O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Filosofia da UNESP |
Texto Completo: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6890 |
Resumo: | Em 1985, Alan Musgrave levantou uma séria objeção contra a possibilidade, por parte de um empirista construtivo, de traçar de maneira coerente a distinção – crucial para ele – entre observáveis e inobserváveis. Em sua sucinta resposta, no mesmo ano, Bas van Fraassen afirmou que o argumento de Musgrave funciona somente no interior da chamada ‘abordagem sintática’ das teorias, porém perde sua força no contexto da ‘visão semântica’. Mas isso não é suficiente, segundo F. A. Muller, que publicou dois artigos (2004 e 2005) com o objetivo de estender a política epistêmica do empirismo construtivo. Para tanto, Muller propôs uma caracterização rigorosa da observabilidade, que só pode ser realizada utilizando a lógica modal. O resultado foi uma nova política epistêmica (mais ampla) para o empirismo construtivo, que o próprio van Fraassen aparentemente endossou (cf. Muller & van Fraassen 2008). Neste artigo será mostrado que, todavia, a política epistêmica emendada de Muller é supérflua. Ademais, e sobretudo, o argumento de Musgrave parece, na verdade, ser um pseudoproblema. |
id |
UNESP-19_801ffa26835971f1db2d8f158ac006bb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/6890 |
network_acronym_str |
UNESP-19 |
network_name_str |
Revista de Filosofia da UNESP |
spelling |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema?Em 1985, Alan Musgrave levantou uma séria objeção contra a possibilidade, por parte de um empirista construtivo, de traçar de maneira coerente a distinção – crucial para ele – entre observáveis e inobserváveis. Em sua sucinta resposta, no mesmo ano, Bas van Fraassen afirmou que o argumento de Musgrave funciona somente no interior da chamada ‘abordagem sintática’ das teorias, porém perde sua força no contexto da ‘visão semântica’. Mas isso não é suficiente, segundo F. A. Muller, que publicou dois artigos (2004 e 2005) com o objetivo de estender a política epistêmica do empirismo construtivo. Para tanto, Muller propôs uma caracterização rigorosa da observabilidade, que só pode ser realizada utilizando a lógica modal. O resultado foi uma nova política epistêmica (mais ampla) para o empirismo construtivo, que o próprio van Fraassen aparentemente endossou (cf. Muller & van Fraassen 2008). Neste artigo será mostrado que, todavia, a política epistêmica emendada de Muller é supérflua. Ademais, e sobretudo, o argumento de Musgrave parece, na verdade, ser um pseudoproblema.TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2018-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/689010.1590/0101-3173.2018.v41n4.10.p177TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 41 No 4 (2018); 177-204TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 41 n. 4 (2018); 177-2040101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6890/5384Gava, Alessioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-04T10:42:43Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/6890Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:44.585Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
title |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
spellingShingle |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? Gava, Alessio |
title_short |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
title_full |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
title_fullStr |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
title_full_unstemmed |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
title_sort |
O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema? |
author |
Gava, Alessio |
author_facet |
Gava, Alessio |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gava, Alessio |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Em 1985, Alan Musgrave levantou uma séria objeção contra a possibilidade, por parte de um empirista construtivo, de traçar de maneira coerente a distinção – crucial para ele – entre observáveis e inobserváveis. Em sua sucinta resposta, no mesmo ano, Bas van Fraassen afirmou que o argumento de Musgrave funciona somente no interior da chamada ‘abordagem sintática’ das teorias, porém perde sua força no contexto da ‘visão semântica’. Mas isso não é suficiente, segundo F. A. Muller, que publicou dois artigos (2004 e 2005) com o objetivo de estender a política epistêmica do empirismo construtivo. Para tanto, Muller propôs uma caracterização rigorosa da observabilidade, que só pode ser realizada utilizando a lógica modal. O resultado foi uma nova política epistêmica (mais ampla) para o empirismo construtivo, que o próprio van Fraassen aparentemente endossou (cf. Muller & van Fraassen 2008). Neste artigo será mostrado que, todavia, a política epistêmica emendada de Muller é supérflua. Ademais, e sobretudo, o argumento de Musgrave parece, na verdade, ser um pseudoproblema. |
description |
Em 1985, Alan Musgrave levantou uma séria objeção contra a possibilidade, por parte de um empirista construtivo, de traçar de maneira coerente a distinção – crucial para ele – entre observáveis e inobserváveis. Em sua sucinta resposta, no mesmo ano, Bas van Fraassen afirmou que o argumento de Musgrave funciona somente no interior da chamada ‘abordagem sintática’ das teorias, porém perde sua força no contexto da ‘visão semântica’. Mas isso não é suficiente, segundo F. A. Muller, que publicou dois artigos (2004 e 2005) com o objetivo de estender a política epistêmica do empirismo construtivo. Para tanto, Muller propôs uma caracterização rigorosa da observabilidade, que só pode ser realizada utilizando a lógica modal. O resultado foi uma nova política epistêmica (mais ampla) para o empirismo construtivo, que o próprio van Fraassen aparentemente endossou (cf. Muller & van Fraassen 2008). Neste artigo será mostrado que, todavia, a política epistêmica emendada de Muller é supérflua. Ademais, e sobretudo, o argumento de Musgrave parece, na verdade, ser um pseudoproblema. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-12-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6890 10.1590/0101-3173.2018.v41n4.10.p177 |
url |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6890 |
identifier_str_mv |
10.1590/0101-3173.2018.v41n4.10.p177 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6890/5384 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia |
publisher.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia |
dc.source.none.fl_str_mv |
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 41 No 4 (2018); 177-204 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 41 n. 4 (2018); 177-204 0101-3173 0101-3173 reponame:Revista de Filosofia da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
reponame_str |
Revista de Filosofia da UNESP |
collection |
Revista de Filosofia da UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1674119824503996416 |