O léxico da feira livre: um estudo baseado em um corpus de fala espontânea.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Deilma Barbosa Santos
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB
Texto Completo: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5572
Resumo: A feira livre é um espaço dinâmico; justamente no cruzamento dessa diversidade que este estudo recorta seu objeto: o léxico da feira livre. Para tanto, parte do pressuposto de que o léxico, dentre os componentes do sistema linguístico, compete a responsabilidade por armazenar o conjunto das palavras de uma língua, porque ele possui o elemento que mais expressa à cultura de um povo. Assim, importa investigar as unidades lexicais, plenas de significados, manifestadas no vocabulário utilizado nas práticas linguísticas realizadas em um dado espaço. Em outras palavras, ao conhecer o léxico de uma língua, compreendemos o mundo e a forma como determinada comunidade linguística vive. Nesse contexto, esta pesquisa recorta o espaço da feira livre, especificamente, o Mercado Municipal do município de Teixeira de Freitas/Bahia. Sendo assim, esta pesquisa se justifica, não só por reconhecer a feira livre como um espaço rico em práticas linguísticas, as quais se encontram para fazer atividades em comum – comprar, vender e socializar, como também é uma oportunidade de identificar, descrever e discutir comportamentos linguísticos de uma comunidade de fala pouco explorada, portanto insuficientemente conhecida no cenário da linguística brasileira: Teixeira de Freitas – logo, o Território de Identidade do Extremo Sul da Bahia. Diante disso, esta pesquisa parte da seguinte pergunta: Quais são os itens lexicais que constituem o campo do trabalho da feira livre de Teixeira de Freitas Bahia, tendo em vista as práticas linguísticas realizadas nesse espaço de cruzamento? Dessa forma, objetiva discutir como o Modelo Cognitivo Idealizado Feira Livre (MCI Feira Livre) é estabelecido, tendo em vista os itens lexicais evocados por falantes que trabalham na feira livre de Teixeira de Freitas/BA. Para isso, busca: (i) identificar os itens lexicais e /ou possíveis neologismos em práticas linguísticas da feira livre; (ii) estabelecer os limites no MCI Feira Livre, considerando os itens lexicais levantados, levando em conta as informações advindas de seus trabalhadores – ou seja, os feirantes; e (iii) problematizar a divisão do trabalho da feira livre, tendo em vista a categoria extralinguística “gênero” e “classe social”, considerando o MCI Feira Livre. Como pressupostos teóricos, esta pesquisa reúne premissas da Sociolinguística (Alkmim 2001; Bagno, 2007; Labov, 1972 e Tarallo, 1986), Léxico (Antunes, 2012; Biderman, 1998, Oliveira, 2001; Laroca, 2003 e Basílio, 2004); a Linguística Cognitiva (destaque para a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados (Lakoff; Johnson, 1980, 1987, 2002; Miranda, 1999 e Cienki, 2007) e a feira (Maia, 2006; Dantas, 2007; Vieira, 2004; Mascarenhas, 2005; Dalenogare e Alberti, 2011; Morais e Araújo, 2006 e Pirenne, 1965); dentre outros. Como pressupostos metodológicos, assume os princípios da Linguística de Corpus (Sardinha, 2004), a orientação para a coleta de dados da Pesquisa Sociolinguística (Tarallo, 1986) e a perspectiva sobre o tratamento de dados da fala espontânea da Teoria da língua em ato (Language Into Act Theory –LacT), (Cresti, 2000; Raso, 2012 e Carmo, 2017). Utiliza a ferramenta computacional AntConc (Anthony, 2020), software selecionado para a manipulação do corpus. Considerando os dados oriundos do corpus de estudos, os resultados demonstram: (i) a presença de um MCI Feira Livre, organizador dessa comunidade linguística que conta não só com as ações, participantes, como também: (ii) unidades de medidas, definidas num contínuo da medida mais prototípica (quilo), passando pela intermediária (litro), até a menos prototípica (bestunta) – essa última, a mais usada na feira, cujo termo resulta de neologismo, constituído por projeções metafóricas; (iii) os nomes de temperos (pega marido, Ana Maria, chame chure, tempero do Guedes, tempero do chefe, chamego da cozinha, repete-prato, baiano), cujos processos de formação envolvem mais especificamente a composição vocabular, lexias complexas e extensões de sentido metonímicas; e (iv) o agentivo deverbal feirante é atravessada por fatores ligados a gênero e classe social, marcados pela presença de mulheres das classes menos prestigiadas.
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spelling O léxico da feira livre: um estudo baseado em um corpus de fala espontânea.The street market lexicon: a study based on a corpus of spontaneous speech.Modelos Cognitivos Fala espontâneaLinguística de CorpusA feira livre é um espaço dinâmico; justamente no cruzamento dessa diversidade que este estudo recorta seu objeto: o léxico da feira livre. Para tanto, parte do pressuposto de que o léxico, dentre os componentes do sistema linguístico, compete a responsabilidade por armazenar o conjunto das palavras de uma língua, porque ele possui o elemento que mais expressa à cultura de um povo. Assim, importa investigar as unidades lexicais, plenas de significados, manifestadas no vocabulário utilizado nas práticas linguísticas realizadas em um dado espaço. Em outras palavras, ao conhecer o léxico de uma língua, compreendemos o mundo e a forma como determinada comunidade linguística vive. Nesse contexto, esta pesquisa recorta o espaço da feira livre, especificamente, o Mercado Municipal do município de Teixeira de Freitas/Bahia. Sendo assim, esta pesquisa se justifica, não só por reconhecer a feira livre como um espaço rico em práticas linguísticas, as quais se encontram para fazer atividades em comum – comprar, vender e socializar, como também é uma oportunidade de identificar, descrever e discutir comportamentos linguísticos de uma comunidade de fala pouco explorada, portanto insuficientemente conhecida no cenário da linguística brasileira: Teixeira de Freitas – logo, o Território de Identidade do Extremo Sul da Bahia. Diante disso, esta pesquisa parte da seguinte pergunta: Quais são os itens lexicais que constituem o campo do trabalho da feira livre de Teixeira de Freitas Bahia, tendo em vista as práticas linguísticas realizadas nesse espaço de cruzamento? Dessa forma, objetiva discutir como o Modelo Cognitivo Idealizado Feira Livre (MCI Feira Livre) é estabelecido, tendo em vista os itens lexicais evocados por falantes que trabalham na feira livre de Teixeira de Freitas/BA. Para isso, busca: (i) identificar os itens lexicais e /ou possíveis neologismos em práticas linguísticas da feira livre; (ii) estabelecer os limites no MCI Feira Livre, considerando os itens lexicais levantados, levando em conta as informações advindas de seus trabalhadores – ou seja, os feirantes; e (iii) problematizar a divisão do trabalho da feira livre, tendo em vista a categoria extralinguística “gênero” e “classe social”, considerando o MCI Feira Livre. Como pressupostos teóricos, esta pesquisa reúne premissas da Sociolinguística (Alkmim 2001; Bagno, 2007; Labov, 1972 e Tarallo, 1986), Léxico (Antunes, 2012; Biderman, 1998, Oliveira, 2001; Laroca, 2003 e Basílio, 2004); a Linguística Cognitiva (destaque para a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados (Lakoff; Johnson, 1980, 1987, 2002; Miranda, 1999 e Cienki, 2007) e a feira (Maia, 2006; Dantas, 2007; Vieira, 2004; Mascarenhas, 2005; Dalenogare e Alberti, 2011; Morais e Araújo, 2006 e Pirenne, 1965); dentre outros. Como pressupostos metodológicos, assume os princípios da Linguística de Corpus (Sardinha, 2004), a orientação para a coleta de dados da Pesquisa Sociolinguística (Tarallo, 1986) e a perspectiva sobre o tratamento de dados da fala espontânea da Teoria da língua em ato (Language Into Act Theory –LacT), (Cresti, 2000; Raso, 2012 e Carmo, 2017). Utiliza a ferramenta computacional AntConc (Anthony, 2020), software selecionado para a manipulação do corpus. Considerando os dados oriundos do corpus de estudos, os resultados demonstram: (i) a presença de um MCI Feira Livre, organizador dessa comunidade linguística que conta não só com as ações, participantes, como também: (ii) unidades de medidas, definidas num contínuo da medida mais prototípica (quilo), passando pela intermediária (litro), até a menos prototípica (bestunta) – essa última, a mais usada na feira, cujo termo resulta de neologismo, constituído por projeções metafóricas; (iii) os nomes de temperos (pega marido, Ana Maria, chame chure, tempero do Guedes, tempero do chefe, chamego da cozinha, repete-prato, baiano), cujos processos de formação envolvem mais especificamente a composição vocabular, lexias complexas e extensões de sentido metonímicas; e (iv) o agentivo deverbal feirante é atravessada por fatores ligados a gênero e classe social, marcados pela presença de mulheres das classes menos prestigiadas.The street market is a dynamic space; It is precisely at the intersection of this diversity that this study focuses on its object: the lexicon of the street market. To this end, it is based on the assumption that the lexicon, among the components of the linguistic system, is responsible for storing all the words of a language, because it has the element that most expresses the culture of a people. Therefore, it is important to investigate the lexical units, full of meaning, manifested in the vocabulary used in linguistic practices carried out in a given space. In other words, by knowing the lexicon of a language, we understand the world and the way in which a given linguistic community lives. In this context, this research focuses on the open market space, specifically, the Municipal Market in the municipality of Teixeira de Freitas/Bahia. Therefore, this research is justified, not only because it recognizes the street market as a space rich in linguistic practices, which come together to carry out common activities – buying, selling and socializing, but it is also an opportunity to identify, describe and discuss linguistic behaviors of a speech community little explored, therefore insufficiently known in the Brazilian linguistic scenario: Teixeira de Freitas – therefore, the Identity Territory of the Far South of Bahia. Given this, this research starts from the following question: What are the lexical items that constitute the field of work at the open market in Teixeira de Freitas Bahia, taking into account the linguistic practices carried out in this crossing space? Thus, the objective is to: discuss how the Idealized Cognitive Model Feira Livre (MCI Feira Livre) is established, taking into account the lexical items evoked by speakers who work at the open market in Teixeira de Freitas/BA. To do this, it seeks to: (i) identify lexical items and/or possible neologisms in linguistic practices of the street market; (ii) establish the limits in the MCI Feira Livre, considering the lexical items raised, taking into account the information coming from its workers – that is, the stallholders; and (iii) problematize the division of labor at the open market, taking into account the extralinguistic category “gender” and “social class”, considering the MCI Feira Livre. As theoretical assumptions, this research brings together premises from Sociolinguistics (Alkmim 2001; Bagno, 2007; Labov, 1972 and Tarallo, 1986), Lexicon (Antunes, 2012; Biderman, 1998, Oliveira, 2001; Laroca, 2003 and Basílio, 2004); Cognitive Linguistics (highlighting the Theory of Idealized Cognitive Models (Lakoff; Johnson, 1980, 1987, 2002; Miranda, 1999 and Cienki, 2007) and the fair (Maia, 2006; Dantas, 2007; Vieira, 2004; Mascarenhas, 2005 ; Dalenogare and Alberti, 2011; Morais and Araújo, 2006 and Pirenne, 1965); among others. As methodological assumptions, it assumes the principles of Corpus Linguistics (Sardinha, 2004), the orientation for data collection from Sociolinguistic Research (Tarallo, 1986) and the perspective on the processing of spontaneous speech data from the Theory of Language in Act (Language Into Act Theory –LacT), (Cresti, 2000; Raso, 2012 and Carmo, 2017). It uses the computational tool AntConc (Anthony, 2020), software selected for handling the corpus. Considering the data from the corpus of studies, the results demonstrate: (i) the presence of an MCI Feira Livre, organizer of this linguistic community that counts not only on actions, participants, as well as: (ii) units of measurement, defined on a continuum from the most prototypical measurement (kilo), passing through the intermediate one (liter), to the least prototypical one (bestunta) – the latter, the most used at the fair, whose term results from a neologism , consisting of metaphorical projections; (iii) the names of seasonings (Pega Husband, Ana Maria, Chama Chure, Guedes' Seasoning, Chef's Seasoning, Chamago da Cozinha, Repete-Prato, Bahiano), whose formation processes involve more specifically the vocabulary composition, complex lexicons and metonymic extensions of meaning; and (iv) the agentive duty of the fairground is crossed by factors linked to gender and social class, marked by the presence of women from less prestigious classes.Universidade do Estado da BahiaPrograma de Pós-Graduação em LETRAS Carmo, Crysna Bomjardim da Silva.Batista, Magno SantosÁvila, Luciana Beatriz BastosSilva, Deilma Barbosa Santos2024-06-13T13:49:15Z2024-06-13T13:49:15Z2024-03-26info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfSILVA, Deilma Barbosa Santos. O léxico da feira livre: um estudo baseado em um corpus de fala espontânea. Carmo, Crysna Bomjardim da Silva. 2024. 146 fls. Mestrado. Programa de Pós-Graduação em LETRAS – PPGL. Departamento de Educação (DEDC). Universidade do Estado da Bahia, Teixeira de Freitas, Bahia, 2024.https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5572porinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/reponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2024-06-14T03:00:37Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/5572Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2024-06-14T03:00:37Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
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