ELiS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Falange Miúda |
Texto Completo: | http://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/168 |
Resumo: | A fala recorrente entre estudantes e educadores, da educação básica ao ensino superior, refere-se as dificuldades de aprendizagem ocasionadas pelas lacunas deixadas ao longo da trajetória escolar/acadêmica, em especial, dos visuais[1] (surdos). Estes têm seus direitos de aprendizagem não atendidos em razão de serem alfabetizados em uma segunda língua, Língua Portuguesa, antes mesmo de se desenvolverem na primeira língua - LIBRAS. Assim, o presente texto apresenta aspectos teóricos a respeito do ensino-aprendizagem da Escrita de Língua de Sinais (ELS), tem por objetivo fomentar discussões sobre a temática da ELS e ressaltar importância dessa escrita no processo de alfabetização dos visuais de modo que promova o seu desenvolvimento na integralidade e não de forma facetada como vem acontecendo. Para tanto, apresenta-se o Sistema Brasileiro de Escrita de Sinais - ELiS, criado por Mariângela Estelita de Barros (2008), por ser esse o sistema de escrita adotado pela Universidade Federal de Mato Grosso. Busca-se esclarecer que a alfabetização na língua de sinais deve contemplar as duas modalidades – leitura e escrita, assim como ocorre na língua oralizada. Trata-se de um estudo bibliográfico no qual apresenta-se o conceito de alfabetização na perspectiva sócio-interacionista com base em Soares (2010), no entendimento de que um sujeito autônomo é aquele que pode transitar entre o mundo da leitura e da escrita, que a sociedade é grafocêntrica na sua essência e que alfabetizar vai além da simples habilidade de codificação (escrita) e decodificação (leitura), pois considera-se alfabetizado aquele que além de dominar tais habilidades compreende a função social da mesma. Na língua de sinais, por sua vez, o conceito de alfabetização não muda, dessa forma, não consiste em apenas transformar sinais em visografemas (codificar) e visografemas em sinais (decodificar). Com esta reflexão pretendemos ressaltar a importância da aquisição da escrita de sinais, uma vez que contribui como potencializadora da construção de sentidos, assim como contribuir para a área da educação especial e formação de professores para o ensino da LIBRAS não só para visuais, mas principalmente para eles, visto que esse conhecimento representa a constituição da sua identidade e autonomia como sujeito da própria história. [1] Termo proposto por Duarte (2016) em substituição ao termo surdo. Este, segundo o autor, vem historicamente carregado de estigmas que marcam a deficiência do sujeito, ao contrário, o termo visual é o mais apropriado porque o caracteriza pela sua potencialidade de aquisição linguística. |
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