O Cosmopolitismo pacifista da Bele Époque: uma utopia liberal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/62063 |
Resumo: | (primeiro parágrafo do artigo)Em um de seus artigos, Antonio Cândido de Mello e Souza lembrou que somente em torno da década de 1930 é que se desenvolveu no país a consciência da nação subdesenvolvida, a idéia do atraso econômico e da marginalização social. Seria interessante refletir sobre o porque desse retardamento das avaliações a respeito da verdadeira condição do país no confronto com o chamado mundo desenvolvido. O mesmo autor demonstra a incidência durante praticamente todo o período colonial das fantasias paradisíacas com que os europeus projetavam suas ansiedades e incertezas milenares sobre o Novo Mundo e que já foram matéria de pesquisas minuciosas por estudiosos desse período. A essa visão idílica da terra, os românticos brasileiros vieram somar, logo após a Independência, as imagens da natureza luxuriante, do impulso inato à liberdade e ao heroismo pilesentes no sangue indígena e da emotividade exacerbada pela inspiração das belezas naturais. Otimismo liberal e individualista próprio de uma concepção de mundo híbrida da crença mercantilista da prodigalidade da natureza como a fonte da riqueza e do novo culto à plena liberdade de iniciativas, origem e fim de toda harmonia social, segundo a cartilha de Adam Smith. |
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O Cosmopolitismo pacifista da Bele Époque: uma utopia liberalBele ÉpoqueCosmopolitismoUtopia Liberal(primeiro parágrafo do artigo)Em um de seus artigos, Antonio Cândido de Mello e Souza lembrou que somente em torno da década de 1930 é que se desenvolveu no país a consciência da nação subdesenvolvida, a idéia do atraso econômico e da marginalização social. Seria interessante refletir sobre o porque desse retardamento das avaliações a respeito da verdadeira condição do país no confronto com o chamado mundo desenvolvido. O mesmo autor demonstra a incidência durante praticamente todo o período colonial das fantasias paradisíacas com que os europeus projetavam suas ansiedades e incertezas milenares sobre o Novo Mundo e que já foram matéria de pesquisas minuciosas por estudiosos desse período. A essa visão idílica da terra, os românticos brasileiros vieram somar, logo após a Independência, as imagens da natureza luxuriante, do impulso inato à liberdade e ao heroismo pilesentes no sangue indígena e da emotividade exacerbada pela inspiração das belezas naturais. Otimismo liberal e individualista próprio de uma concepção de mundo híbrida da crença mercantilista da prodigalidade da natureza como a fonte da riqueza e do novo culto à plena liberdade de iniciativas, origem e fim de toda harmonia social, segundo a cartilha de Adam Smith.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas1983-06-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/6206310.11606/issn.2316-9141.v0i114p85-94Revista de História; n. 114 (1983); 85-94Revista de História; No. 114 (1983); 85-94Revista de História; Núm. 114 (1983); 85-942316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/62063/64899Copyright (c) 1983 Revista de Históriainfo:eu-repo/semantics/openAccessSevcenko, Nicolau2013-11-21T18:04:58Zoai:revistas.usp.br:article/62063Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2013-11-21T18:04:58Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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