A idiossincrasia do homem do interior em narrativas de crime
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Falange Miúda |
Texto Completo: | http://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/353 |
Resumo: | O escritor correntino Velmiro Ayala Gauna faz uma paródia do modelo clássico de literatura policial ao transferir o ambiente urbano, rico e culto das narrativas de crime, da era do Grande Detetive, para o ambiente rural, sofrido e inculto de Capibara-Cué, cuja sátira é intensificada com os métodos peculiares e com a figura oposta do detetive tradicional, representado, em suas narrativas, com uma linguagem inculta e como um assalariado que cumpre ordens de seus superiores. Contudo, apesar destas controvérsias, Don Frutos Gómez sempre atinge o seu objetivo que consiste em descobrir o culpado. Quanto ao cumprimento da lei, como se verá no conto “La justicia de Don Frutos”, caso a justiça da ordem estabelecida não seja aplicada, o delegado aplica a sua justiça, que resulta em uma lição de moral, pois consiste na equidade de julgamento e punição das classes sociais sem distinguir o rico do pobre, permitindo que os injustiçados não padeçam enquanto os culpados são protegidos. Para tanto, primeiramente, discutiu-se, de modo breve, os ápices da literatura policial, com foco nas narrativas de enigma (Pontes, 2007; Nunes, 2014; Braceras, Leytour e Pittella 1986), uma vez que os contos policiais de Ayala Gauna se aplicam a esta fase. Na sequência, apresentou-se um pouco do escritor e citaram-se as suas obras, correlacionando esta exposição inicial com a criação de seu idiossincrático protagonista detetivesco que resolve crimes de maneira peculiar e inusitada, como se verá na leitura do conto “La justicia de Don Frutos” e na reflexão realizada sobre o mesmo. |
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A idiossincrasia do homem do interior em narrativas de crimeO escritor correntino Velmiro Ayala Gauna faz uma paródia do modelo clássico de literatura policial ao transferir o ambiente urbano, rico e culto das narrativas de crime, da era do Grande Detetive, para o ambiente rural, sofrido e inculto de Capibara-Cué, cuja sátira é intensificada com os métodos peculiares e com a figura oposta do detetive tradicional, representado, em suas narrativas, com uma linguagem inculta e como um assalariado que cumpre ordens de seus superiores. Contudo, apesar destas controvérsias, Don Frutos Gómez sempre atinge o seu objetivo que consiste em descobrir o culpado. Quanto ao cumprimento da lei, como se verá no conto “La justicia de Don Frutos”, caso a justiça da ordem estabelecida não seja aplicada, o delegado aplica a sua justiça, que resulta em uma lição de moral, pois consiste na equidade de julgamento e punição das classes sociais sem distinguir o rico do pobre, permitindo que os injustiçados não padeçam enquanto os culpados são protegidos. Para tanto, primeiramente, discutiu-se, de modo breve, os ápices da literatura policial, com foco nas narrativas de enigma (Pontes, 2007; Nunes, 2014; Braceras, Leytour e Pittella 1986), uma vez que os contos policiais de Ayala Gauna se aplicam a esta fase. Na sequência, apresentou-se um pouco do escritor e citaram-se as suas obras, correlacionando esta exposição inicial com a criação de seu idiossincrático protagonista detetivesco que resolve crimes de maneira peculiar e inusitada, como se verá na leitura do conto “La justicia de Don Frutos” e na reflexão realizada sobre o mesmo. El escritor correntino Velmiro Ayala Gauna parodia el modelo clásico de literatura policial al transferir la narrativa urbana, rica y culta de la era del Gran Detective al entorno rural, sufriente y sin instrucción de Capibara-Cué, cuya sátira se intensifica con los métodos peculiares y con la figura opuesta del detective tradicional, representado, en sus narraciones, con un lenguaje inculto y como un empleado que sigue las órdenes de sus superiores. Sin embargo, a pesar de estas controversias, Don Frutos Gómez siempre logra su objetivo de encontrar al culpable. En cuanto al cumplimiento de la ley, como se verá en el cuento “La justicia de Don Frutos”, si no se aplica la justicia del orden establecido, el delegado aplica su justicia, lo que resulta en una lección moral, ya que consiste en la imparcialidad de juicio y la punición de las clases sociales sin distinguir a los ricos de los pobres, permitiendo que los perjudicados no sufran mientras los culpables están protegidos. Para hacerlo, primero, se discutieron brevemente los vértices de la literatura policial, con un enfoque en narrativas de enigmas (Pontes, 2007; Nunes, 2014; Braceras, Leytour y Pittella 1986), pues los cuentos policiales de Ayala Gauna se aplican a esta etapa. Posteriormente, un poco del escritor se presentó y se mencionaron sus obras, correlacionando esta exposición inicial con la creación de su idiosincrásico protagonista detective que resuelve crímenes de una manera peculiar e inusual, como se verá en la lectura del cuento “La justicia de Don Frutos” y en la reflexión realizada sobre el mismo.The writer Velmiro Ayala Gauna born in Corrientes, Argentina, parodies the classic model of police literature by transferring the urban, rich and cultured environment of crime narratives, from the era of the Great Detective, to the rural, suffering and uneducated environment of Capibara-Cué, whose satire is intensified with the peculiar methods and with the opposite figure of the traditional detective, represented, in his narratives, with an uncultivated language and as a wage earner who follows orders from his superiors. However, despite these controversies, Don Frutos Gómez always achieves his goal of finding the culprit. As for compliance with the law, as will be seen in the story “La justicia de Don Frutos”, if the justice of the established order is not applied, the delegate applies his justice, which results in a moral lesson, as it consists of fairness of judgment and punishment of social classes without distinguishing the rich from the poor, allowing the wronged to not suffer while the guilty are protected. To do so, first, the apexes of police literature were briefly discussed, focusing on enigma narratives (Pontes, 2007; Nunes, 2014; Braceras, Leytour and Pittella 1986), since Ayala's police tales Gauna apply to this stage. In the sequence, the writer was briefly introduced and his works were mentioned, correlating this initial exhibition with the creation of his idiosyncratic detective protagonist who solves crimes in a peculiar and unusual way, as will be seen in the reading of the story “La justicia de Don Frutos ”and the reflection on it.Falange Miúda - Revista de Estudos da Linguagem2021-02-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresapplication/pdftext/htmlhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/353Falange Miúda - Revista de Estudos da Linguagem; v. 6 n. 1 (2021): Estudos Linguísticos e Literários; 1-272525-5169reponame:Revista Falange Miúdainstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/353/467http://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/353/468Copyright (c) 2021 Revista de Estudos da Linguagem - Falange Miúdahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro, Simone Beatriz Cordeiro2021-03-15T20:27:03Zoai:ojs2.br536.teste.website:article/353Revistahttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refamiPUBhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/oaicaobenassi@hotmail.com contato@falangemiuda.com.br2525-51692525-5169opendoar:2021-03-15T20:27:03Revista Falange Miúda - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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