USO MÍSTICO, MÁGICO E MEDICINAL DE PLANTAS NOS RITUAIS RELIGIOSOS DE CANDOMBLÉ NO AGRESTE ALAGOANO
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ouricuri (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/5530 |
Resumo: | O estudo objetivou compreender os usos e a diversidade de plantas utilizadas em rituais religiosos de Candomblé e o poder que as mesmas exercem na crença das pessoas que as utilizam. Para atender ao objetivo proposto, as plantas foram categorizadas enquanto místicas, mágicas e medicinais. Assim foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a partir de visitas aos terreiros de Candomblé, delimitados pelo método da bola - de – neve. As entrevistas seguiram com sacerdotes e sacerdotisas após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram realizadas entrevistas em 30 terreiros de Candomblé, distribuídos nas cidades de Arapiraca, Campo Alegre, Coité do Nóia, Limoeiro de Anadia e Taquarana. 64% dos entrevistados eram pertencentes ao sexo feminino (sacerdotisas) e 36% pertencentes ao sexo masculino (sacerdotes), enquanto os anos que se dedicam à atividade variaram entre 20 - 60 anos. Foram citadas 198 espécies, dentre as quais 177 foram identificadas e distribuídas em 60 famílias. Nesse caso as famílias mais representativas foram: Fabaceae (21 espécies), Lamiaceae (20 espécies), Asteraceae (12 espécies) e Anacardiaceae (12 espécies). Além disso, oito espécies foram identificadas em gênero e 13 espécies foram indeterminadas. A categoria medicinal obteve o maior percentual de espécies (35%) seguida pela categoria mística (16%) e mágica (15%), enquanto 34% das espécies foram distribuídas em mais de uma categoria. Como ações de retorno às comunidades foram distribuídas mudas de plantas solicitadas pelos entrevistados e espécies raras na região. É possível concluir que existe uma ampla diversidade de espécies sendo utilizadas nos espaços religiosos do Candomblé. |
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