ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA CÁRIE DENTÁRIA E SUA RELAÇÃO COM AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE CARATINGA-MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNEC |
Texto Completo: | http://bibliotecadigital.unec.edu.br/bdtdunec/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=200 |
Resumo: | A cárie dentária é uma doença que está presente em todas as populações, variando a sua prevalência e severidade, aumenta com a idade e pode causar grande impacto na qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias. É um problema de saúde pública e ocorre entre 50% a 99% das pessoas, na maioria das comunidades, apresentando maior gravidade nos grupos socialmente marginalizados da população. Este estudo avaliou a prevalência de cárie dentária em crianças de 12 anos de idade, no período de 1993 a 2009, e a sua associação com as condições socioeconômicas em Caratinga-MG, onde é desenvolvido um programa de atenção à saúde bucal nas escolas públicas desde 1993. Dois tipos de informações foram reunidos: Dados da prevalência de cárie (CPO-D aos 12 anos) dos levantamentos epidemiológicos de saúde bucal realizados pelo departamento odontológico municipal e os dados sobre CPO-D e condições socioeconômicas que foram coletados pela pesquisadora, nas crianças de 12 anos das escolas públicas e privadas em 2009. Utilizaram-se os critérios da OMS (1991) para o levantamento de 1993 e OMS (1997) para os demais levantamentos. A amostra foi aleatória e estratificada quanto ao gênero. Os exames foram realizados nas escolas à luz natural, sem sonda exploratória. Através da análise estatística do teste de Kruscal-Wallis e Dunns, verificou-se uma queda significante (P= lt;0.0001) no CPO-D, de 4,90 em 1993, prevalência alta, segundo os critérios da OMS, para 2,16 em 2000 e 1,06 em 2008, considerada de prevalência baixa. O CPO-D em 2009 foi 1,00 nas escolas públicas e 0,58 nas escolas privadas, a média total foi de 0,79. Não apresentando diferença significativa entre os tipos de escolas e o gênero. Quanto aos componentes do CPO-D, observou-se uma diminuição no percentual de dentes cariados, um aumento dos obturados e a ausência de dentes perdidos, no último levantamento. O percentual de crianças livres de cárie (CPO-D=0) aumentou em 44%, indicando uma boa cobertura dos serviços assistenciais. As variáveis socioeconômicas avaliadas foram: número de pessoas no domicílio, escolaridade dos pais, renda salarial e número de bens. Resultados do teste Qui-quadrado demonstraram associação inversa significante entre prevalência de cárie e renda, posse de computador, microondas e aparelho de som. A prevalência da doença foi de 48% nas escolas públicas e de 32% nas escolas privadas. Apesar de existirem desigualdades socioeconômicas significantes entre as crianças das escolas públicas e privadas, não houve diferença significativa no CPO-D. Conclui-se que a fluoretação da água de abastecimento, o uso de dentifrícios fluoretados aliados à implementação do programa educativo e preventivo desenvolvido nas escolas públicas foram capazes de reduzir as desigualdades de saúde bucal influenciadas pelas diferenças socioeconômicas. Nesse sentido, confirma-se a importância da manutenção e ampliação dessas atividades, não só para reduzir a prevalência de cárie, mas também para atenuar o impacto das desigualdades socioeconômicas sobre as condições de saúde bucal. |
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A cárie dentária é uma doença que está presente em todas as populações, variando a sua prevalência e severidade, aumenta com a idade e pode causar grande impacto na qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias. É um problema de saúde pública e ocorre entre 50% a 99% das pessoas, na maioria das comunidades, apresentando maior gravidade nos grupos socialmente marginalizados da população. Este estudo avaliou a prevalência de cárie dentária em crianças de 12 anos de idade, no período de 1993 a 2009, e a sua associação com as condições socioeconômicas em Caratinga-MG, onde é desenvolvido um programa de atenção à saúde bucal nas escolas públicas desde 1993. Dois tipos de informações foram reunidos: Dados da prevalência de cárie (CPO-D aos 12 anos) dos levantamentos epidemiológicos de saúde bucal realizados pelo departamento odontológico municipal e os dados sobre CPO-D e condições socioeconômicas que foram coletados pela pesquisadora, nas crianças de 12 anos das escolas públicas e privadas em 2009. Utilizaram-se os critérios da OMS (1991) para o levantamento de 1993 e OMS (1997) para os demais levantamentos. A amostra foi aleatória e estratificada quanto ao gênero. Os exames foram realizados nas escolas à luz natural, sem sonda exploratória. Através da análise estatística do teste de Kruscal-Wallis e Dunns, verificou-se uma queda significante (P= lt;0.0001) no CPO-D, de 4,90 em 1993, prevalência alta, segundo os critérios da OMS, para 2,16 em 2000 e 1,06 em 2008, considerada de prevalência baixa. O CPO-D em 2009 foi 1,00 nas escolas públicas e 0,58 nas escolas privadas, a média total foi de 0,79. Não apresentando diferença significativa entre os tipos de escolas e o gênero. Quanto aos componentes do CPO-D, observou-se uma diminuição no percentual de dentes cariados, um aumento dos obturados e a ausência de dentes perdidos, no último levantamento. O percentual de crianças livres de cárie (CPO-D=0) aumentou em 44%, indicando uma boa cobertura dos serviços assistenciais. As variáveis socioeconômicas avaliadas foram: número de pessoas no domicílio, escolaridade dos pais, renda salarial e número de bens. Resultados do teste Qui-quadrado demonstraram associação inversa significante entre prevalência de cárie e renda, posse de computador, microondas e aparelho de som. A prevalência da doença foi de 48% nas escolas públicas e de 32% nas escolas privadas. Apesar de existirem desigualdades socioeconômicas significantes entre as crianças das escolas públicas e privadas, não houve diferença significativa no CPO-D. Conclui-se que a fluoretação da água de abastecimento, o uso de dentifrícios fluoretados aliados à implementação do programa educativo e preventivo desenvolvido nas escolas públicas foram capazes de reduzir as desigualdades de saúde bucal influenciadas pelas diferenças socioeconômicas. Nesse sentido, confirma-se a importância da manutenção e ampliação dessas atividades, não só para reduzir a prevalência de cárie, mas também para atenuar o impacto das desigualdades socioeconômicas sobre as condições de saúde bucal. |
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