A forma lógica da linguagem religiosa e ética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Filosofia da UNESP |
Texto Completo: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6692 |
Resumo: | Este artigo procura avançar rumo a um conceito mais satisfatório da forma lógica de expressões verbais de valores morais e crenças religiosas. Com este propósito, a noção de Satzsystem de Wittgenstein é associada a avanços posteriores na teoria da mensuração. No conceito do Satzsystem, uma proposição elementar isolada não tem uma forma lógica. Em vez disso, ela pertence a um sistema que apresenta a forma, e a forma do sistema é determinada pelos tipos de escalas de medição que definem cada uma de suas dimensões. Em outras palavras, a forma lógica é entendida holisticamente em termos do sistema de proposições dado, e não atomisticamente em termos de uma proposição elementar isolada. Considerando que a linguagem religiosa absoluta e a linguagem ética absoluta não contam com nenhum conteúdo fatual, elas correspondem a um tipo de escala de medida que não transmite informação alguma. Defendo que uma escala dessas, de fato, tem seu lugar na teoria da mensuração, como caso-limite da escala, análoga ao zero em meio aos números cardinais. Em outras palavras, um Satzsystem religioso ou ético teria no mínimo uma dimensão, definida por uma escala de caso-limite. Há indícios de um conceito desses na forma lógica da linguagem religiosa/ética de Wittgenstein, evidentemente atento aos diversos tipos de escala. Entretanto, sugiro que as contribuições de S. S. Stevens para a teoria da mensuração também são necessárias para o desenvolvimento da ideia com mais plenitude. |
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