PERFIL CLÍNICO, NUTRICIONAL E DIETÉTICO DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andreza de Paula Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNEC
Texto Completo: http://bibliotecadigital.unec.edu.br/bdtdunec/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=158
Resumo: Pacientes portadores de insuficiência renal crônica apresentam deficiências nutricionais. A desnutrição é um dos fatores múltiplos, entre eles, a ingestão de alimentos é reduzido. O presente trabalho teve por objetivo: Avaliar perfil clínico, nutricional e alimentar de pacientes portadores de insuficiência renal crônica em hemodiálise (HD). Foram avaliados 140 pacientes, considerando como critério de exclusão, os portadores de doença crônica consuptiva. Para análise do consumo alimentar foram realizados três recordatório de 24 horas referente ao dia de final de semana, o dia sem HD e ao dia de HD. Foram medidas a altura (m), massa corporal (kg), peso seco (kg), sendo calculado o índice de massa corporal (IMC). Dados sobre o gênero, idade, tempo de diálise, ganho de peso interdialítico e Avaliação Subjetiva Global (SGA) foram avaliados via questionário. Foram analisados níveis sanguíneos de albumina, fósforo, potássio, cálcio. Os valores médios, intervalo de confiança da média foram determinados ao nível de 5% de probabilidade, registrados os valores mínimos e máximos bem como foi calculado o coeficiente de variação. Para a variável albumina procedeu-se análise de variância considerando os fatores classificação do índice de massa corporal e para o fator avaliação subjetiva global ambos realizados ao nível de 5% de probabilidade seguidos ou não do teste de Tukey (plt;0,05) em função da significância do fator considerado. A idade media foi 55,7±14,22 anos e o tempo médio de diálise 5,09±4,32 anos, a média do IMC se situou dentro da faixa de normalidade, mesmo que apresente valores extremos de 13,8 a 51,3 kg m-2 também observa-se que a média de ganho de peso interdialítico (GPID) foi de 2,76 ± 1,04 kg, caracterizando um ganho de peso adequado. Nota-se que as médias dos níveis de albumina, fósforo, potássio e cálcio encontravam-se dentro dos limites da normalidade segundo. Considerando a avaliação subjetiva global (SGA). e o índice de massa corporal (IMC) observa-se nesse estudo que a SGA discrimina com maior precisão os desnutridos do que o IMC, apresentando mais sensibilidade à desnutrição nesta população enquanto IMC apresenta mais especificidade para avaliação do estado nutricional .Nota-se também que não houve diferença entre as médias dos níveis de albumina sérica em diferentes estágios de estado nutricional definidos em função do IMC. O consumo alimentar médio dos macronutrientes e micronutrientes no final de semana foi significativamente maior em comparação com os demais recordatórios aplicados, com exceção da vitamina B1 (1,02±0,82 mg). Embora o xiii consumo médio de macro e micronutrientes no final de semana seja maior identifica-se que estes não atingem os valores preconizados para esta população em estudo. Observou-se uma relação significativa e negativa entre as variáveis tem po de diálise (anos) e massa seca e tempo de diálise x IMC. Em relação ao fósforo sérico observa-se correlação significativa e positiva com as variáveis cálcio sérico, vitamina B2 e Cálcio alimentar para ambos os gêneros. A relação entre fósforo sérico e vitamina D foi significativa apenas para o gênero masculino e a relação entre fósforo sérico e cálcio alimentar foi positivo apenas para o gênero feminino. Outra correlação positiva e significativa que pode ser observada é da albumina e o cálcio para homens. Assim conclui-se que a população em estudo não atingiu a ingesta de nutrientes recomendada pela literatura. E a avaliação subjetiva global (SGA) é mais sensível para discriminar desnutrição que IMC. E ainda que a variável cálcio sérico mantém uma relação direta com a albumina podendo ser útil para avaliação nutricional principalmente no aspecto de desnutrição. Portanto apesar do grande desenvolvimento de técnicas e otimização dos procedimentos em HD, não existe dúvida de que o sucesso da terapia dialítica é essencialmente dependente de uma nutrição adequada. As necessidades nutricionais de pacientes em HD são especiais e necessitam de uma avaliação nutricional individualizada, considerando os exames atuais e os sintomas clínicos e físicos.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPERFIL CLÍNICO, NUTRICIONAL E DIETÉTICO DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE2008-08-18Antônio José Dias Vieira381.022.002-78http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4728404A6Marcos Alves Magalhães125.422.705-97http://lattes.cnpq.br/6486699845017366051.881.526-90http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4291852E3Andreza de Paula SantosCentro Universitário de CaratingaMestrado Profissional em Meio Ambiente e SustentabilidadeUNECBRpacientes insuficiência renal crônica hemodiálise estado nutricionalExatas e da TerraPacientes portadores de insuficiência renal crônica apresentam deficiências nutricionais. A desnutrição é um dos fatores múltiplos, entre eles, a ingestão de alimentos é reduzido. O presente trabalho teve por objetivo: Avaliar perfil clínico, nutricional e alimentar de pacientes portadores de insuficiência renal crônica em hemodiálise (HD). Foram avaliados 140 pacientes, considerando como critério de exclusão, os portadores de doença crônica consuptiva. Para análise do consumo alimentar foram realizados três recordatório de 24 horas referente ao dia de final de semana, o dia sem HD e ao dia de HD. Foram medidas a altura (m), massa corporal (kg), peso seco (kg), sendo calculado o índice de massa corporal (IMC). Dados sobre o gênero, idade, tempo de diálise, ganho de peso interdialítico e Avaliação Subjetiva Global (SGA) foram avaliados via questionário. Foram analisados níveis sanguíneos de albumina, fósforo, potássio, cálcio. Os valores médios, intervalo de confiança da média foram determinados ao nível de 5% de probabilidade, registrados os valores mínimos e máximos bem como foi calculado o coeficiente de variação. Para a variável albumina procedeu-se análise de variância considerando os fatores classificação do índice de massa corporal e para o fator avaliação subjetiva global ambos realizados ao nível de 5% de probabilidade seguidos ou não do teste de Tukey (plt;0,05) em função da significância do fator considerado. A idade media foi 55,7±14,22 anos e o tempo médio de diálise 5,09±4,32 anos, a média do IMC se situou dentro da faixa de normalidade, mesmo que apresente valores extremos de 13,8 a 51,3 kg m-2 também observa-se que a média de ganho de peso interdialítico (GPID) foi de 2,76 ± 1,04 kg, caracterizando um ganho de peso adequado. Nota-se que as médias dos níveis de albumina, fósforo, potássio e cálcio encontravam-se dentro dos limites da normalidade segundo. Considerando a avaliação subjetiva global (SGA). e o índice de massa corporal (IMC) observa-se nesse estudo que a SGA discrimina com maior precisão os desnutridos do que o IMC, apresentando mais sensibilidade à desnutrição nesta população enquanto IMC apresenta mais especificidade para avaliação do estado nutricional .Nota-se também que não houve diferença entre as médias dos níveis de albumina sérica em diferentes estágios de estado nutricional definidos em função do IMC. O consumo alimentar médio dos macronutrientes e micronutrientes no final de semana foi significativamente maior em comparação com os demais recordatórios aplicados, com exceção da vitamina B1 (1,02±0,82 mg). Embora o xiii consumo médio de macro e micronutrientes no final de semana seja maior identifica-se que estes não atingem os valores preconizados para esta população em estudo. Observou-se uma relação significativa e negativa entre as variáveis tem po de diálise (anos) e massa seca e tempo de diálise x IMC. 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Portanto apesar do grande desenvolvimento de técnicas e otimização dos procedimentos em HD, não existe dúvida de que o sucesso da terapia dialítica é essencialmente dependente de uma nutrição adequada. As necessidades nutricionais de pacientes em HD são especiais e necessitam de uma avaliação nutricional individualizada, considerando os exames atuais e os sintomas clínicos e físicos.http://bibliotecadigital.unec.edu.br/bdtdunec/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=158info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNECinstname:Centro Universitário de Caratingainstacron:UNEC2018-12-19T14:10:05Zmail@mail.com -
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description Pacientes portadores de insuficiência renal crônica apresentam deficiências nutricionais. A desnutrição é um dos fatores múltiplos, entre eles, a ingestão de alimentos é reduzido. O presente trabalho teve por objetivo: Avaliar perfil clínico, nutricional e alimentar de pacientes portadores de insuficiência renal crônica em hemodiálise (HD). Foram avaliados 140 pacientes, considerando como critério de exclusão, os portadores de doença crônica consuptiva. Para análise do consumo alimentar foram realizados três recordatório de 24 horas referente ao dia de final de semana, o dia sem HD e ao dia de HD. Foram medidas a altura (m), massa corporal (kg), peso seco (kg), sendo calculado o índice de massa corporal (IMC). Dados sobre o gênero, idade, tempo de diálise, ganho de peso interdialítico e Avaliação Subjetiva Global (SGA) foram avaliados via questionário. Foram analisados níveis sanguíneos de albumina, fósforo, potássio, cálcio. Os valores médios, intervalo de confiança da média foram determinados ao nível de 5% de probabilidade, registrados os valores mínimos e máximos bem como foi calculado o coeficiente de variação. Para a variável albumina procedeu-se análise de variância considerando os fatores classificação do índice de massa corporal e para o fator avaliação subjetiva global ambos realizados ao nível de 5% de probabilidade seguidos ou não do teste de Tukey (plt;0,05) em função da significância do fator considerado. A idade media foi 55,7±14,22 anos e o tempo médio de diálise 5,09±4,32 anos, a média do IMC se situou dentro da faixa de normalidade, mesmo que apresente valores extremos de 13,8 a 51,3 kg m-2 também observa-se que a média de ganho de peso interdialítico (GPID) foi de 2,76 ± 1,04 kg, caracterizando um ganho de peso adequado. Nota-se que as médias dos níveis de albumina, fósforo, potássio e cálcio encontravam-se dentro dos limites da normalidade segundo. Considerando a avaliação subjetiva global (SGA). e o índice de massa corporal (IMC) observa-se nesse estudo que a SGA discrimina com maior precisão os desnutridos do que o IMC, apresentando mais sensibilidade à desnutrição nesta população enquanto IMC apresenta mais especificidade para avaliação do estado nutricional .Nota-se também que não houve diferença entre as médias dos níveis de albumina sérica em diferentes estágios de estado nutricional definidos em função do IMC. O consumo alimentar médio dos macronutrientes e micronutrientes no final de semana foi significativamente maior em comparação com os demais recordatórios aplicados, com exceção da vitamina B1 (1,02±0,82 mg). Embora o xiii consumo médio de macro e micronutrientes no final de semana seja maior identifica-se que estes não atingem os valores preconizados para esta população em estudo. Observou-se uma relação significativa e negativa entre as variáveis tem po de diálise (anos) e massa seca e tempo de diálise x IMC. Em relação ao fósforo sérico observa-se correlação significativa e positiva com as variáveis cálcio sérico, vitamina B2 e Cálcio alimentar para ambos os gêneros. A relação entre fósforo sérico e vitamina D foi significativa apenas para o gênero masculino e a relação entre fósforo sérico e cálcio alimentar foi positivo apenas para o gênero feminino. Outra correlação positiva e significativa que pode ser observada é da albumina e o cálcio para homens. Assim conclui-se que a população em estudo não atingiu a ingesta de nutrientes recomendada pela literatura. E a avaliação subjetiva global (SGA) é mais sensível para discriminar desnutrição que IMC. E ainda que a variável cálcio sérico mantém uma relação direta com a albumina podendo ser útil para avaliação nutricional principalmente no aspecto de desnutrição. Portanto apesar do grande desenvolvimento de técnicas e otimização dos procedimentos em HD, não existe dúvida de que o sucesso da terapia dialítica é essencialmente dependente de uma nutrição adequada. As necessidades nutricionais de pacientes em HD são especiais e necessitam de uma avaliação nutricional individualizada, considerando os exames atuais e os sintomas clínicos e físicos.
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