A lei de terras (1850) e a abolição da escravidão: capitalismo e força de trabalho no Brasil do século XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gadelha, Regina Maria d'Aquino Fonseca
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de História (São Paulo)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18599
Resumo: O artigo estuda dentro de uma perspectiva marxista (Chico de Oliveira, Meillassoux, etc), o processo tardio de mercantilização da terra como parte do projeto elitista de transição para o trabalho livre. Os marcos do desenvolvimento capitalista foram a abolição do tráfico e a lei de terras em 1850 através dos quais foram feitas tentativas para reter nas terras com vínculos de trabalho os libertos, impedindo sua dispersão pelo território nacional e o acesso a pequena propriedade. A concentração das propriedades e o sistema da "plantation" exigiam a manutenção de uma mão-de-obra barata e dependente. A elite cafeeira controlou a política de terras até as vésperas da abolição, quando a imigração estrangeira coincidiu com o encarecimento abruto das terras, que continuaram como monopólio dos grandes proprietários, de modo a facilitar uma mão-de-obra barato e dependente.
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