Da vida rasgada. Imagens e representações sobre o negro em Madame Satã
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tabuleiro de Letras |
Texto Completo: | https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/122 |
Resumo: | O filme Madame Satã, de Karim Aïnouz, transcorre nos anos 1930, período em que o Estado brasileiro, as elites e até mesmo o cidadão comum – homem ou mulher, pobre ou abastado, negro, branco ou mestiço - se engajaram num esforço de modernização das instituições, das artes, dos gostos e das atitudes. Naquela ocasião, as capitais brasileiras, em particular a cidade do Rio de Janeiro, então distrito federal, evidenciavam este ideal através de políticas de saneamento e eugenismo, assim como através da implantação paulatina da indústria cultural do cinema, do disco e do rádio como meio de informação e entretenimento. Além da literatura e do teatro, o cinema, o disco e o rádio se transformaram em novos meios de reverberação e mesmo redefinição do imaginário sobre a nação brasileira. A propósito disso, este artigo tratará de duas questões fundamentais suscitadas em relação ao negro e à cultura negro-africana no Brasil. A primeira delas diz respeito à permanência de imagens e representações pré-modernas sobre o negro que configuraram o ideal de modernidade no Brasil. A segunda, diz respeito às atitudes dos negros no sentido da adesão e reinterpretação de um projeto das elites de modernização da sociedade brasileira que previa o negro e a cultura negro-africana como objeto e matéria-prima. |
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Da vida rasgada. Imagens e representações sobre o negro em Madame SatãNegroMadame SatãModernidade O filme Madame Satã, de Karim Aïnouz, transcorre nos anos 1930, período em que o Estado brasileiro, as elites e até mesmo o cidadão comum – homem ou mulher, pobre ou abastado, negro, branco ou mestiço - se engajaram num esforço de modernização das instituições, das artes, dos gostos e das atitudes. Naquela ocasião, as capitais brasileiras, em particular a cidade do Rio de Janeiro, então distrito federal, evidenciavam este ideal através de políticas de saneamento e eugenismo, assim como através da implantação paulatina da indústria cultural do cinema, do disco e do rádio como meio de informação e entretenimento. Além da literatura e do teatro, o cinema, o disco e o rádio se transformaram em novos meios de reverberação e mesmo redefinição do imaginário sobre a nação brasileira. A propósito disso, este artigo tratará de duas questões fundamentais suscitadas em relação ao negro e à cultura negro-africana no Brasil. A primeira delas diz respeito à permanência de imagens e representações pré-modernas sobre o negro que configuraram o ideal de modernidade no Brasil. A segunda, diz respeito às atitudes dos negros no sentido da adesão e reinterpretação de um projeto das elites de modernização da sociedade brasileira que previa o negro e a cultura negro-africana como objeto e matéria-prima.Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens - PPGEL2012-12-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/12210.35499/tl.v2i1.122Tabuleiro de Letras; v. 2 n. 1 (2009): LINGUAGENS: LETRA, IMAGEM E SOM2176-578210.35499/tl.v2i1reponame:Tabuleiro de Letrasinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/122/74Copyright (c) 2017 Tabuleiro de Letrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Ari2019-06-02T02:55:36Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/122Revistahttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletrasPUBhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/oainlopes@uneb.br2176-57822176-5782opendoar:2019-06-02T02:55:36Tabuleiro de Letras - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
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