Freud e Spinoza a razão, a necessidade e a liberdade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Filosofia da UNESP |
Texto Completo: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/7107 |
Resumo: | Tencionamos nestas reflexões analisar os conceitos spinozianos de Deus, do homem e da razão para, a partir do caráter necessário que os permeia, interrogarmos se existiria também a possibilidade de uma liberdade humana no pensamento do autor da Ética. Se tal liberdade existe, ela estaria situada no próprio plano racional, o que, por sua vez, levantaria ingentes problemas. A mesma questão – a da possibilidade de uma liberdade em Freud – estaria colocada na margem de ação que, até certo ponto, ele assinala ao eu a partir de sua nova divisão do aparelho psíquico em Além do princípio de prazer (1920) e O eu e o isso (1923). Avancemos desde já que se a ênfase de Spinoza, no que diz respeito à liberdade, recai sobre a razão, em Freud o acento é colocado sobretudo na simbolização e na significação que a tensão do desejo pode acarretar. Portanto, o nosso objetivo não é o de mostrar, ou provar, qualquer vínculo de dependência de Freud vis-à-vis de Spinoza. A nossa intenção é antes fazer ressaltar as diferenças que os separam no que diz respeito à questão da necessidade e da liberdade. |
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Freud e Spinoza a razão, a necessidade e a liberdadeTencionamos nestas reflexões analisar os conceitos spinozianos de Deus, do homem e da razão para, a partir do caráter necessário que os permeia, interrogarmos se existiria também a possibilidade de uma liberdade humana no pensamento do autor da Ética. Se tal liberdade existe, ela estaria situada no próprio plano racional, o que, por sua vez, levantaria ingentes problemas. A mesma questão – a da possibilidade de uma liberdade em Freud – estaria colocada na margem de ação que, até certo ponto, ele assinala ao eu a partir de sua nova divisão do aparelho psíquico em Além do princípio de prazer (1920) e O eu e o isso (1923). Avancemos desde já que se a ênfase de Spinoza, no que diz respeito à liberdade, recai sobre a razão, em Freud o acento é colocado sobretudo na simbolização e na significação que a tensão do desejo pode acarretar. Portanto, o nosso objetivo não é o de mostrar, ou provar, qualquer vínculo de dependência de Freud vis-à-vis de Spinoza. A nossa intenção é antes fazer ressaltar as diferenças que os separam no que diz respeito à questão da necessidade e da liberdade.TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2019-03-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/710710.1590/0101-3173.2019.v42n1.05.p79TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 42 No 1 (2019); 79-100TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 42 n. 1 (2019); 79-1000101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/7107/5653Almeida, Rogério Miranda deMohr, Allan Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-04T10:42:45Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/7107Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:46.13Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Tencionamos nestas reflexões analisar os conceitos spinozianos de Deus, do homem e da razão para, a partir do caráter necessário que os permeia, interrogarmos se existiria também a possibilidade de uma liberdade humana no pensamento do autor da Ética. Se tal liberdade existe, ela estaria situada no próprio plano racional, o que, por sua vez, levantaria ingentes problemas. A mesma questão – a da possibilidade de uma liberdade em Freud – estaria colocada na margem de ação que, até certo ponto, ele assinala ao eu a partir de sua nova divisão do aparelho psíquico em Além do princípio de prazer (1920) e O eu e o isso (1923). Avancemos desde já que se a ênfase de Spinoza, no que diz respeito à liberdade, recai sobre a razão, em Freud o acento é colocado sobretudo na simbolização e na significação que a tensão do desejo pode acarretar. Portanto, o nosso objetivo não é o de mostrar, ou provar, qualquer vínculo de dependência de Freud vis-à-vis de Spinoza. A nossa intenção é antes fazer ressaltar as diferenças que os separam no que diz respeito à questão da necessidade e da liberdade. |
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