Origens da antropologia da grécia antiga: Lévi-Strauss, Vernant e duas viagens de 1935
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19135 |
Resumo: | A comunicação inspira-se em considerações de Michel de Certeau que caracterizam a operação historiográfica como a "enigmática relação" que o historiador estabelece com a "sociedade presente e com a morte" pela "mediação de atividades técnicas". Ao tornar visível, no presente, aquilo que não é mais, o passado, a historiografia torna-se inscrição paradoxal da ausência no aqui e agora do texto histórico. Inspira-se igualmente em tese de Jean-Pierre Vernant sobre a complementaridade, na Grécia arcaica, entre memorial funerário e canto épico; ambos operavam como formas de aculturação da morte. No jogo de estranhamento e afinidade entre os helenos antigos e nós, apresentam-se problemas, de ordem epistemológica e antropológica, que envolvem, em certos debates historiográficos contemporâneos, o estatuto do passado, a ideia do texto histórico como representação, a difícil conquista de uma consciência de historicidade e as tensas relações entre mito, memória e história no âmbito da tradição ocidental |
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Origens da antropologia da grécia antiga: Lévi-Strauss, Vernant e duas viagens de 1935 A comunicação inspira-se em considerações de Michel de Certeau que caracterizam a operação historiográfica como a "enigmática relação" que o historiador estabelece com a "sociedade presente e com a morte" pela "mediação de atividades técnicas". Ao tornar visível, no presente, aquilo que não é mais, o passado, a historiografia torna-se inscrição paradoxal da ausência no aqui e agora do texto histórico. Inspira-se igualmente em tese de Jean-Pierre Vernant sobre a complementaridade, na Grécia arcaica, entre memorial funerário e canto épico; ambos operavam como formas de aculturação da morte. No jogo de estranhamento e afinidade entre os helenos antigos e nós, apresentam-se problemas, de ordem epistemológica e antropológica, que envolvem, em certos debates historiográficos contemporâneos, o estatuto do passado, a ideia do texto histórico como representação, a difícil conquista de uma consciência de historicidade e as tensas relações entre mito, memória e história no âmbito da tradição ocidental Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2010-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/1913510.11606/issn.2316-9141.v0ispep39-50Revista de História; 2010: Número Especial; 39-50Revista de História; 2010: Special Issue; 39-50Revista de História; 2010: Numero Especial; 39-502316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19135/21198Copyright (c) 2010 Revista de Históriainfo:eu-repo/semantics/openAccessGuimarães, José Otávio Nogueira2015-11-23T23:03:56Zoai:revistas.usp.br:article/19135Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2015-11-23T23:03:56Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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