O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BORGES, FÁBIO GARCIA
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Aurora (Online)
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1175
Resumo: A teoria pecebista da revolução em etapas, sincronizada pelo Komintern (que propugnava que a revolução “nos países com baixo desenvolvimento”, deveria ocorrer através de uma completude do capitalismo nacional por meio de uma revolução burguesa como conditio sine qua non para a revolução socialista), guiou o movimento comunista brasileiro dos anos 1920 à aniquilação da esquerda pela ditadura militar nos anos 1960. Os comunistas brasileiros se limitavam em identificar o agente a cumprir a tarefa histórica da primeira etapa da revolução. Por esse motivo, todas as tentativas de uma revolução burguesa no Brasil foram derrotadas, pois não se percebia o caráter bonapartista da burguesia nacional, tampouco a entificação do capital brasileiro pela via colonial, isto é, a ausência de processo revolucionário na transformação social, que acarreta na subordinação eterna do Brasil à corrente imperialista. Superando a debilidade pecebista, José Chasin demonstrou que na via colonial, o agente da transformação só poderia ser os trabalhadores. Nesse processo de dupla transição, premidos por carências básicas e organizados em torno de um programa que atinja e transforme as raízes geradoras do embrião atrófico do capital brasileiro, os trabalhadores ao mesmo tempo em que re-arranjam o desenvolvimento nacional centrado no progresso social ainda sob o modo de produção capitalista, acumula forças objetivas e subjetivas para a superação deste.
id UNESP-32_fb7754d3c166fade2ac1de4e54b5fa25
oai_identifier_str oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/1175
network_acronym_str UNESP-32
network_name_str Revista Aurora (Online)
repository_id_str
spelling O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRAetapismoKominternJosé ChasinA teoria pecebista da revolução em etapas, sincronizada pelo Komintern (que propugnava que a revolução “nos países com baixo desenvolvimento”, deveria ocorrer através de uma completude do capitalismo nacional por meio de uma revolução burguesa como conditio sine qua non para a revolução socialista), guiou o movimento comunista brasileiro dos anos 1920 à aniquilação da esquerda pela ditadura militar nos anos 1960. Os comunistas brasileiros se limitavam em identificar o agente a cumprir a tarefa histórica da primeira etapa da revolução. Por esse motivo, todas as tentativas de uma revolução burguesa no Brasil foram derrotadas, pois não se percebia o caráter bonapartista da burguesia nacional, tampouco a entificação do capital brasileiro pela via colonial, isto é, a ausência de processo revolucionário na transformação social, que acarreta na subordinação eterna do Brasil à corrente imperialista. Superando a debilidade pecebista, José Chasin demonstrou que na via colonial, o agente da transformação só poderia ser os trabalhadores. Nesse processo de dupla transição, premidos por carências básicas e organizados em torno de um programa que atinja e transforme as raízes geradoras do embrião atrófico do capital brasileiro, os trabalhadores ao mesmo tempo em que re-arranjam o desenvolvimento nacional centrado no progresso social ainda sob o modo de produção capitalista, acumula forças objetivas e subjetivas para a superação deste.Faculdade de Filosofia e Ciências2008-06-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/117510.36311/1982-8004.2008.v1n2.1175Revista Aurora; Vol. 1 No. 2 (2008)Revista Aurora; Vol. 1 Núm. 2 (2008)Revista Aurora; v. 1 n. 2 (2008)1982-80042177-0484reponame:Revista Aurora (Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1175/1049Copyright (c) 2011 Revista Aurorahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessBORGES, FÁBIO GARCIA2021-12-03T17:50:40Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/1175Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/indexPUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/oaiaurora.revista@gmail.com||1982-80041982-8004opendoar:2021-12-03T17:50:40Revista Aurora (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
title O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
spellingShingle O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
BORGES, FÁBIO GARCIA
etapismo
Komintern
José Chasin
title_short O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
title_full O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
title_fullStr O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
title_full_unstemmed O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
title_sort O ARQUÉTIPO DO ETAPISMO E A REVOLUÇÃO BRASILEIRA
author BORGES, FÁBIO GARCIA
author_facet BORGES, FÁBIO GARCIA
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv BORGES, FÁBIO GARCIA
dc.subject.por.fl_str_mv etapismo
Komintern
José Chasin
topic etapismo
Komintern
José Chasin
description A teoria pecebista da revolução em etapas, sincronizada pelo Komintern (que propugnava que a revolução “nos países com baixo desenvolvimento”, deveria ocorrer através de uma completude do capitalismo nacional por meio de uma revolução burguesa como conditio sine qua non para a revolução socialista), guiou o movimento comunista brasileiro dos anos 1920 à aniquilação da esquerda pela ditadura militar nos anos 1960. Os comunistas brasileiros se limitavam em identificar o agente a cumprir a tarefa histórica da primeira etapa da revolução. Por esse motivo, todas as tentativas de uma revolução burguesa no Brasil foram derrotadas, pois não se percebia o caráter bonapartista da burguesia nacional, tampouco a entificação do capital brasileiro pela via colonial, isto é, a ausência de processo revolucionário na transformação social, que acarreta na subordinação eterna do Brasil à corrente imperialista. Superando a debilidade pecebista, José Chasin demonstrou que na via colonial, o agente da transformação só poderia ser os trabalhadores. Nesse processo de dupla transição, premidos por carências básicas e organizados em torno de um programa que atinja e transforme as raízes geradoras do embrião atrófico do capital brasileiro, os trabalhadores ao mesmo tempo em que re-arranjam o desenvolvimento nacional centrado no progresso social ainda sob o modo de produção capitalista, acumula forças objetivas e subjetivas para a superação deste.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-06-10
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1175
10.36311/1982-8004.2008.v1n2.1175
url https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1175
identifier_str_mv 10.36311/1982-8004.2008.v1n2.1175
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1175/1049
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2011 Revista Aurora
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2011 Revista Aurora
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
dc.source.none.fl_str_mv Revista Aurora; Vol. 1 No. 2 (2008)
Revista Aurora; Vol. 1 Núm. 2 (2008)
Revista Aurora; v. 1 n. 2 (2008)
1982-8004
2177-0484
reponame:Revista Aurora (Online)
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Revista Aurora (Online)
collection Revista Aurora (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Aurora (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv aurora.revista@gmail.com||
_version_ 1797053559027531776