A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martignago, Mireli
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESC
Texto Completo: http://repositorio.unesc.net/handle/1/3993
Resumo: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
id UNESC-1_1b79b83962f680ad8687b505f7a1f206
oai_identifier_str oai:repositorio.unesc.net:1/3993
network_acronym_str UNESC-1
network_name_str Repositório Institucional da UNESC
spelling Martignago, MireliMarques, Birgit HarterUniversidade do Extremo Sul Catarinense2016-08-24T00:29:29Z2016-08-24T00:29:29Z2015http://repositorio.unesc.net/handle/1/3993Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.As culturas e os saberes tradicionais vêm contribuindo para a manutenção e conservação de conhecimentos, que são passados de geração para geração, como a cultura da produção de uva, trazida ao Brasil pelos imigrantes, principalmente italianos. Mesmo tendo como base a produção artesanal, os produtores vêm buscando novas tecnologias aplicadas ao cultivo da videira e sistemas de produção, devido às exigências de mercado. Este trabalho teve como objetivo identificar a influência de diferentes tratamentos de polinização na produção da biomassa de uva e analisar a percepção dos produtores sobre o processo da formação de uva na comunidade de Palermo no município de Lauro Müller, SC. O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, verificou-se a biologia floral e o sistema reprodutivo das flores de Vitis labrusco L., em duas áreas amostrais com parreiras da videira Bordô. O período da floração e a biologia floral foram observados em 50 flores. Para o sistema reprodutivo foram marcadas cinco plantas e os testes foram realizados em dez inflorescências do tipo tirso por planta e quatro flores por tirso, totalizando uma amostragem de 200 flores para cada tratamento. Foram realizados testes de polinização manual cruzada entre flores das duas áreas, autopolinização manual, polinização espontânea e polinização por de abelhas da espécie Apis mellifera L.. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas sobre o processo de produção da uva com cinco viticultores, que atuam na atividade há mais de dez anos na comunidade de Palermo. O conteúdo das entrevistas foi relacionado com dados da literatura e com os dados obtidos em campo. Foram percebidas algumas controversas entre os produtores e a literatura em relação ao tipo de videira, pois os entrevistados afirmam que cultivam a “tarci” e que há diferença entre a mesma e a “bordô”, sendo na literatura não constam diferenças. Foi constatado, ainda, que as condições climáticas, como o vento, o sol e a chuva, são determinantes na produção, e que a falta de variabilidade genética tem favorecido o aparecimento de novas doenças fúngicas. Em relação ao sistema reprodutivo não foram encontradas diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos de polinização realizados. A pesquisa revelou que as flores de videira se autopolinizam, confirmando o que a maioria dos produtores relata sobre a ausência das abelhas nas flores, se fazendo presente somente na época de maturação dos frutos.Cultivo da uvaViticultores – Lauro Müller, SCBiologia floralPolinizaçãoA viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UNESCinstname:Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc)instacron:UNESCinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTMireli Martignago.pdf.txtMireli Martignago.pdf.txtExtracted texttext/plain121206http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/3/Mireli%20Martignago.pdf.txtd6f19d2fc522a2a2822504d8c839aa14MD53THUMBNAILMireli Martignago.pdf.jpgMireli Martignago.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1390http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/4/Mireli%20Martignago.pdf.jpgc60f17dba8877c730d3317746c33ab34MD54ORIGINALMireli Martignago.pdfMireli Martignago.pdfDissertaçãoapplication/pdf1080342http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/1/Mireli%20Martignago.pdf78fd47be11e86143adf3770f6ba583b6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD521/39932016-08-23 21:29:29.39Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório de Publicaçõeshttp://repositorio.unesc.net/
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
title A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
spellingShingle A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
Martignago, Mireli
Cultivo da uva
Viticultores – Lauro Müller, SC
Biologia floral
Polinização
title_short A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
title_full A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
title_fullStr A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
title_full_unstemmed A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
title_sort A viticultura no extremo Sul de Santa Catarina : conhecimento científico versus popular
author Martignago, Mireli
author_facet Martignago, Mireli
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martignago, Mireli
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marques, Birgit Harter
contributor_str_mv Marques, Birgit Harter
dc.subject.por.fl_str_mv Cultivo da uva
Viticultores – Lauro Müller, SC
Biologia floral
Polinização
topic Cultivo da uva
Viticultores – Lauro Müller, SC
Biologia floral
Polinização
dc.description.pt_BR.fl_txt_mv Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv As culturas e os saberes tradicionais vêm contribuindo para a manutenção e conservação de conhecimentos, que são passados de geração para geração, como a cultura da produção de uva, trazida ao Brasil pelos imigrantes, principalmente italianos. Mesmo tendo como base a produção artesanal, os produtores vêm buscando novas tecnologias aplicadas ao cultivo da videira e sistemas de produção, devido às exigências de mercado. Este trabalho teve como objetivo identificar a influência de diferentes tratamentos de polinização na produção da biomassa de uva e analisar a percepção dos produtores sobre o processo da formação de uva na comunidade de Palermo no município de Lauro Müller, SC. O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, verificou-se a biologia floral e o sistema reprodutivo das flores de Vitis labrusco L., em duas áreas amostrais com parreiras da videira Bordô. O período da floração e a biologia floral foram observados em 50 flores. Para o sistema reprodutivo foram marcadas cinco plantas e os testes foram realizados em dez inflorescências do tipo tirso por planta e quatro flores por tirso, totalizando uma amostragem de 200 flores para cada tratamento. Foram realizados testes de polinização manual cruzada entre flores das duas áreas, autopolinização manual, polinização espontânea e polinização por de abelhas da espécie Apis mellifera L.. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas sobre o processo de produção da uva com cinco viticultores, que atuam na atividade há mais de dez anos na comunidade de Palermo. O conteúdo das entrevistas foi relacionado com dados da literatura e com os dados obtidos em campo. Foram percebidas algumas controversas entre os produtores e a literatura em relação ao tipo de videira, pois os entrevistados afirmam que cultivam a “tarci” e que há diferença entre a mesma e a “bordô”, sendo na literatura não constam diferenças. Foi constatado, ainda, que as condições climáticas, como o vento, o sol e a chuva, são determinantes na produção, e que a falta de variabilidade genética tem favorecido o aparecimento de novas doenças fúngicas. Em relação ao sistema reprodutivo não foram encontradas diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos de polinização realizados. A pesquisa revelou que as flores de videira se autopolinizam, confirmando o que a maioria dos produtores relata sobre a ausência das abelhas nas flores, se fazendo presente somente na época de maturação dos frutos.
description Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais.
publishDate 2015
dc.date.created.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-08-24T00:29:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-08-24T00:29:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unesc.net/handle/1/3993
url http://repositorio.unesc.net/handle/1/3993
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv Universidade do Extremo Sul Catarinense
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESC
instname:Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc)
instacron:UNESC
instname_str Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc)
instacron_str UNESC
institution UNESC
reponame_str Repositório Institucional da UNESC
collection Repositório Institucional da UNESC
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/3/Mireli%20Martignago.pdf.txt
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/4/Mireli%20Martignago.pdf.jpg
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/1/Mireli%20Martignago.pdf
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3993/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d6f19d2fc522a2a2822504d8c839aa14
c60f17dba8877c730d3317746c33ab34
78fd47be11e86143adf3770f6ba583b6
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1725763259267547136