PRECONCEITO LINGUÍSTICO DENTRO E FORA DA REDE:

• Autor(a) principal: Brandão, Sílvia Maria
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Biazolli, Caroline Carnielli, De Sene, Marcus Garcia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Falange Miúda
• Texto Completo: http://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/314

O preconceito linguístico, que nos conduz a discriminar o outro, apreciando pejorativamente as formas linguísticas das quais esse outro faz uso, ainda permanece enraizado em nossa sociedade, pois, como bem sabemos, questões desse nível que lidam com a linguagem não são apenas linguísticas, mas são, essencialmente, ideológicas. O objetivo deste artigo é apresentar um projeto de pesquisa, em andamento e amparado pela Teoria da Variação e Mudança Linguísticas (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006[1968]; LABOV, 2008[1972]) e por conceitos relacionados a preconceito e normas linguísticos e à avaliação subjetiva, que discute as faces do preconceito linguístico presente na rede social Facebook e, diante da aplicação de um teste de avaliação subjetiva a licenciandos em Letras, fora dessa rede. Para isso, contextualizamos teórica e metodologicamente este projeto, explicitando informações basilares a respeito e apresentando resultados preliminares já obtidos. Logo, há uma tríplice abordagem: (i) categorização dos fenômenos; (ii) perfil social de internautas e (iii) análise subjetiva dos internautas e de alunos de Letras. Concluímos que, embora o preconceito linguístico esteja em pauta há mais de 20 anos, tantos outros anos ainda serão necessários para que ele seja erradicado, visto que esse preconceito camufla outros preconceitos.