A tradução é desde sempre resistência: reflexões sobre teoria e história da tradução
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alfa (São José do Rio Preto. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4018 |
Resumo: | A tradução é um acontecimento da linguagem humana que evidencia ao mesmo tempo a existência de várias línguas e as diferenças e semelhanças entre elas. Esta definição de dimensão desconstrutivista, por um lado, afirma que há várias línguas e que há confronto entre significados produzidos a partir destas semelhanças e diferenças. Por outro, esta definição revela o double bind: a possibilidade e a impossibilidade - a necessidade e a impossibilidade - da realização deste acontecimento. Assim, a teoria encarada como uma unificação sistemática e a história como uma narração metódica não conseguem dar conta deste acontecimento. Qualquer teoria ou história da tradução será sempre uma tentativa de nomear, de identificar este acontecimento no interior de uma época e de uma certa concepção de linguagem. A tradução, o traduzir, são maneiras de resistir à teoria e à história. Encarada como acontecimento, a tradução escapa a qualquer unificação sistemática e a qualquer narração metódica. As teorias e histórias da tradução são sempre construídas na tentativa de produzir um conhecimento enquanto objeto estável e possível de ser identificado e detectado ao que a tradução - acontecimento e double bind - se opõe e resiste. |
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