O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Maria Celina Lima
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Oliveira, Débora Passos de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Filosofia da UNESP
Texto Completo: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479
Resumo: O presente trabalho versa sobre a constituição da noção de memória na teoria freudiana. Para tanto, utilizamos, de modo primordial, as elaborações desenvolvidas no Projeto para uma psicologia científica. Objetivamos ressaltar que Freud subverte a problemática acerca do conceito de memória, concedendo a essa ideia um caráter criativo que se diferencia da simples representação de um objeto contido na realidade material. Em Freud, a memória excede o que se compreende comumente como evocação, ou seja, a lembrança não se restringe à retomada de uma percepção. Se a memória é considerada como sendo o próprio psiquismo, é a sua relação com a pulsão e, posteriormente, com a noção de a posteriori (Nachträglich) que possibilita a efetivação de uma memória própria à Psicanálise. Desse modo, explicitamos que a memória em Freud é tanto um imperativo da pulsão quanto o desdobramento dos efeitos de uma temporalidade psíquica. Mesmo que parta de uma construção teórica estritamente associada às ciências naturais, um exame mais detido a respeito das formulações desse período nos ajuda a compreender a maneira como ele arquiteta uma teoria que, pelo menos a princípio, tinha como objetivo último esclarecer a problemática concernente à noção de memória.
id UNESP-19_ae4048c2489d867f175341e990f9bae0
oai_identifier_str oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/2479
network_acronym_str UNESP-19
network_name_str Revista de Filosofia da UNESP
spelling O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanáliseO presente trabalho versa sobre a constituição da noção de memória na teoria freudiana. Para tanto, utilizamos, de modo primordial, as elaborações desenvolvidas no Projeto para uma psicologia científica. Objetivamos ressaltar que Freud subverte a problemática acerca do conceito de memória, concedendo a essa ideia um caráter criativo que se diferencia da simples representação de um objeto contido na realidade material. Em Freud, a memória excede o que se compreende comumente como evocação, ou seja, a lembrança não se restringe à retomada de uma percepção. Se a memória é considerada como sendo o próprio psiquismo, é a sua relação com a pulsão e, posteriormente, com a noção de a posteriori (Nachträglich) que possibilita a efetivação de uma memória própria à Psicanálise. Desse modo, explicitamos que a memória em Freud é tanto um imperativo da pulsão quanto o desdobramento dos efeitos de uma temporalidade psíquica. Mesmo que parta de uma construção teórica estritamente associada às ciências naturais, um exame mais detido a respeito das formulações desse período nos ajuda a compreender a maneira como ele arquiteta uma teoria que, pelo menos a princípio, tinha como objetivo último esclarecer a problemática concernente à noção de memória.TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2012-08-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 35 No 02 (2012)TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 35 n. 02 (2012)0101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479/2017Peixoto, Maria Celina LimaOliveira, Débora Passos deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-04T10:42:36Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/2479Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:37.063Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
title O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
spellingShingle O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
Peixoto, Maria Celina Lima
title_short O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
title_full O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
title_fullStr O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
title_full_unstemmed O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
title_sort O projeto de uma memória freudiana: uma análise acerca da constituição dessa noção nos primórdios da psicanálise
author Peixoto, Maria Celina Lima
author_facet Peixoto, Maria Celina Lima
Oliveira, Débora Passos de
author_role author
author2 Oliveira, Débora Passos de
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Peixoto, Maria Celina Lima
Oliveira, Débora Passos de
dc.description.none.fl_txt_mv O presente trabalho versa sobre a constituição da noção de memória na teoria freudiana. Para tanto, utilizamos, de modo primordial, as elaborações desenvolvidas no Projeto para uma psicologia científica. Objetivamos ressaltar que Freud subverte a problemática acerca do conceito de memória, concedendo a essa ideia um caráter criativo que se diferencia da simples representação de um objeto contido na realidade material. Em Freud, a memória excede o que se compreende comumente como evocação, ou seja, a lembrança não se restringe à retomada de uma percepção. Se a memória é considerada como sendo o próprio psiquismo, é a sua relação com a pulsão e, posteriormente, com a noção de a posteriori (Nachträglich) que possibilita a efetivação de uma memória própria à Psicanálise. Desse modo, explicitamos que a memória em Freud é tanto um imperativo da pulsão quanto o desdobramento dos efeitos de uma temporalidade psíquica. Mesmo que parta de uma construção teórica estritamente associada às ciências naturais, um exame mais detido a respeito das formulações desse período nos ajuda a compreender a maneira como ele arquiteta uma teoria que, pelo menos a princípio, tinha como objetivo último esclarecer a problemática concernente à noção de memória.
description O presente trabalho versa sobre a constituição da noção de memória na teoria freudiana. Para tanto, utilizamos, de modo primordial, as elaborações desenvolvidas no Projeto para uma psicologia científica. Objetivamos ressaltar que Freud subverte a problemática acerca do conceito de memória, concedendo a essa ideia um caráter criativo que se diferencia da simples representação de um objeto contido na realidade material. Em Freud, a memória excede o que se compreende comumente como evocação, ou seja, a lembrança não se restringe à retomada de uma percepção. Se a memória é considerada como sendo o próprio psiquismo, é a sua relação com a pulsão e, posteriormente, com a noção de a posteriori (Nachträglich) que possibilita a efetivação de uma memória própria à Psicanálise. Desse modo, explicitamos que a memória em Freud é tanto um imperativo da pulsão quanto o desdobramento dos efeitos de uma temporalidade psíquica. Mesmo que parta de uma construção teórica estritamente associada às ciências naturais, um exame mais detido a respeito das formulações desse período nos ajuda a compreender a maneira como ele arquiteta uma teoria que, pelo menos a princípio, tinha como objetivo último esclarecer a problemática concernente à noção de memória.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-08-03
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479
url http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/2479/2017
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
publisher.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia
dc.source.none.fl_str_mv TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 35 No 02 (2012)
TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 35 n. 02 (2012)
0101-3173
0101-3173
reponame:Revista de Filosofia da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
reponame_str Revista de Filosofia da UNESP
collection Revista de Filosofia da UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
repository.name.fl_str_mv Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1674119823407185920