Efeito sobre a morfologia do esmalte dental e análise físico-química de medicamentos utilizados por pacientes pediátricos com paralisia cerebral
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Odontologia da UNESP |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25772016000400201 |
Resumo: | Resumo Introdução Muitos medicamentos pediátricos líquidos são considerados fatores de risco para a estrutura dentária. Esse potencial pode aumentar quando ingeridos de forma crônica, como é o caso do tratamento de algumas condições, tal como a paralisia cerebral. Objetivo Avaliar o efeito sobre a morfologia do esmalte dental e as propriedades físico-químicas de medicamentos de uso contínuo indicados a pacientes infantis com Paralisia Cerebral. Material e método A amostra foi constituída por quatro medicamentos: Fenobarbital (M1), Carbamazepina (M2), Oxcarbazepina (M3) e Domperidona (M4), todos em suspensão oral. Analisaram-se o pH, o teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) e a viscosidade dos medicamentos. Todos os testes foram realizados em duplicata. Para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV), 15 blocos de esmalte bovino foram distribuídos aleatoriamente e imersos em oxcarbamazepina (n=5), carbamazepina (n=5) e saliva artificial (n=5). Os ciclos de imersão foram feitos por seis dias, durante cinco minutos, duas vezes ao dia, com intervalos de 12 horas, quando ficavam mantidos em saliva artificial. O grupo controle permaneceu em saliva artificial. Os dados foram analisados descritivamente. Resultado Em relação ao pH endógeno, os valores variaram de 2,82 (M3) a 9,60(M1). Para o SST, as médias de maior e menor valor foram, respectivamente, de 20,5% (M3) e 46% (M1). A viscosidade variou de 6,89 mm2/s (M1) a 58 mm2/s (M3). Em MEV, observaram-se alterações sugestivas de perda de estrutura no esmalte dental em oxcarbamazepina e carbamazepina, proveniente da ação dos medicamentos analisados. Conclusão Concluiu-se que os medicamentos líquidos pediátricos analisados, indicados a pacientes com paralisia cerebral, apresentam potencial cariogênico e erosivo, destacando-se a Oxcarbazepina. |
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Efeito sobre a morfologia do esmalte dental e análise físico-química de medicamentos utilizados por pacientes pediátricos com paralisia cerebralParalisia cerebraluso de medicamentoserosão dentáriacárie dentáriaResumo Introdução Muitos medicamentos pediátricos líquidos são considerados fatores de risco para a estrutura dentária. Esse potencial pode aumentar quando ingeridos de forma crônica, como é o caso do tratamento de algumas condições, tal como a paralisia cerebral. Objetivo Avaliar o efeito sobre a morfologia do esmalte dental e as propriedades físico-químicas de medicamentos de uso contínuo indicados a pacientes infantis com Paralisia Cerebral. Material e método A amostra foi constituída por quatro medicamentos: Fenobarbital (M1), Carbamazepina (M2), Oxcarbazepina (M3) e Domperidona (M4), todos em suspensão oral. Analisaram-se o pH, o teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) e a viscosidade dos medicamentos. Todos os testes foram realizados em duplicata. Para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV), 15 blocos de esmalte bovino foram distribuídos aleatoriamente e imersos em oxcarbamazepina (n=5), carbamazepina (n=5) e saliva artificial (n=5). Os ciclos de imersão foram feitos por seis dias, durante cinco minutos, duas vezes ao dia, com intervalos de 12 horas, quando ficavam mantidos em saliva artificial. O grupo controle permaneceu em saliva artificial. Os dados foram analisados descritivamente. Resultado Em relação ao pH endógeno, os valores variaram de 2,82 (M3) a 9,60(M1). Para o SST, as médias de maior e menor valor foram, respectivamente, de 20,5% (M3) e 46% (M1). A viscosidade variou de 6,89 mm2/s (M1) a 58 mm2/s (M3). Em MEV, observaram-se alterações sugestivas de perda de estrutura no esmalte dental em oxcarbamazepina e carbamazepina, proveniente da ação dos medicamentos analisados. Conclusão Concluiu-se que os medicamentos líquidos pediátricos analisados, indicados a pacientes com paralisia cerebral, apresentam potencial cariogênico e erosivo, destacando-se a Oxcarbazepina.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho2016-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25772016000400201Revista de Odontologia da UNESP v.45 n.4 2016reponame:Revista de Odontologia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP10.1590/1807-2577.27415info:eu-repo/semantics/openAccessALVES,Vanessa FeitosaCARDOSO,Andreia Medeiros RodriguesCAVALCANTI,Yuri WanderleyPADILHA,Wilton Wilney Nascimentopor2016-09-09T00:00:00Zoai:scielo:S1807-25772016000400201Revistahttps://www.revodontolunesp.com.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||adriana@foar.unesp.br1807-25770101-1774opendoar:2016-09-09T00:00Revista de Odontologia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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