AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista NERA |
Texto Completo: | https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1466 |
Resumo: | O agronegócio é apresentado como o modelo das atividades econômicas de sucesso. A ele se creditam os constantes superávits fiscais da balança comercial dos últimos meses. Ele, porém, se insere num grande processo de modernização conservadora. Por trás do avanço tecnológico e de produção se esconde a mesma estrutura fundiária e as mesmas relações de trabalho aqui estabelecidas desde a época colonial. O agronegócio se propõe buscar e garantir a hegemonia ideológica deslocando a atenção do caráter concentrador e predador do latifúndio para colocar no seu lugar a intensa produtividade da “moderna agricultura”. Porém, ao contrário do que se apregoa, o agronegócio promove maior concentração de terra e de renda, gera desemprego, emprega mão-de-obra escrava, alimenta a grilagem de terras, é responsável pelo aumento desenfreado do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, traz efeitos perversos sobre a saúde humana e deixa atrás de si um rastro de conflitos e violência. No horizonte se desenha um cenário de crise, que se concretizada, a conta será paga por toda a sociedade brasileira. |
id |
UNESP-25_69fabdbd2f3ee1fefefad039a026784a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.fct.unesp.br:article/1466 |
network_acronym_str |
UNESP-25 |
network_name_str |
Revista NERA |
repository_id_str |
|
spelling |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADEAgronegóciomodernização conservadorahegemonia ideológicaconcentração de terra e rendadesemprego no campo.O agronegócio é apresentado como o modelo das atividades econômicas de sucesso. A ele se creditam os constantes superávits fiscais da balança comercial dos últimos meses. Ele, porém, se insere num grande processo de modernização conservadora. Por trás do avanço tecnológico e de produção se esconde a mesma estrutura fundiária e as mesmas relações de trabalho aqui estabelecidas desde a época colonial. O agronegócio se propõe buscar e garantir a hegemonia ideológica deslocando a atenção do caráter concentrador e predador do latifúndio para colocar no seu lugar a intensa produtividade da “moderna agricultura”. Porém, ao contrário do que se apregoa, o agronegócio promove maior concentração de terra e de renda, gera desemprego, emprega mão-de-obra escrava, alimenta a grilagem de terras, é responsável pelo aumento desenfreado do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, traz efeitos perversos sobre a saúde humana e deixa atrás de si um rastro de conflitos e violência. No horizonte se desenha um cenário de crise, que se concretizada, a conta será paga por toda a sociedade brasileira.Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente FCT/UNESP2012-05-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/146610.47946/rnera.v0i5.1466REVISTA NERA; n. 5 (7); 1-121806-6755reponame:Revista NERAinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1466/1442Canuto, Antônioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-07T01:17:08Zoai:ojs.revista.fct.unesp.br:article/1466Revistahttps://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/indexPUBhttps://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/oairevistanera@fct.unesp.br || revistanera@fct.unesp.br1806-67551806-6755opendoar:2021-01-07T01:17:08Revista NERA - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
title |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
spellingShingle |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE Canuto, Antônio Agronegócio modernização conservadora hegemonia ideológica concentração de terra e renda desemprego no campo. |
title_short |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
title_full |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
title_fullStr |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
title_full_unstemmed |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
title_sort |
AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE |
author |
Canuto, Antônio |
author_facet |
Canuto, Antônio |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Canuto, Antônio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Agronegócio modernização conservadora hegemonia ideológica concentração de terra e renda desemprego no campo. |
topic |
Agronegócio modernização conservadora hegemonia ideológica concentração de terra e renda desemprego no campo. |
description |
O agronegócio é apresentado como o modelo das atividades econômicas de sucesso. A ele se creditam os constantes superávits fiscais da balança comercial dos últimos meses. Ele, porém, se insere num grande processo de modernização conservadora. Por trás do avanço tecnológico e de produção se esconde a mesma estrutura fundiária e as mesmas relações de trabalho aqui estabelecidas desde a época colonial. O agronegócio se propõe buscar e garantir a hegemonia ideológica deslocando a atenção do caráter concentrador e predador do latifúndio para colocar no seu lugar a intensa produtividade da “moderna agricultura”. Porém, ao contrário do que se apregoa, o agronegócio promove maior concentração de terra e de renda, gera desemprego, emprega mão-de-obra escrava, alimenta a grilagem de terras, é responsável pelo aumento desenfreado do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, traz efeitos perversos sobre a saúde humana e deixa atrás de si um rastro de conflitos e violência. No horizonte se desenha um cenário de crise, que se concretizada, a conta será paga por toda a sociedade brasileira. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-05-29 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1466 10.47946/rnera.v0i5.1466 |
url |
https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1466 |
identifier_str_mv |
10.47946/rnera.v0i5.1466 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1466/1442 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente FCT/UNESP |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente FCT/UNESP |
dc.source.none.fl_str_mv |
REVISTA NERA; n. 5 (7); 1-12 1806-6755 reponame:Revista NERA instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Revista NERA |
collection |
Revista NERA |
repository.name.fl_str_mv |
Revista NERA - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistanera@fct.unesp.br || revistanera@fct.unesp.br |
_version_ |
1797048083844956160 |