically supports the creative and meaningful reactions that respond to the movement itself. Therefore, Mining Spatiality, spatial metanarratives and the lasting spatial situation come together in a triad that represents a unique possibility of apprehension of the Latin American mining being with the resulting forms of violence.Esta tesis busca revelar la naturaleza ontológica y espacial de la minería en América Latina a través de una totalizadora Espacialidad Minera. La suposición es que la minería todavía se lleva a cabo bajo los preceptos de la empresa colonial que forja violentamente a América Latina dentro de la modernidad. Este análisis se estructura a través de la categoría trabajo (Marx, 1867) y la comprensión del ser social (Lukács, 1984; 1986), que guía la abstracción necesaria para el ejercicio del pensamiento, que en geografía tiene repercusión a través de Santos (2006), Moraes (2005), Harvey (2005), Costa (2015; 2016), Souza (2009) y otros. Además, converge con la perspectiva descolonial que guía el localismo regional como la base empírica de la investigación. La tesis confirma la hipótesis de que su realización socioespacial está guiada por una construcción destructiva, como mecanismo de reproducción de la expansión y selectividad capitalista del capital en las ciudades rurales. El proceso largo y duradero se garantiza a través de sus metanarativas espaciales mineras, que dan movimiento dialéctico y aseguran la catálisis y la retotalización de la Espacialidad Minera. Tales metanarrativas sintetizan los mecanismos y estructuras que garantizan su reproducción. Así, las tragedias de la minería se conforman como una síntesis del movimiento de esta espacialidad, y se convierten en metanarrativas espaciales para lograr la expansión, al vaciar la dimensión del drama que se impone en la vida del sujeto situado. Así, la noción de situación espacial duradera (Costa, 2016) tiene un doble vínculo con esta tesis: componer la triangulación que denuncia la situación espacial capitalista condicionante por parte de la minería que afecta y somete al ser social; además de ayudar a leer las bases concretas y empíricas que apoyan utópicamente las reacciones creativas y significativas que responden al movimiento mismo. Por lo tanto, la Espacialidad Minera, las metanarrativas espaciales y la situación espacial duradera se unen en una tríada que representa una posibilidad única de aprehensión del ser minero latinoamericano con las formas resultantes de violencia.Instituto de Ciências Humanas (ICH)Departamento de Geografia (ICH GEA)Programa de Pós-Graduação em GeografiaCosta, Everaldo Batista daMaya, José Omar Moncadageorubiarubio@gmail.comSchrage, Rúbia Rúbio2020-06-08T16:19:34Z2020-06-08T16:19:34Z2020-06-082019-10-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSCHARAGE, Rúbia Rúbio. Espacialidade mineratória na América Latina: ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí). 2019. 232 f., il. Tese (Doutorado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/37997A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-20T16:38:17Zoai:repositorio.unb.br:10482/37997Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-20T16:38:17Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
title Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
spellingShingle Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
Schrage, Rúbia Rúbio
Espacialidade mineratória
Barragens de rejeitos
Barragem de Mariana (MG)
Mineração
América Latina
title_short Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
title_full Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
title_fullStr Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
title_full_unstemmed Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
title_sort Espacialidade mineratória na América Latina : ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí)
author Schrage, Rúbia Rúbio
author_facet Schrage, Rúbia Rúbio
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Costa, Everaldo Batista da
Maya, José Omar Moncada
georubiarubio@gmail.com
dc.contributor.author.fl_str_mv Schrage, Rúbia Rúbio
dc.subject.por.fl_str_mv Espacialidade mineratória
Barragens de rejeitos
Barragem de Mariana (MG)
Mineração
América Latina
topic Espacialidade mineratória
Barragens de rejeitos
Barragem de Mariana (MG)
Mineração
América Latina
description Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2019.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-10-23
2020-06-08T16:19:34Z
2020-06-08T16:19:34Z
2020-06-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SCHARAGE, Rúbia Rúbio. Espacialidade mineratória na América Latina: ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí). 2019. 232 f., il. Tese (Doutorado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
https://repositorio.unb.br/handle/10482/37997
identifier_str_mv SCHARAGE, Rúbia Rúbio. Espacialidade mineratória na América Latina: ser minerador no Brasil (Mariana) e na Bolívia (Potosí). 2019. 232 f., il. Tese (Doutorado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
url https://repositorio.unb.br/handle/10482/37997
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1810580819995000832