Organização social e subsistência na Fazenda Cangula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lumbwe, Mwewa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB
Texto Completo: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5432
Resumo: A presente pesquisa sobre a organização social e subsistência na Fazenda Cangula, comunidade remanescente dos quilombos, situada no Distrito de Boa União, em Alagoinhas– Bahia, foi desenvolvida na linha de pesquisa Narrativas, Testemunhos e Modos de Vida do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural da Universidade do Estado da Bahia Campus 2 com a preocupação de entender o cotidiano desta comunidade. Foi preciso mapear os principais meios de subsistência da comunidade e dos núcleos familiares de membros da Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Cangula; diagnosticar como são administradas as relações entre os membros da comunidade e os governos federal, estadual e municipal nos assuntos de subsistência material, mental, espiritual e de continuidade, antes e depois do autorreconhecimento como remanescentes dos quilombos; e verificar como o modelo de organização social na comunidade se expressa no cotidiano. A metodologia adotada foi a da observação participante e, tratando-se de um estudo de caso, a pesquisa foi considerada como qualitativa. O universo da investigação foram os núcleos familiares dos membros da Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Cangula. Foram entrevistadas trinta pessoas, em vinte núcleos familiares visitados. A abordagem teórica foi baseada principalmente em Jan Vansina (2010), sobre a tradição oral e sua metodologia, e em Alessandro Portelli (2010), sobre a entrevista de história oral e suas representações literárias. Convém salientar que os objetivos desta pesquisa foram alcançados e os resultados permitiram observar que, em uma visão geral, todas as formas de subsistência seja ela material, mental, espiritual ou de continuidade, na organização social da comunidade do Cangula são interligadas e, na maioria das vezes, dependem da vontade política dos governos federal, estadual ou municipal. Esta constatação me levou a provocar o primeiro encontro entre os quilombos de Alagoinhas e os governos citados, que aconteceu em 15 de maio de 2013.
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Foi preciso mapear os principais meios de subsistência da comunidade e dos núcleos familiares de membros da Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Cangula; diagnosticar como são administradas as relações entre os membros da comunidade e os governos federal, estadual e municipal nos assuntos de subsistência material, mental, espiritual e de continuidade, antes e depois do autorreconhecimento como remanescentes dos quilombos; e verificar como o modelo de organização social na comunidade se expressa no cotidiano. A metodologia adotada foi a da observação participante e, tratando-se de um estudo de caso, a pesquisa foi considerada como qualitativa. O universo da investigação foram os núcleos familiares dos membros da Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Cangula. Foram entrevistadas trinta pessoas, em vinte núcleos familiares visitados. A abordagem teórica foi baseada principalmente em Jan Vansina (2010), sobre a tradição oral e sua metodologia, e em Alessandro Portelli (2010), sobre a entrevista de história oral e suas representações literárias. Convém salientar que os objetivos desta pesquisa foram alcançados e os resultados permitiram observar que, em uma visão geral, todas as formas de subsistência seja ela material, mental, espiritual ou de continuidade, na organização social da comunidade do Cangula são interligadas e, na maioria das vezes, dependem da vontade política dos governos federal, estadual ou municipal. Esta constatação me levou a provocar o primeiro encontro entre os quilombos de Alagoinhas e os governos citados, que aconteceu em 15 de maio de 2013.Cette recherche sur l'organisation sociale et subsistance dans la Ferme Cangula, communauté restante des Quilombos située dans le district de Boa União à Alagoinhas-Bahia, a été développée dans la ligne de recherche en Récits, Témoignages et Mode de vie du Programme d'Etudes Supérieures en Critique Culturelle de l'Université de Bahia Campus 2 avec le souci de comprendre la vie quotidienne de cette communauté. Il etait nécessaire de cartographier les principaux moyens de subsistance de la communauté et des familles membres de l’Association des Producteurs Ruraux de Cangula; diagnostiquer comment sont administrées les relations entre les membres de la communauté et les gouvernéments fédéral, d'État et de la Ville en ce qui concerne les subsistences matérielle, mentale, spirituelle et de continuité, avant et après la reconnaissance de soi comme communauté restante des quilombos, et vérifier comment le modèle de l'organisation sociale de la communauté s'exprime dans la vie quotidienne. La méthodologie adoptée était de l'observation participante et, s´agissant d´une étude de cas, la recherche a été considérée comme qualitative. L'univers de la recherche est formé par les familles des membres de l'Association Communautaire de Producteurs Ruraux de Cangula, trente personnes ont été interviewées dans les vingt familles visitées. L'abordage théorique s´est basée principalement sur Jan Vansina (2010), sur la tradition orale et sa méthodologie, et Alessandro Portelli (2010) sur l'entrevue d'histoire orale et de ses représentations littéraires. Il convient de noter que les objectifs de cette recherche ont été atteints et les résultats ont permis de constater que dans une vue d'ensemble de toutes les formes de subsistence, matérielle, mentale, spirituelle ou de continuité, l'organisation sociale de la communauté Cangula sont interconnectés et dépendents essentiellement de la volonté politique des gouvernements fédéral, d'État ou locale. Cette constatation m'a amenée à provoquer la première rencontre entre les Quilombos de Alagoinhas et les gouvernements cités qui a eu lieu le 15 mai 2013.Universidade do Estado da BahiaPós Graduação em Critica CulturalAlves, Arivaldo de LimaCosta, Edil SilvaRatts, Alecsandro José PrudêncioLumbwe, Mwewa2024-05-20T18:12:44Z2024-05-20T18:12:44Z2014-05-23info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfLUMBWE, Mwewa. Organização social e subsistência na Fazenda Cangula. Orientador: Arivaldo de Lima Alves. 2014. 154f. Dissertação(Mestrado em Crítica Cultural) - Departamento de Educação, Universidade do Estado da Bahia, Alagoinhas, 2014.https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5432porinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/reponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2024-05-22T03:00:22Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/5432Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2024-05-22T03:00:22Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
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