A linguagem e o significado de um lugar na América Latina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Robinson, David J.
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de História (São Paulo)
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v0i121p67-110
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18608
Resumo: Estuda a importância cultural do conceito de lugar e sua diversificação ao longo da história. Desde o período pré-conquista, entre aztecas e incas, entre os quais lugar era indicativo de parentesco, de um conjunto de relações sociais cora uma conotação geográfica. Nas sociedades andinas as duas partes inferior e superior do espaço social indicavam atividades complementares. Os cais designados como capellas eram santuários, correspondendo a rituais de fertilidade e colheita. A representação cartográfica dos Maias evidenciava a imagem quadripartida do universo andino (p. 79). A conquista espanhola modificaria sensivelmente os critérios de espaço; missões, pueblos, reduciones passariam a designar uma hierarquia de poderes. O autor chama atenção para a diversidade dos critérios de designação de lugar no correr da história (p. 84) da construção do Estado nacional, com as conotações locais, regionais, federalistas, centralizadoras (p. 88-93). Na época pós-moderna, por sua vez, a emergência de novos localismos de resistência contra o planejamento burocrático, com novas escalas de valores (o periférico e o metropolitano), e, finalmente, uma nova geografia do insólito a partir do turismo contemporâneo (p. 99).
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