Cotidiano e experiências da juventude negra: conversas com estudantes do Colégio Estadual de Bandiaçu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11896/3058 |
Resumo: | Esta dissertação propõe-se a dialogar com experiências estudantis no cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu, com o intuito de ampliar a visibilidade das mesmas, dentro e fora do espaço escolar. Ao se propor a ampliar a visibilidade da atuação estudantil, a pesquisa identifica as escolas públicas como lugares carregados de vida e experiências. A partir de narrativas estudantis sobre o cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu (CEB), foi possível problematizar as significações dadas à escola, como espaço de afetos, sociabilidades e tensões, especialmente quando são consideradas as experiências de estudantes negros. A partir desses olhares, buscamos pensar de que maneira atuar no CEB pode auxiliar na visibilidade das experiências estudantis e como a ação interventiva, guiada por plataformas digitais, contribui para que a comunidade escolar torne o ambiente educativo um espaço que assume essas experiências, como práticas e saberes importantes e de formação para toda a comunidade escolar. Nesse intento, utilizamos a categoria cotidiano, a partir da perspectiva de Michel de Certeau (1998), por seu espírito inconformista e perspicaz; ainda, na interação com a experiência, partimos das compreensões de Jorge Larrosa Bondía, pois a sua postura nos permitiu encarar nossas conversas e escrita de maneira que possamos viver e não apenas sobreviver. Quanto ao trato da juventude negra, Sílvio Almeida (2019), Conceição Evaristo (2020), Franz Fanon (2008), Nilma Lino Gomes (2018/2019) e diversas intelectuais negras foram fundamentais para a conversa com esses sujeitos, a partir de suas potencialidades. Por outro lado, as conversas entrelaçadas pelos próprios/as estudantes negros e negras do CEB, além de impulsionarem essa investigação/formação, apontaram para nuances da relação com a escola, reconfiguradas no contexto da pandemia de COVID-19. O afastamento do espaço físico possibilitou um olhar crítico e complexo sobre as experiências escolares, indicativo de necessidades que não são atendidas, ao tempo em que permitiram pensar o cotidiano em meio aos dilemas da educação, com mediação tecnológica. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa propõe uma rasura nos pressupostos da pesquisa qualitativa, ao eleger a conversa como método e dispositivo metodológico, na tentativa de seguir por vias de aberturas, não fechamentos (SAMPAIO; RIBEIRO, 2018). Além disso, por se tratar de um mestrado profissional em educação, a pesquisa apresenta, como proposta interventiva, a continuidade das conversas com o corpo estudantil do Colégio, visando à construção coletiva do Instagram do CEB, que será concebido como resultado/produto educacional. A movimentação dessa rede social terá o intuito de publicizar e encantar outras pessoas para tudo aquilo que já acontece em nossas escolas e estimular novas ações, principalmente no tocante às experiências estudantis. |
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Cotidiano e experiências da juventude negra: conversas com estudantes do Colégio Estadual de BandiaçuDaily life and experiences of black youth: conversations with students at Colégio Estadual de BandiaçuCotidiano Escolar.Experiência.Conversa.Juventude Negra.Esta dissertação propõe-se a dialogar com experiências estudantis no cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu, com o intuito de ampliar a visibilidade das mesmas, dentro e fora do espaço escolar. Ao se propor a ampliar a visibilidade da atuação estudantil, a pesquisa identifica as escolas públicas como lugares carregados de vida e experiências. A partir de narrativas estudantis sobre o cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu (CEB), foi possível problematizar as significações dadas à escola, como espaço de afetos, sociabilidades e tensões, especialmente quando são consideradas as experiências de estudantes negros. A partir desses olhares, buscamos pensar de que maneira atuar no CEB pode auxiliar na visibilidade das experiências estudantis e como a ação interventiva, guiada por plataformas digitais, contribui para que a comunidade escolar torne o ambiente educativo um espaço que assume essas experiências, como práticas e saberes importantes e de formação para toda a comunidade escolar. Nesse intento, utilizamos a categoria cotidiano, a partir da perspectiva de Michel de Certeau (1998), por seu espírito inconformista e perspicaz; ainda, na interação com a experiência, partimos das compreensões de Jorge Larrosa Bondía, pois a sua postura nos permitiu encarar nossas conversas e escrita de maneira que possamos viver e não apenas sobreviver. Quanto ao trato da juventude negra, Sílvio Almeida (2019), Conceição Evaristo (2020), Franz Fanon (2008), Nilma Lino Gomes (2018/2019) e diversas intelectuais negras foram fundamentais para a conversa com esses sujeitos, a partir de suas potencialidades. Por outro lado, as conversas entrelaçadas pelos próprios/as estudantes negros e negras do CEB, além de impulsionarem essa investigação/formação, apontaram para nuances da relação com a escola, reconfiguradas no contexto da pandemia de COVID-19. O afastamento do espaço físico possibilitou um olhar crítico e complexo sobre as experiências escolares, indicativo de necessidades que não são atendidas, ao tempo em que permitiram pensar o cotidiano em meio aos dilemas da educação, com mediação tecnológica. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa propõe uma rasura nos pressupostos da pesquisa qualitativa, ao eleger a conversa como método e dispositivo metodológico, na tentativa de seguir por vias de aberturas, não fechamentos (SAMPAIO; RIBEIRO, 2018). Além disso, por se tratar de um mestrado profissional em educação, a pesquisa apresenta, como proposta interventiva, a continuidade das conversas com o corpo estudantil do Colégio, visando à construção coletiva do Instagram do CEB, que será concebido como resultado/produto educacional. A movimentação dessa rede social terá o intuito de publicizar e encantar outras pessoas para tudo aquilo que já acontece em nossas escolas e estimular novas ações, principalmente no tocante às experiências estudantis.This dissertation proposes to dialogue with student experiences in the daily life of Colégio Estadual de Bandiaçu, with the aim of increasing their visibility inside and outside the school space. By proposing to expand the visibility of student activities, the research identifies public schools as places full of life and experiences. Based on student narratives about the daily life of the Colégio Estadual de Bandiaçu (CEB), it was possible to problematize the meanings given to the school, as a space for affection, sociability and tension, especially when considering the experiences of black students. From these perspectives, we also sought to think about how working at the CEB can help in the visibility of student experiences and how interventional action guided by digital platforms contribute to the school community making the educational environment a space that takes on these experiences, such as important practices and knowledge and training for the entire school community. In this attempt, we use the everyday category, from the perspective of Michel de Certeau (1998), for his non-conformist and insightful spirit; still, in the interaction with the experience, we start from the understandings of Jorge Larrosa Bondía, because his posture allowed us to face our conversations and writing in a way that we can live and not just survive. Regarding the treatment of black youth, Silvio Almeida (2019), Conceição Evaristo (2020), Franz Fanon (2008), Nilma Lino Gomes (2018/2019) and several black intellectuals were fundamental for the conversation with these subjects, based on their potential. On the other hand, the conversations intertwined by the black students of the CEB, in addition to boosting this investigation/training, pointed to nuances in the relationship with the school, reconfigured in the context of the COVID-19 pandemic. The move away from the physical space allowed for a critical and complex look at school experiences, indicative of needs that are not met, at the same time that they allowed us to think about everyday life amidst the dilemmas of education with technological mediation. From a methodological point of view, the research proposes an erasure in the assumptions of qualitative research, by choosing the conversation as a method and methodological device, in an attempt to follow through openings, not closings. (SAMPAIO; RIBEIRO, 2018). In addition, as it is a professional master's degree in education, the research presents as an intervention proposal the continuation of conversations with the College's student body, aiming at the collective construction of CEB's Instagram, which will be conceived as an educational product. The movement of this social network will aim to publicize and delight others about everything that already happens in our schools and encourage new actions, especially with regard to student experiences.Oliveira, Iris Verena Santos de Silva, Ana Lúcia Gomes daEugênio, Benedito GonçalvesSampaio, Carmen Diolinda da Silva SanchesSantos, Geniclécia Lima dos2022-09-01T23:07:48Z2022-09-01T23:07:48Z2022-02-21info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfSANTOS, Geniclécia Lima dos. Cotidiano e experiências da juventude negra: conversas com estudantes do Colégio Estadual de Bandiaçu. Orientadora: Iris Verena Santos de Oliveira. 2022. 112f. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Educação, Campus XIV, Universidade do Estado da Bahia, Conceição do Coité, 2022.http://hdl.handle.net/20.500.11896/3058porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2024-06-13T11:13:02Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/3058Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2024-06-13T11:13:02Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
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