A ACELERAÇÃO DA CRIANÇA PRECOCE EM IDADE PRÉ-ESCOLAR

• Autor(a) principal: MARTINS, Bárbara Amaral
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial (Online)
• DOI: 10.36311/2358-8845.2015.v2n02.5760
• Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/view/5760

Alunos com altas habilidades/superdotação demandam atenção educacional diferenciada e as principais estratégias voltadas as suas necessidades são: enriquecimento, agrupamento e aceleração. Assim como tais estudantes, os alunos precocestambém necessitam de adaptações referentes à escolarização. Desse modo, este estudo propõe descrever aspectos do processo de aceleração de duas crianças precoces em leitura e escrita que ingressaram, antecipadamente, no Ensino Fundamental, sob o ponto de vista de seus pais. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com os pais dessas crianças e os dados foram analisados qualitativamente, por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011), resultando em duas categorias: (1) Precocidade no desenvolvimento, com as subcategorias, (a) Desenvolvimento geral da criança precoce e (b) Processo de alfabetização, e; (2) Escolarização da criança precoce, com as subcategorias, (a) Precocidade no ambiente escolar; (b) Proposta de aceleração; (c) Adaptação da criança no Ensino Fundamental. Os resultados indicaram que a proposta de aceleração surge como uma tentativa da escola responder às necessidades da criança precoce frente à ausência de um ensino que a desaie e considere suas potencialidades. Porém, a adaptação ao Ensino Fundamental, que demanda frequentar uma nova escola, com colegas mais velhos, pode não sersatisfatória. Do mesmo modo que a criança pode continuar se sobressaindo e se desmotivar com a disparidade entre seu ritmo de aprendizagem e dos demais. Dessa maneira, a tomada de decisão, no que tange à aceleração, deve ser precedida por uma avaliação criteriosa e mesmo quando implementada, é preciso ter ciência sobre a permanência das necessidades educacionais da criança, as quais não se extinguirão e continuarão exigindo atenção individualizada em sala de aula, bem como serviços de educação especial.